Mata Atlântica no extremo sul da Bahia

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Mata Atlantica no sul da Bahia
Mata Atlantica no sul da Bahia

O Parque Nacional do Descobrimento localiza-se no extremo sul da Bahia numa das últimas áreas remanescentes de Mata Atlântica da Bahia.

A região foi vítima da atuação de madeireiros e caçadores por muito tempo, causadores de danos irreparáveis, apesar de ainda permanecer uma grande parte verde intacta de florestas que possibilita a preservação da biodiversidade que é encontrada na Mata Atlântica.

O Sítio do Patrimônio Mundial Natural da Costa do Descobrimento, que é considerado Reserva da Biosfera, está integrado ao parque.

A área possui trilhas que foram utilizadas e abertas por antigos exploradores de madeira, ainda é possível encontrar arvores enormes caídas no chão e em processo de decomposição.

Mata Atlantica no Sul da Bahia

Veja o mapa Costa do Descobrimento

Mata Atlantica no Sul da Bahia

1. Aspectos culturais e históricos

A unidade abrange as nascentes do rio Cahy, em cuja foz situa-se o primeiro ponto de fundeio da armada de Cabral na ocasião do descobrimento do Brasil.

2. Aspectos naturais

Tabuleiros costeiros da formação Barreiras com altitude de cerca de 100 m. O solo é do tipo areno-argilosos, com textura arenosa e o relevo é predominantemente plano.

Apesar dos indícios de corte seletivo de madeira, bem como vegetação em estágio secundário nas áreas próximas, a floresta neste local apresenta-se em bom estado de conservação.

Há também trechos da vegetação especializada mussununga, pouco conhecida, sendo muitas vezes confundida com a floresta ombrófila (“matas restingadas”), restingas arbóreas ou arbustivas.

Árvores imponentes, como o jacarandá-da-bahia, a braúna, Imbiruçu e centenas de outras espécies arbóreas e arbustivas são componentes da Mata Atlântica encontrada no Parque, que é uma das últimas reservas da arruda, em espécies endêmica que foi muito utilizada na confecção de gamelas e pilões.

Sem dúvida o maior atrativo que esta Unidade oferece é a diversidade de sua fauna.

A área seria um dos únicos e últimos redutos do Mutum do sudeste Um levantamento de aves, feito em 2001, registrou 47 espécies, 44 das quais endêmicas da Mata Atlântica, 17 legalmente protegidas no Brasil e 15 listadas em alguma categoria da IUCN.

Entre estas se destacam o papagaio chauã, símbolo do Parque, o macuco, o gavião real e os criticamente ameaçados balança rabo canela e mutum do sudeste.

Na mesma pesquisa, foram registradas 34 espécies de mamíferos de médio e grande porte, sendo 8 ameaçadas e 3 endêmicas. No grupo dos primatas, foi importante o registro de ocorrência recente do bugio.

São também importantes os registros da anta, onça pintada e sussuarana. No levantamento de anfíbios anuros foram registradas duas novas espécies do gênero Hyla, além de novos registros no estado da Bahia.

Falta ainda levantamento de répteis e invertebrados no Parque, uma demanda que precisa urgentemente ser atendida. E existência de uma microbacia inteiramente no interior do Parque, a do Imbassuaba, torna muito plausível a descoberta de novas espécies, uma potencialidade a mais a ser explorada.

3. Clima

O clima é úmido tropical, clima de floresta quente e úmida, sem estação seca.

4. Atrações

A unidade ainda não está aberta à visitação, mas já ocorrem atividades de educação ambiental e pesquisas em seu interior, com a devida supervisão da equipe do Parque.

Boa parte da diversidade biológica do Parque não é sequer conhecida, sendo uma oportunidade única para pesquisadores e Universidades interessados em biologia da conservação.

A realização de atividades de Ecoturismo, voltadas principalmente para a realização de trilhas ecológicas e observação da natureza (fauna e flora) também pode ser apontada como potencialidade após a abertura do Parque à visitação.

Atividades em campo podem ser realizadas por escolas e outras instituições da região, que podem ter no Parque um recurso a mais na realização de atividades de Educação Ambiental ao ar livre.

5. Infra-estrutura

A sede administrativa do Parque, localizada na cidade de Prado, serve como ponto de apoio para informações turísticas e ambientais na região, além de contar com materiais educativos sobre questões ambientais para estudantes da região.

Há também uma sede de campo na entrada do Parque, com pouca infra-estrutura e um posto avançado, próximo à Vila de Cumuruxatiba, atualmente ocupado por indígenas. As estradas dentro do Parque são de terra, utilizadas apenas pelos funcionários no monitoramento rotineiro.

Nas cidades mais próximas como Itamarajú (17 km) é possível encontrar boas pousadas e em Prado (30 km), além de bons lugares para se hospedar, é possível apreciar a excelente culinária diversificada.

O acesso ao parque é feito pela BR 101, até a cidade de Itamaraju. Depois, siga pela rodovia BA-001 com destino a Prado. Percorrendo mais 22 quilômetros, chega-se à portaria principal. Uma estrada, a única transitável, cruza o parque nos dois extremos, com destino à pequena Vila de Cumuruxatiba, que, futuramente, será uma viagem imperdível, percorrendo uma bela estrada-parque.

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