Rafting em Taboquinhas na Bahia

Este post também está disponível em: Português English

Rafting in Taboquinhas
Rafting in Taboquinhas

No povoado de Taboquinhas (BA), bem próximo a Itacaré, a descida das corredeiras do Rio de Contas em botes infláveis é um convite aos esportes radicais e ao contato com a natureza. As corredeiras são moderadas, mas a aventura é garantida.

Famosa por suas belezas naturais, a Costa do Cacau, na Bahia, é formada por oito municípios: Uruçuca, Ilhéus, Itabuna, Olivença, Una, Santa Luzia, Canavieiras e Itacaré. Neste último, está localizado o distrito de Taboquinhas, que já foi o centro da região e hoje se destaca por suas atrações ecoturísticas.

Várias das antigas fazendas de cacau se tornaram pontos atrativos de Taboquinhas, como a Vila Rosa, que oferece aos visitantes uma experiência diferenciada.

O roteiro inclui conhecer o processo de produção desde a amêndoa do cacau até a barra de chocolate. Além disso, é possível fazer trilhas pela Mata Atlântica, pelos pomares e jardins, pelas piscinas naturais e visitar o antigo casarão da propriedade, com direito a degustação de excelentes sabores de chocolates artesanais.

Além de explorar o circuito do cacau, a cidade passou a ser vista como o lugar perfeito para o turismo de aventura. Muitos viajantes aproveitam a visita para praticar esportes como rafting, rapel e tirolesa.

As praias são os destinos mais procurados por quem vai a Taboquinhas, mas as cachoeiras estão conquistando o coração dos turistas. As duas preferidas são a Usina e a Noré, que tem uma queda de 15 metros e é própria para rapel.

Para chegar ao local é necessário atravessar o Rio de Contas de canoa e percorrer uma trilha de 10 minutos dentro da fazenda de cacau.

Vídeo sobre Rafting em Taboquinhas

Com aventura ou sem aventura em Taboquinhas

“Com aventura ou sem aventura?”, pergunta o condutor do barco antes de passar o primeiro rápido. Assim começa a descida dos aventureiros no Rio de Contas, no povoado Taboquinhas (BA), litoral sul da Bahia.

O rio nasce na Chapada Diamantina, percorre todo o estado da Bahia e deságua no município de Itacaré. Suas corredeiras são de classe III e IV e rápidas, devido ao grande volume de água.

O percurso tem aproximadamente 3,5 km de extensão, duração de aproximadamente 2 horas e faz parte dos roteiros de aventura da região sul da Bahia.

A aventura começa na cidade de Itacaré, quando um jipe Land Rover aguarda os aventureiros. O transporte não é tão confortável, pois a estrada de 34 km é de piçarra e esburacada, mesmo assim entrar no espírito aventureiro é uma forma de garantir muita diversão.

A fauna apresenta restingas de Mata Atlântica e se tiver sorte, além de visualizar a flora e fauna da região, o motorista também fará parte dos causos contadores de história da região.

Chegando em Taboquinhas, uma feira livre é o primeiro contato do visitante. De cachaças engarrafadas com cobra a rolos de fumo são vendidos na feira local, mas o guia logo o conduz a um antigo armazém onde estão guardados os equipamentos de segurança e o bote inflável.

As primeiras informações são dadas e todos vão para a margem do rio. Aí recebem instruções sobre como não largar o remo, prestar atenção aos sinais do guia e remar em conjunto com a equipa.

Cada barco que sai é batizado com um grito de guerra escolhido pelos aventureiros, até para aguçar o espírito de equipe e competição entre eles. O barco parte em águas calmas, mas as primeiras corredeiras não demoram a chegar. O guia encosta em uma das margens do rio e permite que a primeira corredeira seja feita sem o bote, ou seja, é hora de se jogar de corpo e alma no rio e deixar que a força das águas o leve a ter o primeiro contato com a natureza.

Passa-se a corredeira e volta-se a subir no bote. Entre paredões de rocha, mata fechada, o barco segue suavemente pelas águas do rio e de repente chega a outra cachoeira, desta vez, a tripulação passa sem nenhum problema. Assim que chega à cachoeira, soa o grito de vitória com todos levantando os remos.

Passamos por mais uma cachoeira e chegamos a um pequeno lago entre paredões. É aqui que se faz a primeira paragem para aqueles que querem praticar saltos livres e técnicas de rapel. Uns arriscam, outros não. Subimos as paredes e os aventureiros lançam-se em queda livre no rio, sempre com um grito de guerra no final de cada salto.

O percurso continua. Uma queda, depois outra, e a aventura torna-se cada vez mais difícil. A tripulação percebe, pela fala do guia, que a última corredeira seguida de uma cachoeira é a mais difícil e classificada como IV na escala de dificuldade. Não há mais volta.

Agora é altura de o desafiar. Todos estão prontos e depois de remar por minutos, uma pequena cachoeira é vista e em segundos o barco não consegue passar e vira. Desta vez o grito de vitória não ecoou e a sensação de estar debaixo d’água é sentida em segundos.

As dicas do guia são bem-vindas nessa hora e o colete é imprescindível.

A correnteza leva os aventureiros até a margem do rio. A jangada virou, mas o espírito de aventura continua, pois uma tirolesa de mais de 200m aguarda a nova etapa do rali de aventura.

O rafting já foi relembrado e agora é vencer de uma margem a outra do rio preso por um cabo de mais de 400 metros de altura. Subindo a escada com seus equipamentos de segurança, os aventureiros se lançam sobre o cabo e deslizam por ele até a outra ponta do rio. Cada um que passa provoca suspiros dos que estão em terra firme.

Seis horas de aventura se passaram e um prato de camarão ou peixe fresco de água doce espera por você nos restaurantes caseiros da vila de Taboquinhas. Sombra e água fresca para um descanso cheio de adrenalina. O turismo de aventura é a garantia perfeita de diversão no Sul da Bahia.

Como chegar a Taboquinhas

De Salvador, pegue a BR-324 até o entroncamento com a BR-101 em direção a Ilhéus.

Outra opção seria a BA-654, que tem 54 km de terra ligando Itacaré à BR-101, mas que está em péssimas condições. Há também saídas diárias de ônibus de Ilhéus para Itacaré

Dicas de viagem

Menores de 18 anos precisam de autorização e assinatura dos responsáveis no termo de responsabilidade;

Para seu conforto é aconselhável levar toalha e roupa seca e ir com roupas leves para o rafting: tênis ou chinelo, camiseta e bermuda adequada. Se usar ténis, traga outro par de sapatos para trocar depois do rafting;

Não se pode fazer rafting com anéis, colares, óculos, relógio entre outros objetos pessoais;

Pechinchar o valor do passeio. O preço gira em torno de R$ 70. Existem inúmeras agências especializadas em esportes radicais em Itacaré e diversos outros passeios e roteiros. Escolha o que mais se adequa à sua condição física e espírito de aventura. Há agências que já incluem o almoço no preço do rafting;

Para praticar o rafting não é preciso ter experiência, basta ter espírito de equipe e gostar de emoção, pois as corredeiras neste trecho do rio são classificadas como II, III e IV. Na classe II há corredeiras leves para iniciantes.

A classe III exige alguma habilidade com corredeiras mais fortes e a classe IV só deve ser feita com pessoas experientes;

As descidas são guiadas por instrutores experientes e praticadas em barcos que transportam entre cinco e dez pessoas. Cada participante recebe um remo, colete salva-vidas de alta flutuação e capacete, que são os equipamentos básicos de segurança;

Existem várias pousadas em Itacaré ou Ilhéus, a primeira fica mais próxima de Taboquinhas.

Bahia.ws é o maior guia de turismo e viagens da Bahia e Salvador.

One Comment

  1. Pingback: Itacaré é um dos mais cobiçados destinos do litoral do Nordeste

Leave a Comment

Esse site utiliza o Akismet para reduzir spam. Aprenda como seus dados de comentários são processados.

Hide picture