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Uma sequência de grandes e lindas cachoeiras da Chapada Diamantina esperam por você.
Você irá encontrar centenas de cachoeiras de norte a sul do Parque Nacional da Chapada Diamantina, porém a maior e mais famosa é a Cachoeira da Fumaça, com seus mais de 385 metros de altura.
Muitas delas podem ser visitadas no mesmo dia e outras é preciso até pernoitar em barracas no meio do mato.
Mas uma coisa é certo, é preciso resistência e bom preparo físico para visitar todas as principais cachoeiras da Chapada Diamantina. Não ache que é uma tarefa fácil, pois não é. Mas caminhando devagar você chega em todas elas.
Há também a famosa Cachoeira do Buracão, da Fumacinha, Cachoeirão do Vale do Pati e a Cachoeira do Mixila, além das pouco conhecidas Entocada, Encantada e Fundão.
Todas elas são roteiros obrigatórios para quem quer conhecer as principais cachoeiras da Chapada Diamantina.
Maiores cachoeiras da Chapada Diamantina
- Cachoeira do Mosquito (70m) em Lençóis
- Cachoeira da Mixila (80m) em Lençóis
- Cachoeira do Buracão (85m) em Ibicoara
- Cachoeira do Ramalho (90 m) em Andaraí
- Cachoeira do Ferro Doido (96 m) no Morro do Chapéu
- Cachoeira do Samuel (100 m) em Andaraí
- Cachoeira do Herculano (100 m) em Andaraí
- Cachoeira da Fumacinha (100 m) em Mucugê
- Cachoeira dos Cristais (110 m) em Andaraí
- Cachoeira Encantada (230 m) em Itaetê
- Cachoeirão (270 m) no Vale do Pati
- Cachoeira da Fumaça (385 m) no Vale do Capão
1. Cachoeira do Mosquito (70m) em Lençóis
Com uma bela queda d’água em meio a grandiosos paredões rochosos, a Cachoeira do Mosquito agrada por aliar um lindo cenário ao acesso fácil e sem necessidade de guia.
O nome da cachoeira do Mosquito remonta ao tempo em que eram encontrados pequenos diamantes no solo, chamados de mosquitos pelos garimpeiros. Localizada a 40 km de Lençóis, a Cachoeira do Mosquito se mostra grandiosa em meio ao verde da Chapada Diamantina.
Uma paradinha no mirante da estrada dá ideia da dimensão do lugar. Não deixe de fazer uma foto! O visual é maravilhoso.
O acesso à Cachoeira do Mosquito começa em trajeto de carro. Uma boa parte da estrada é asfaltada.
Ao chegar na entrada da propriedade particular onde está a cachoeira — Complexo Turístico Fazenda Santo Antônio —, você verá uma casa, onde funciona um delicioso restaurante de comida regional. Se estiver perto do horário do almoço, aproveite e já experimente algumas delícias da culinária local. A partir desse ponto, a estrada é de terra batida. Ao final, um estacionamento marca o início da trilha.
A trilha a pé para a Cachoeira do Mosquito é quase toda uma longa escadaria. Com um pouco de fôlego, será fácil ultrapassar os degraus e chegar à beira da queda d’água, que tem 70 m de altura.
A descida não demora mais que vinte minutos. Ao chegar, retire os sapatos para ultrapassar a água e aprecie a beleza da queda da Cachoeira do Mosquito, uma das mais lindas e acessíveis de toda a Chapada Diamantina.
A depender da quantidade de água, será possível tomar banho na queda e até ficar debaixo dela, no vão de pedra. Uma experiência maravilhosa! Infelizmente, no período de estiagem, é comum que a cachoeira fique praticamente sem água. Ainda assim, o visual dos rochedos ao redor será lindo.
Fácil acesso e linda paisagem. Com essas caraterísticas não tem como não querer conhecer a Cachoeira do Mosquito, na Chapada Diamantina. Ela fica localizada a 40 quilômetros de Lençóis e não precisa de guia para visitá-la.
Não precisa ter preocupação redobrada com o repelente. O nome da queda d’água faz referências na verdade a pequenos diamantes que eram encontrados no local pelos garimpeiros. De tão miúdas as pedras preciosas foram apelidadas por eles de mosquitos.
A cachoeira já começa a impressionar antes mesmo de chegar nela. Na estrada de acesso ao local existe um mirante onde dá pra ver de longe a queda d’água. Vale muito uma parada pra fazer uma foto e já ir admirando o que vem pela frente.
O caminho é parte em asfalto e depois terra batida. Uma parada é feita em uma propriedade particular, o complexo turístico Fazenda Santo Antônio, que dispõe de restaurante, sanitários e redário. Na volta vale muito uma pausa para almoçar e descansar.
A trilha a pé é feita quase toda em uma escadaria. A descida dura em média 20 minutos. Depois finalmente o visitante se depara com a imponente cachoeira de 70 metros de altura. Hora de tirar os sapatos e fazer o ritual repetido por todos de seguir até a base da queda d’agua. É revigorante sentar na pedra e debaixo da cachoeira sentir a força da água batendo nas costas.
2. Cachoeira da Mixila (80m) em Lençóis
São 80 metros de queda d’água em um extraordinário cânion esverdeado com diversos poços para banho. Devido à longa caminhada, é recomendado acampar no local. Na mesma trilha, é possível conhecer a Cachoeira do Capivari e a do Poção.
O passeio pode ser combinado com a Cachoeira do Palmital (3 dias) ou Cachoeira das Lajes e do Samuel (4 a 5 dias). Não é indicado fazer esta trilha em época de muita chuva.
3. Cachoeira do Buracão (85m) em Ibicoara
Pode perguntar a qualquer turista ou guia na Chapada Diamantina entre dezenas de cachoeiras qual a que não se pode deixar de ir e seguramente a resposta será a do Buracão. Tantas recomendações definitivamente não são à toa.
De fato, a Cachoeira do Buracão oferece um visual impressionante e uma experiência única. A sensação de chegar nadando por um cânion imponente e estreito de três metros de largura e noventa de altura e no final dele a cada braçada ver uma imensa queda d’água se revelando é realmente mágica.
A Cachoeira do Buracão fica no município de Ibicioara e a trilha até ela é fácil com apenas três quilômetros pelas margens do Rio Espalhado, com a obrigatória companhia de um guia local. No caminho, como aperitivo, você passa outras cachoeiras como Buracãozinho, Orquídeas e Recanto Verde. Bonitas, é verdade, mas nada se compara ao Buracão.
O detalhe é que quando se chega ao acesso não se enxerga à queda d’água.
É preciso antes passar pelo cânion em forma de curva. São duas opções de caminho: Ou andando encostado nos paredões ou nadando pelo meio deles. Sem dúvida a segunda alternativa é a mais legal e especial. Depois de colocar o colete salva-vidas é hora de se jogar na escura e espumosa água (efeito dos restos orgânicos da mata).
Aí basta nadar contra a correnteza com tranquilidade e ir atravessando o cânion até aos poucos ver a cachoeira se mostrando. É emocionante se deparar no enorme vão de pedra com uma deslumbrante queda d’água de 85 metros de altura e ao chegar nela realmente lavar a alma.
Com corpo e espírito renovado, o visitante no final é levado até o topo da cachoeira para apreciar a paisagem de cima. Depois será mais um na imensa e cada vez maior lista dos que indicam o Buracão e todo o seu aumentativo de beleza.
Localizada no Parque Natural do Espalhado, é uma das cachoeiras mais incríveis da região. Seus 85 m de queda d’água e imenso cânion emoldurado por pedras folhadas se encontram em um caudaloso poço. Para ter acesso ao local, é necessário estar acompanhado por um guia de turismo do município.
4. Cachoeira do Ramalho (90 m) em Andaraí
É um dos atrativos mais majestosos do município de Andaraí.
Saindo da cidade de Andaraí vamos por uma trilha moderada de aproximadamente 5,5 km até chegarmos na Cachoeira do Ramalho por cima.
Uma cachoeira com 90 metros de queda livre, com um mirante espetacular.
Além de contar com seu complexo de cachoeiras.
São 3 cachoeiras fantásticas! Cada uma com sua beleza diferenciada. Descendo por uma fenda chegaremos até a parte de baixo da cachoeira onde terá outra contemplação de beleza. A Cachoeira do Ramalho é mais indicada no período de cheia onde o volume de água é maior para quem quer conhecer sua beleza, porém seu visual é fantástico.
O visitante pode conhecê-la no período de seca, se desejar.
5. Cachoeira do Ferro Doido (96 m) no Morro do Chapéu
Com quatro quedas d’água, a cachoeira tem um imenso cânion que ultrapassa os 100 m de altura. Seu acesso se dá pela BA-052, conhecida como Estrada do Feijão, no km 254.
Orquídeas, a águia chilena e o famoso beija-flor conhecido como colibri-dourado são encontrados no local. O roteiro também está incluso no Centro Integrado de Estudos Geológicos do Serviço Geológico do Brasil, sendo bastante visitado por pesquisadores.
6. Cachoeira do Samuel (100 m) em Andaraí
A cachoeira do Samuel está localizada no rio Roncador, onde foi cenário de muitas passagens históricas e acontecimentos relacionados a exploração do diamante.
7. Cachoeira do Herculano (100 m) em Andaraí
Três magníficas quedas d’água de aproximadamente 100 metros de altura cada.
8. Cachoeira da Fumacinha (100 m) em Mucugê
O esforço físico para visitar uma das mais imponentes cachoeiras da região é recompensado pelos seus 100 m de queda d’água unidos a uma bela trilha com cânions de até 280 m de altura, poços e cachoeiras.
Nota: Geograficamente, a Cachoeira da Fumacinha pertence ao território de Mucugê, porém eu acesso é feito somente pelo município de Ibicoara.
9. Cachoeira dos Cristais (110 m) em Andaraí
Segundo o guia de turismo, a cachoeira tem esse nome por conta do brilho do quartzito na luz do sol, revelado quando o nível da água está mais baixo.
10. Cachoeira Encantada (230 m) em Itaetê
O acesso à surpreendente queda d’água de 230 m de altura pode ser feito de duas formas: por baixo e por cima, com a possibilidade de dormir no local.
Nas duas opções, avistam-se cânions de até 400 m, animais silvestres, como macacos, além de pinturas rupestres.
11. Cachoeirão (270 m) no Vale do Pati
Quando chove, a enorme queda no Vale do Pati se multiplica por várias saídas d’água.
12. Cachoeira da Fumaça (385 m) no Vale do Capão
O nome Cachoeira da Fumaça se refere ao efeito provocado pela força dos vento, que impede a água de chegar à base, formando uma espécie de fumaça com as gotículas que são borrifadas para cima.
A Cachoeira da Fumaça é segunda maior cachoeira do Brasil. Apenas o título por si só, claro, já chama a atenção, mas os encantos da Cachoeira da Fumaça vão além dos seus 385 metros de altura.
O próprio caminho para chegar até ela, no Vale do Capão, já é um atrativo e desafio à parte.
Existem duas formas de visitar a Cachoeira da Fumaça.
Por cima, a mais comum e fácil em um dia, e por baixo, a mais árdua e difícil em três dias.
Vale frisar que optar pela primeira não significa necessariamente facilidade.
No total são 12 quilômetros de trilha, ida e volta, sendo que os dois quilômetros iniciais são de uma subida íngrime que exige um certo fôlego e preparo físico. Mas são feitas várias paradas para descansar e curtir o lindo visual do Vale do Capão.
Após esta parte, a caminhada nos quatro quilômetros seguintes passa a ser mais plana e tranquila, inclusive com passagens por alguns riachos.
Duas horas depois de começar o trajeto finalmente se chega no mirante de onde se pode observar a cachoeira e comprovar a explicação para o seu nome. De tão alta ela faz com que a água chegue lá embaixo em formato de fumaça com o vento.
Em dias claros, o espetáculo fica ainda mais bonito com o surgimento de alguns arco-íris.
Para admirá-lo bem é preciso coragem. Isso porque chegar na ponta da pedra que oferece a melhor visão pode dar um pouco de vertigem e medo em alguns.
Por isso a orientação dos guias para todos é de chegar até a beira lentamente e deitado. Com o cuidado necessário e respeitando o limite de cada um é possível apreciar a cortina de fumaça da linda janela do vale.
As 5 Cachoeiras mais bonitas da Chapada Diamantina
A Chapada Diamantina possui mais de 200 cachoeiras, rios, cânions e grutas que forma um cenário único.
Localizado no estado da Bahia, a região é responsável por quase todas as nascentes do rio Bacias do Paraguaçu e do Rio de Contas.
1. Cachoeira do Buracão – Ibicoara
De dificuldade média, a trilha dá um gostoso frio na barriga no final, quando é preciso atravessar uma pinguela sobre o rio para concluí-la. A boa notícia é que quem não confia no próprio equilíbrio pode fazer esse trecho nadando. Coletes salva-vidas ficam à disposição dos visitantes.
2. Cachoeira do Ramalho – Andaraí
A trilha da Cachoeira do Ramalho tem aproximadamente 7 km, sendo considerada de média dificuldade.
A Cachoeira nasce nas proximidades da Serra Escura e desemboca no Rio Baiano num declive vertical de cerca de 90 metros. Possui paredões em escarpas e rochas sedimentares.
No caminho contemplamos o Balneário do Comercinho e o Poço do Ferverdor, onde o refluxo da água impede que afundemos.
Também observamos construções e arranjos de pedras feitos para separar pedras maiores (refugo do garimpo) e como foi realizado o trabalho dos garimpeiros através do regos (canais de escoamento de água até o local de trabalho), formações de cascalhos (caracterizado pela exploração do garimpo), passando pela toca do Seo Esmeraldo, antigo garimpeiro.
3. Cachoeira do Bom Jardim – Itaetê
A cachoeira do Bom Jardim esta a 30 km da sede de Andaraí e 8 km do Povoado de Colônia (município de Itaetê) e garante um banho refrescante a quem visita a serra do Ginete. O acesso é por estrada de terra e uma pequena trilha com cerca de 150m.
4. Cachoeira das Andorinhas – Mucugê
Uma das trilhas mais acessíveis para quem não tem carro e quer conhecer uma cachoeira a partir da cidade de Mucugê, pois precisa andar somente 2km de estrada não asfaltada e já chega na trilha, dentro do Parque Nacional.
É uma trilha de 2km que pode ser feito em 1h30min, devagar. Sobe um pouco a serra até ter uma vista do mirante do vale do rio Mucugê, este que deu nome à cidade.
A partir daí, segue por cima da serra, em área com predominância de vegetação em cima das rochas (campo rupestre), permeada de estruturas centenárias de antigos garimpos, como tanque, desvio de água e uma toca que pode ser visitada para descanso e sombra. Tudo isto passível de interpretação da cultura garimpeira por um guia capacitado.
Antes de chegar na cachoeira, há um mirante do rio Cumbucas, o primeiro a ser achado diamante na Chapada Diamantina, juntamente com a cachoeira das Andorinhas.
Então é só descer, passando por um “condomínio” de antigas tocas de garimpeiros, atravessar o rio Cumbucas e chegar na cachoeira.
A cachoeira é uma parede de águas de +/-6m de altura, onde o visitante pode tomar uma ducha, ficar atrás de cachoeira e nadar em seu poço. Ao seu lado, há um lajedo bom para descanso, tomar um sol e comer um lanche.
O retorno pode ser feito pela mesma trilha, ou o visitante pode optar em seguir para a Cachoeira do Tiburtino, Cachoeira da Piabinha e Projeto Sempre-Viva, todos no Parque Municipal de Mucugê, ou subir o rio Cumbucas passando em sete quedas de água com poços em pontos diferentes, até atingir a Cachoeira dos Funis e retornar por outra trilha.
5. Cachoeira das Moendas – Ituaçu
Cachoeiras da Chapada Diamantina – Guia de Turismo