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A Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia ou Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia esta situada na Cidade Baixa de Salvador, em Bahia, a Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia que fica a poucos metros do Elevador Lacerda e do Mercado Modelo.
A Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia tem uma particularidade que merece destaque: foi pré-fabricada em Portugal, as partes numeradas transportadas por caravelas atravessando o Oceano Atlântico e finalmente montadas no Brasil.
Imponente, observando a Baía de Todos os Santos, é ponto de partida da procissão com a imagem de Nossa Senhora da Conceição até a Igreja de Nosso Senhor do Bonfim na tradicional festa do dia de Lavagem do Bonfim onde as escadarias são lavadas com água de cheiro por baianas vestidas de branco.
A festa acontece todos os anos na segunda quinta feira do mês de janeiro após o dia de Reis.
Fundação: construída em 1549
Localização: Rua da Conceição da Praia, s/n, Comércio – Salvador – BA
Video sobre Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia
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História da Basílica de Nossa Senhora da Conceição da Praia
A Basílica Santuário Nossa Senhora da Conceição da Praia, ou Igreja de Nossa Senhora da Conceição da Praia, construída em 1549, tendo a sua matriz elevada em 1623 é uma das paróquias mais antigas da Arquidiocese de São Salvador da Bahia, no Brasil.
O projeto foi desenvolvido em Portugal e sua atual construção que teve início em 1739 e seu fim em 1849, em estilo barroco, foi feita toda de pedra de Lioz trazida de Portugal, por solicitação da Irmandade do Santíssimo Sacramento e Nossa Senhora da Conceição da Praia, mantenedora da Basílica.
As pedras foram coladas com óleo de baleia e a obra durou 300 anos, envolvendo três gerações de artesãos.
Em 1946, foi elevada a Sacrossanta Basílica, quando o quando o Santo Papa Paulo VI declarou Nossa Senhora da Conceição da Praia, Padroeira única e secular do Estado da Bahia.
As plantas foram feitas pelo engenheiro militar Manuel Cardoso de Saldanha, sendo que o executor dos materiais foi o mestre pedreiro Manuel Vicente.
O mestre pedreiro arquiteto Eugénio da Mota, de Portugal, preparou as pedras e acompanhou seu transporte para Salvador, ficando responsável também pela edificação do templo.
Seu interior possui a primeira demonstração mais completa do barroco de dom João V no Brasil, destacando-se a pintura do teto da nave que obedece à concepção ilusionista barroca de origem italiana de autoria de José Joaquim da Rocha.
A monumentalidade de sua fachada, de características neoclássicas, é realçada pela implantação das torres em diagonal. A igreja apresenta características da arquitetura do Alentejo.
Trata-se de uma igreja pré-fabricada em Portugal, em pedra de Lioz, que chegou ao Brasil em pedaços separados e numerados.
Eugênio da Mota, como dito anteriormente, foi expressamente contratado para montar o “quebra-cabeças arquitetônico”, e sua permanência no Brasil foi prolongada até o final dos trabalhos.
O procedimento de preparar as peças construtivas em Portugal não se limitou aos elementos que requeriam a intervenção de artesãos especializados, mas também, frequentemente, incluiu as mais simples fundações que sustentam as paredes.
As paredes de pedra lioz da igreja, quase sem enfeites, são divididas por uma grandiosa ordem de pilastras dóricas, sustentando, ao redor da nave inteira, a calha real.
A pintura do teto da nave
A pintura do forro da nave é um vasto quadro tradicionalmente aceito como obra de José Joaquim da Rocha.
Ela pertence à categoria chamada de “pintura de perspectiva” ou ilusionista, porque procura enganar os olhos do observador com falsa arquitetura e espaço ilusório.
O assunto do quadro é a glorificação da Santíssima Virgem da Imaculada Conceição, que aparece coroada de estrelas, em cima do seu símbolo particular – a lua nova. Aos seus pés, se veem quatro mulheres festivamente vestidas para lhe fazer homenagem.
As duas à esquerda devem representar a América e a Europa. À direita, a Ásia e a África completam o grupo das quatro partes do mundo. Em cima da Virgem, figura a santíssima trindade, com o Agnus Dei adorado por São João Evangelista e o Santo Precursor.
Altares laterais
A planta da nave da igreja é larga e comprida (28,50 metros por 19,80 metros), termina nas extremidades do eixo principal com uma área poligonal de três faces.
Entre estas paredes e quatro portas, que dão comunicação com os corredores, há três altares laterais em cada lado, instalados em capelas quadradas de bastante profundidade.
As aberturas das capelas e portadas formam, na parte inferior da nave, uma cadeia de doze arcos iguais, dominados pelo ritmo do arco imenso da capela-mor, erguendo-se altíssimo para fazer a ligação com os arcos das tribunas do andar superior.
Primeiro túmulo de Irmã Dulce
Logo após sua morte, Irmã Dulce foi sepultada na Igreja da Conceição da Praia, em Salvador. Em 2000, com o início do processo de Beatificação da religiosa, seus restos mortais foram então transferidos para a Capela do Convento Santo Antônio, no Largo de Roma.
Uma década depois, no dia 09 de junho de 2010, os restos mortais da freira foram transladados para a Igreja da Imaculada Conceição da Mãe de Deus – hoje conhecida também como Santuário da Bem-Aventurada Dulce dos Pobres, localizado ao lado da sede das Obras Sociais Irmã Dulce (OSID).
O Papa Francisco promulgou o decreto que reconhece o segundo milagre atribuído à intercessão de Irmã Dulce, cumprindo-se assim a última etapa do processo de Canonização da beata baiana.
A freira, conhecida como o Anjo Bom da Bahia, se tornará a primeira santa nascida no Brasil e sua canonização será a terceira mais rápida da história (27 anos após seu falecimento), atrás apenas da santificação do Papa João Paulo II (9 anos após sua morte) e de Madre Teresa de Calcutá (19 anos após o falecimento da religiosa).