Beco Catarina Mina em São Luís do Maranhão

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Beco Catarina Mina em São Luís do Maranhão
Beco Catarina Mina em São Luís do Maranhão

O beco Catarina Mina em São Luís do Maranhão foi batizado em homenagem à escrava Catarina Rosa Pereira de Jesus, conhecida por sua grande beleza e que, a custa de muito trabalho e “favores” prestados aos ricos portugueses, conseguiu reunir dinheiro suficiente para comprar sua alforria.

Após a liberdade, enriqueceu e tornou-se senhora de muitos outros escravos.

O beco inicia-se na Avenida Pedro II e termina no Beco da Alfândega. Bastante aladeirada e estreita, a via possui uma escadaria de 35 largos de degraus em predas de lioz, datadas do século XVIII.

O Beco Catarina Mina (Praia Grande) é um dos poucos logradouros do Centro Histórico de São Luís que leva nome de uma mulher, quiçá o único em homenagem a uma negra.

Em 1930, o lugar teve seu nome mudado para Rua Djalma Dutra, em homenagem a um dos heróis da revolta do Forte de Copacabana em 1922.

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Beco Catarina Mina em São Luís - Maranhão

O beco que começa na Avenida Pedro II (Largo do Palácio) e finda na Travessa da Alfândega (Rua João Gualberto), nos muros da Câmara Municipal, nascia na praia de Acaju, à beira do mar, correspondendo à entrada lateral do Palácio.

Uma ladeira bem íngreme, o beco recebeu mais tarde uma escadaria de 35 largos degraus em pedra de lioz, datada do século XVII existente até os dias de hoje, entre as ruas Nazaré (Joaquim Távora) e do Trapiche (Rua Portugal).

Beco Catarina Mina em São Luís do Maranhão
Beco Catarina Mina

No local encontram-se lojas de artesanato, agência de viagens, grupos de teatro, e alguns bares aconchegantes, entre eles o Bar Catarina Mina.

História do Beco Catarina Mina

Catarina Mina, ou Catarina Rosa Pereira de Jesus, era uma das mais belas negras escravas da cidade dona de uma barraca ao pé da ladeira da rua da Calçada (“Canto do Tonico”), onde vendia bastante apreciado pelos moradores.

Da região de Costa da Mina (Golfo da Guiné) na África de onde veio grande parte dos escravos do Brasil, a negra comprou sua alforria graças ao dinheiro recebido de seu trabalho e, segundo contam, dos favores prestados aos comerciantes portugueses endinheirados da Praia Grande.

Com a fortuna comprou também a alforria de muitos de seus amigos.

Liberta, tornou-se senhora de escravos com quem sempre passeava pelas ruas da cidade. Suas escravas a seguiam em corteja vestidas caprichosamente de rendas e bordados e ajaezadas com muitos colares, pulseiras e brincos de ouro. Mas, descalças, segundo sua condição.

A dona, à semelhança de seu séquito, vestia finas sedas e brocados, com jóias que cobriam colo, orelhas e braços, para estar em igual paridade às damas da época.

Se antes, sem os brios, já era cortejada pelos homens, imaginem depois do banho de loja.

Guia de Turismo e Viagem de São Luís do Maranhão

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