Flores tropicais são cultivadas em grande escala no nordeste do Brasil

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Flores tropicais cultivadas no nordeste
Flores tropicais cultivadas no nordeste

As flores tropicais de beleza exuberante vão enfeitar muitas festas neste fim de ano. Cultivo das flores tem papel fundamental na preservação de variedades.

Boa parte da beleza das festas natalinas no sudeste do país depende das flores tropicais cultivadas em grande escala no Nordeste.

Pernambuco é o estado que mais produz flores tropicais no Brasil. São centenas de variedades: alpínias, bastões-do-imperador, orquídeas tropicais, antúrios, helicônias, sorvetões e os abacaxis ornamentais.

As flores tropicais de beleza exuberante vão enfeitar muitas festas neste fim de ano nas regiões nordeste e sudeste do país. “A gente prioriza algumas plantas até nas cores, inclusive, que vendem mais no Natal, como o vermelho.

A gente se prepara um pouquinho antes fazendo a adubação e limpeza nos meses que antecedem dezembro”, diz Rafael Nunes, produtor.

Nos sítios, a temporada é muita correria para lavar, embalar e enviar as flores tropicais.

O preço, dependendo da espécie, varia de R$ 0,80 a R$ 3 a unidade. O faturamento anual do setor passa dos R$ 25 milhões. Elas duram até 20 dias. A durabilidade e as formas exóticas têm conquistado os consumidores.

O final do ano é a melhor época para os produtores de flores tropicais. As encomendas crescem cerca de 40%. Das plantações, as plantas eles seguem para festas de formatura, casamentos e confraternizações de Natal e Ano Novo.

A maioria das variedades de flores tropicais têm o pique de produção no período de outubro a dezembro. Como coincide com o período de festas, de comemorações, então ela passa a ser muito procurada.

Alpinia Purpurata
Alpinia Purpurata

Produz-se bastante e ela passa a ser também muito procurada para venda.

Vídeos sobre o cultivo de Flores Tropicais no Nordeste

Cultivo de Flores Tropicais no Nordeste

O cultivo das flores tropicais no nordeste tem um papel fundamental na preservação de algumas variedades que estavam desaparecendo com o desmatamento. “Como algumas áreas tropicais estão se reduzindo cada vez mais no mundo, você ter elas em cultivo comercial é preservar a espécie”, garante Rafael.

As principais variedades de flores tropicais são alpínias, bastões-do-imperador, orquídeas tropicais, antúrios, helicônias, sorvetões e os abacaxis ornamentais.

Nome Científico: Alpinia purpurata
Nomes Populares: Alpínia, Gengibre-vermelho
Família: Zingiberaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Flores Perenes
Clima: Equatorial, Oceânico, Subtropical, Tropical
Origem: Ásia, Indonésia, Oceania
Altura: 1.2 a 1.8 metros
Luminosidade: Meia Sombra, Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene

Orquídea

A orquídea é uma planta muito valorizada pela beleza e pela originalidade de suas flores. As orquídeas formam uma das maiores famílias de plantas do mundo, com mais de 20 mil espécies e mais de setecentos gêneros.

O Brasil tem mais de 3.500 espécies nativas. O cultivo de orquídeas é um passatempo para muitas pessoas.

As orquídeas crescem em quase todo o mundo, exceto nas regiões polares. Na maioria, preferem áreas tropicais quentes. Podem crescer no solo, completamente subterrâneas, ou presas a outras plantas e rochas.

As espécies encontradas em outras plantas e rochas têm raízes pendentes no ar ou agarradas à planta ou à rocha. Elas extraem umidade e nutrientes da água da chuva, de matérias vegetais decompostas ou do próprio ar.

A altura das plantas de orquídea varia de menos de 2,5 centímetros a mais de 4,6 metros. Pode haver uma única flor ou cachos delas. As flores têm entre 2,5 milímetros e 38 centímetros de diâmetro.

A coloração é muito variada e algumas flores têm pintas ou riscas. Muitas têm perfume forte e outras absolutamente nenhum cheiro.

De porte médio, a alpínia é uma planta que combina muito bem com paisagens tropicais. Produz inflorescências belíssimas, com flores pequenas de coloração branca e brácteas vermelhas ou róseas, em hastes eretas. As folhas são ornamentais também. Muito rústica, esta planta também é utilizada como flor de corte.

Assim como outros gengibres, esta planta aprecia solos ricos em matéria orgânica e irrigados regularmente. Deve ser cultivada a pleno sol ou meia sombra. Multiplica-se por mudas que se formam nas brácteas ou por divisão das touceiras, tomando o cuidado de deixar uma boa parte de rizoma e folhas com cada muda. Não é resistente ao frio.

Veja Cultivar e Cuidar de Orquídeas

bastão-do-imperador
bastão-do-imperador

Bastão-do-Imperador

O bastão-do-imperador é uma espécie de gengibre, com flores muito chamativas e vistosas. A folhagem é tipicamente tropical, com hastes longas e folhas largas e coriáceas.

A inflorescência, que dá o nome a planta, caracteriza-se por apresentar brácteas vermelhas, com flores vermelhas e lábio amarelo, sustentadas por uma haste longa e robusta. Valoriza jardins tropicais e contemporâneos, plantado isoladamente ou em grupos.

Floresce na primavera e verão. Também é excelente como flor-de-corte, compondo arranjos florais muito elegantes e duráveis. Ocorrem ainda variedades de flores róseas e brancas.

Deve ser cultivado sob meia sombra, em solo fértil e rico em matéria orgânica, irrigado com freqüência. Não é tolerante às geadas, ao frio e ventos fortes. Multiplica-se pela divisão da touceira, rizomas e por sementes.

Nome Científico: Etlingera elatior
Nomes Populares: Bastão-do-imperador, Flor-da-redenção, Flor-de-cera, Gengibre-tocha
Família: Zingiberaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Flores Perenes
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: Indonésia
Altura: 3.6 a 4.7 metros
Luminosidade: Meia Sombra
Ciclo de Vida: Perene

Antúrio
Antúrio

Antúrios

Os Antúrios são pertencentes a família das Aráceas e seu nome cientifico é Anthurium Andraeanum. A origem dos Antúrios é a América Central e do Sul.

A flor do Antúrio é pequena e a parte colorida e exótica, que normalmente achamos que é a flor, na verdade é uma inflorescência, ou seja, o conjunto formado pela espádice (espiga onde brotam as minúsculas flores) e espata do antúrio (bráctea colorida, ou a folha modificada).

As verdadeiras flores do antúrio são os pontinhos amarelos que brotam na espiga.

Mas o Antúrio não impressiona apenas pela beleza da inflorescência. Suas folhas em formato de coração (codiformes), que variam de tamanho dependendo da espécie, são extremamente exóticas.

Disponibilidade

Os Antúrios podem ser encontrados durante o ano todo.

Variedade

Antúrio Alabama, Antúrio Amis, Antúrio Bird Luxury, Antúrio Black Love, Antúrio Black Queen, Antúrio Dakota, Antúrio Green King, Antúrio Natalie, Antúrio Opirus, Antúrio Otazu, Antúrio Pink Expression, Antúrio Red Queen, Antúrio Red Victory, Antúrio Red Winner, Antúrio Sierra, Antúrio Snow Ring, Antúrio Sumi, Antúrio Tangerine, Antúrio Vitara, Antúrio White Champion e Antúrio White King.

Cuidados básicos

Como toda planta tropical, necessita de temperaturas acima de 15º C e meia luz (não pode ficar no Sol direto). Deixar a terra do vaso sempre úmida e aerada, regando de 2 a 3 vezes por semana, sendo que uma delas pode ser feita por cima da planta. Transplantando, conforme o tamanho, o antúrio pode crescer até a altura de 90 cm.

Heliconias – charme tropical

Plantas tropicais e exóticas constituem uma das maiores riquezas da nossa flora. Exuberantes, coloridas, com formas inusitadas, elas são apreciadas no mercado internacional também por sua durabilidade e pela capacidade de, mesmo sozinhas, gerar composições surpreendentes.

Heliconia Orthotricha - Stricta Dorado Gold
Heliconia Orthotricha – Stricta Dorado Gold

Um bom exemplo deste tipo de planta são as helicônias, cujo mercado tem se tornado cada vez mais convidativo. Vale a pena conhecer os aspectos técnicos do seu cultivo.

As helicônias são plantas de origem neotropical, mais precisamente da região noroeste da América do Sul. Originalmente incluído na família Musaceae (a família das bananeiras), o gênero Helicônia mais tarde passou a constituir a família Heliconiaceae, como único representante.

O nome do gênero foi estabelecido por Lineu, em 1771, numa referência ao Monte Helicon, situado na região da Beócia, na Grécia, local onde, segundo a mitologia, residiam Apolo e suas Musas.

O gênero Helicônia é ainda muito pouco estudado e ainda é incerto o número de espécies existentes, ficando na faixa compreendida entre 150 a 250 espécies.

Seis espécies ocorrem nas Ilhas do Sul do Pacífico, Samoa e Indonésia. As demais estão distribuídas na América Tropical desde o sul do México até o norte de Santa Catarina, região sul do Brasil. As helicônias, conforme a espécie, ocorrem em altitudes que variam de 0 a 2.000m, embora poucas sejam aquelas restritas às regiões mais altas. Ocorrem predominantemente nas bordas das florestas e matas ciliares e nas clareiras ocupadas por vegetação pioneira. Desenvolvem-se em locais sombreados ou a pleno sol, de úmidos a levemente secos e em solos argilo-arenosos.

Aqui no Brasil, cerca de 40 espécies ocorrem naturalmente em nosso país e são conhecidas por vários nomes, conforme a região: bananeira-de-jardim, bananeirinha-de-jardim, bico-de-guará, falsa-ave-do-paraíso e paquevira, entre outros.

As helicônias são utilizadas como plantas de jardim ou flores de corte. Sua aceitação como flores de corte tem sido crescente, tanto no mercado nacional como internacional.

As razões que favorecem sua aceitação pelo consumidor são a beleza e exoticidade das brácteas que envolvem e protegem as flores, muito vistosas, de intenso e exuberante colorido e, na maioria das vezes, com tonalidades contrastantes; além da rusticidade; da boa resistência ao transporte e da longa durabilidade após colheita.

Se a finalidade for o uso como flor de corte, as espécies mais indicadas para o cultivo são aquelas que apresentam inflorescências pequenas, leves, eretas, de grande durabilidade e com hastes florais de pequeno diâmetro, embora as inflorescências pendentes, apesar das dificuldades de embalagem, também apresentem um grande valor de mercado.

Heliconias são geófitas e ricas em néctar

As helicônias são plantas herbáceas rizomatosas, que medem de 50 cm a 10 metros de altura, conforme a espécie. As folhas apresentam-se em vários tamanhos. As espécies possuem um rizoma subterrâneo que normalmente é usado na propagação.

As inflorescências podem ser eretas ou pendentes, com as brácteas distribuídas no eixo num mesmo plano ou planos diferentes.

Uma única espécie, a H. reptans Abalo e Morales apresenta a inflorescência na posição horizontal, distendendo-se junto ao solo em seu desenvolvimento.

As flores da helicônia são apreciadas pelos beija-flores pois são ricas em néctar. O fruto, tipo baga, é de cor verde ou amarelo, quando imaturo, e azul escuro na maturação completa. Geralmente abriga uma a três sementes, com 1,5 cm de diâmetro.

Quanto à forma de reprodução, é interessante observar que as helicônias são consideradas geófitas, ou seja, se reproduzem não somente pelas suas sementes, mas também por seus órgãos subterrâneos especializados, cuja principal função é servir como fonte de reservas, nutrientes e água para o desenvolvimento sazonal e, assim, assegurar a sobrevivência das espécies.

O período de florescimento da planta varia de espécie para espécie e é afetado pelas condições climáticas. O pico de produção normalmente ocorre no início do verão, declina no outono e cessa no inverno, quando a temperatura média se aproxima de 10ºC.

As helicônias vêm apresentando crescente comercialização no mercado internacional em função do aumento da área de produção nos países da América Central e da América do Sul, o que proporciona uma maior oferta do produto e sua maior divulgação.

Os principais países produtores são Jamaica, Costa Rica, Estados Unidos (Havaí e Flórida), Honduras, Porto Rico, Suriname e Venezuela.

Existem também cultivos comerciais na Holanda, Alemanha, Dinamarca e Itália, mas sob condições protegidas. No Brasil, vêm áreas de cultivo já são encontradas nos Estados do Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Pernambuco, com expansão para os Estados do Amazonas e Ceará.

Entre as espécies e híbridos mais comercializados como flores de corte, destacam-se: H. psittacorum, H. bihai, H. chartaceae, H. caribaea, H. wagneriana, H.stricta ,H. rostrata e H. farinosa.

Os principais países importadores são os Estados Unidos, a Holanda, a Alemanha, a Dinamarca, a Itália, a França e o Japão.  As inflorescências pendentes são mais valiosas no mercado, mas seu cultivo é mais difícil, a produção é menor e é alto o investimento em manuseio, embalagem e transporte.

Propagação das Helicônias

As helicônias podem ser multiplicadas tanto por meio de sementes como por divisão de rizomas. As espécies de helicônias têm sobrevivido por cenetenas de anos graças à bem-sucedida relação de troca com seus agentes polinizadores (beija-flores e morcegos) e dispersores de sementes (roedores, pássaros e esquilos).

A planta fornece a eles néctar rico em carboidratos e a polpa de seus frutos e, em troca, os polinizadores transferem o pólen e os dispersores distribuem as sementes.

Quando cultivadas fora do seu habitat natural, distantes dos polinizadores, muitas espécies podem não chegar a produzir sementes.
As sementes devem também estar maduras e frescas e necessitam de luz para germinar.

Cada fruto normalmente contém três sementes que podem estar envolvidas por um endocarpo bastante duro, o que pode dificultar a germinação. A condição ideal é semeá-las em ambiente úmido, ensolarado e quente (25 a 35oC), sendo aconselhado um tratamento com fungicidas para prevenir podridões.

Para a maioria das espécies, a germinação das sementes de helicônias ocorre no prazo de 120 dias, mas algumas chegam a levar três anos. Um método prático para favorecer a germinação de sementes é colocá-las em sacos plásticos com vermiculita ou esfagno umedecidos, em ambiente quente e sombreado até que germinem, quando, então, devem ser plantadas.

O método de propagação por divisão de rizomas é mais utilizado. Os rizomas são caules especializados que crescem horizontalmente, tanto acima como abaixo da superfície do solo. As helicônias apresentam um rizoma do tipo “ramificado”.

Normalmente, as novas brotações desenvolvem-se na base de um pseudocaule vertical. A divisão do sistema de rizomas envolve tanto o rizoma horizontal como os pseudocaules verticais.

Para a propagação, recomenda-se uma porção de rizoma medindo no mínimo de 10 a 12,5 cm, constituída de três a cinco pseudocaules (cortados com 20 a 30 cm de comprimento), com gemas basais associadas e livres de partículas de solo.

Depois de lavadas e retiradas as porções mortas, o rizoma deve receber outros cuidados fitossanitários, com a aplicação de inseticidas e fungicidas, visando o controle de fungos, insetos e nematóides (neste caso, o controle pode ser feito com água quente, entre 40 a 42 graus C, durante 15 a 30 minutos, dependendo do tamanho da porção).

Um método prático para a propagação consiste na colocação do rizoma já desinfetado em sacos plásticos escuros, fechados e protegidos do sol, colocando-se papel umedecido no interior da embalagem. Mantém-se por um período de duas a três semanas, quando se inicia o desenvolvimento das raízes. Quando estas já se encontram bem expandidas, pode-se proceder o plantio.

Cultivo de Helicônias

O espaçamento para o cultivo de helicônias dependerá da espécie utilizada. Espécies que apresentam inflorescências leves e eretas devem ser plantadas num espaçamento de 30 cm entre si, com uma densidade de três plantas por metro linear.

O plantio é efetuado no centro de canteiros com largura de 0,9m. Canteiros muito largos dificultam a colheita das inflorescências, além de favorecer o desenvolvimento de plantas estioladas na parte central pela dificuldade de penetração da luz. Entre os canteiros, recomenda-se distâncias entre 1,0 a 1,5m.

Para espécies que produzem flores pesadas, eretas ou pendentes e que formam touceiras grandes, com plantas acima de 1,5m de altura, recomenda-se um espaçamento de 0,8 x 0,8 m ou mais, também em canteiros distanciados entre si por 1,0 a 1,5 m.

O pseudocaule velho eventualmente morre, mas outros novos se desenvolvem na base da planta. A brotação e o desenvolvimento de novas raízes normalmente acontece cerca de 3 a 4 semanas após o plantio.

Plantio das Helicônias

Época ideal: período mais frio do ano
Temperatura: 21°C noturna e 26°C diurna
Luminosidade: entre 60 a 40% no verão para evitar altas temperaturas do solo, após as folhas cobrirem o sol, a luz pode ser gradualmente aumentada, até a insolação total, ou mantida a 70%.

Substrato

Recomenda-se utilizar, inicialmente, vermiculita, perlita, entre outros, e depois transplantar as mudas para o local definitivo.
Profundidade: 10 cm para o plantio de rizomas em canteiros  pH adequado ao cultivo: entre 4,5 e 6,5.

Luz e Temperatura

as helicônias, dependendo da espécie, podem ser cultivadas desde a pleno sol até em locais sombreados. Deve-se das preferência por espécies de cultivo a pleno sol, por exigirem um menor investimento. Todas as espécies citadas acima como as mais procuradas como flores de corte são indicadas para o cultivo a pleno sol.

Em condições de campo, em cultivos muito adensados, pode ocorrer o estiolamento das plantas, pois há dificuldade de penetração da luz no centro dos canteiros.

A faixa de temperatura ideal para a produção de helicônias situa-se entre 21 e 35 graus C, sendo que quanto mais alta a temperatura, maior é a produção e mais rápido é o desenvolvimento.

Temperaturas inferiores a 15oC são prejudiciais ao desenvolvimento normal das plantas. Abaixo de 10 graus C, o crescimento cessa. Recomenda-se evitar locais onde existam variações superiores a 10 graus C entre as temperaturas diurnas e noturnas. Além disso, as helicônias exigem alta umidade relativa.

Adubação e Irrigação

A adubação influencia bastante o crescimento e a produção de flores, principalmente sob alta luminosidade. Além disso, as helicônias são plantas que preferem solo levemente ácido. Se for necessário corrigir o solo para obter o grau de acidez adequado ao cultivo (pH entre 4,5 e 6,5), recomenda-se a adição de calcário dolomítico em adição aos macro e micronutrientes, cerca de 30 dias antes do plantio.

Já por ocasião do plantio, o ideal é fazer uma adubação orgânica, incorporando-se ao solo folhas decompostas e esterco de curral curtido (40 l/metro de canteiro). Adubações parceladas em duas a três vezes ao ano com 3 kg/m2 da fórmula NPK 18-6 -12 resultam num rápido desenvolvimento e florescimento.

A irrigação deve ser abundante, principalmente após a emissão das folhas, mantendo a umidade do solo. Em locais secos, é recomendável realizar irrigações duas a três vezes por semana, evitando-se encharcar o solo. Os métodos mais indicados são o gotejamento e a aspersão baixa.

Por outro lado, a aspersão alta não deve ser empregada, pois as gotas de água podem atingir as inflorescências ou mesmo se depositar no interior da brácteas das inflorescências eretas, causando o apodrecimento das flores e favorecendo a proliferação de insetos.

Tratos culturais, pragas e doenças: as touceiras devem ser divididas e replantadas após dois anos de cultivo. Para evitar o adensamento das touceiras, o ideal é cortar ao nível do solo as hastes que já tenham florescido.

Algumas vezes é necessário o tutoramento das plantas, usando-se suportes de fio de arame esticados ao longo dos canteiros, para evitar o tombamento pela ação do vento ou do próprio peso.

Anualmente, deve-se fazer a cobertura dos canteiros com matéria orgânica, usando-se restos de folhas, bagaço ou outros compostos disponíveis.

Quanto às Pragas e Doenças

O principal problema da cultura é a ocorrência de nematóides, que exigem para seu controle o tratamento do solo antes do plantio.

É rara a ocorrência de ácaros, cochonilhas e pulgões. Entre as doenças, destacam-se as fúngicas, causadas principalmente por Phytophtora e Pythium.

Gengibre-Magnífico, Zingiber Spectabile ou Sorvetão

Gengibre-Magnífico, Zingiber Spectabile ou Sorvetão
Gengibre-Magnífico, Zingiber Spectabile ou Sorvetão

O gengibre-magnífico é uma planta considerada exótica devido a sua forma diferenciada que lembra um sorvetão. Pode ser um excelente incremento para o seu jardim ou projeto paisagístico, porém, alertamos que se trata de uma planta meramente ornamental não devendo ser consumida de nenhuma maneira.

O visual dessa planta tem um quê de fantástico que oferece um valor ornamental maior para os locais em que está presente.

Um tipo de planta que se destaca e que vai muito bem nos mais variados tipos de ambiente. Lembrando ainda que pode ser cultivada em renques, junto a muros ou mesmo em jardineiras.

Uma bela planta que merece o magnífico de seu nome, quem mora numa região em que não haja uma estação de frio intenso deve apostar nessa alternativa para cultivo.

O gengibre ornamental Zingiber spectabilis Griff; conhecido como shampoo; maracá; sorvetão; é uma planta ornamental tropical; de origem asiática; nativa da Malásia. Pertencente a família Zingiberaceae; da ordem Zingiberales; apresenta inflorescência com brácteas amarelas até a coloração róseo-avermelhado.

Esse espécime pertence a família Zingiberaceae e está dentro da categoria arbustos, folhagens e flores perenes. Dentre os climas preferidos dessa planta que tem sua origem na Malásia ou na Ásia estão os subtropical, equatorial e o tropical.

A altura a que essa planta pode chegar fica entre 1.2 a 1.8 metros e a luminosidade que prefere é a meia sombra. O seu ciclo de vida é perene, trata-se de uma planta bastante interessante no que concerne a sua forma que lembra realmente um grande sorvete.

Descrição do Gengibre-Magnífico

Essa planta é uma herbácea típica de regiões tropicais e que pode ser facilmente encontrada em florestas do sul da Tailândia. Uma planta que possui hastes fortes que crescer ao longo do rizoma, sempre eretas e parecidas com uma cana.

Podem chegar a alcançar aproximadamente 1,5 a 2 metros de altura.

As folhas do gengibre-magnífico são longas, bem verdes e com um aspecto aveludado na parte interna. Na base da planta surgem inflorescências que tem sua origem diretamente do rizoma. A sustentação dessa planta fica por conta de hastes fortes e eretas que medem em torno de 40 cm.

Flores do Gengibre-Magnífico

O gengibre-magnífico tem flores que são amareladas ou brancas e contam com um grande valor ornamental secundário uma vez que além de pequenas são abertas de forma gradual entre as brácteas. As brácteas são dispostas de uma forma que criam alvéolos, essa textura diferenciada lhe rendeu o nome Beehive Ginger  (gengibre-colméia) em inglês.

A inflorescência como um todo tem um visual que lembra um abacaxi devido ao seu visual cilíndrico e fusiforme. Na juventude as brácteas dessa planta adquirem um tom que fica entre o esverdeado e o amarelo-pálido. Conforme o tempo vai passando as brácteas vão se tornando vermelhas.

Um ponto bem positivo dessa planta é que as suas inflorescências duram bastante tempo, dessa forma podem ser utilizadas como flor de corte para montar belos arranjos tropicais.

Gengibre-Magnífico no Paisagismo

O gengibre-magnífico é uma excelente alternativa para ser cultivado em renques ou mesmo junto a muros ou em maciços que fiquem sob a copa de árvores. Um dos destaques paisagísticos dessa planta são as suas folhas que tem um visual bonito e tropical, porém, que é sensível a queimaduras e dessa forma deve evitar a luz direta do sol.

Sob as condições ideais essas plantas têm um crescimento rápido, podem ser cultivadas em vasos ou mesmo em jardineiras, isso ajuda a controlar o crescimento da planta. Durante o verão aparecem as inflorescências e também o perfume de gengibre um dos pontos de destaque dessa planta.

Gengibre Ornamental

A planta que tem sua origem na Tailândia recebe nomes diferentes em cada região do país podendo ser conhecido como gengibre-magnífico ou gengibre ornamental. Uma planta bastante sensível ao frio que prefere ser cultivado em regiões a meia-sombra.

Pelo fato de ser uma herbácea exuberante é bastante ornamental, a sua inflorescência cilíndrica conta com brácteas que começam amarelas e com o passar do tempo vão mudando de cor até que chegam num tom de vermelho intenso com um lindo efeito de brilho.

A floração do gengibre-magnífico acontece durante o verão e o resultado pode ser visto em hastes rígidas que podem chegara até 30 cm de altura. A quantidade de flores também merece destaque. Quando essa planta é utilizada em projetos de paisagismo é ideal que seja cultivado num ambiente em que seja possível deixar a mostra a parte inferior da planta uma vez que as suas flores nascem bem próximas ao chão.

Cultivo do Gengibre-Magnífico

O cultivo dessa planta deve ser feito a meia-sombra e de preferência num solo fértil que tenha sido enriquecido com matéria orgânica e que seja mantido úmido. Os climas preferidos dessa planta são os quentes e o seu ciclo de vida é o perene. Porém, mesmo assim essas plantas podem ser cultivadas em climas mediterrâneos, subtropicais ou temperados.

Um detalhe interessante em relação a essa planta é o fato de que ela entra em dormência no inverno e por isso deve ser bem protegida do frio rigoroso em estufas. Para fazer a multiplicação dessa planta a dica é usar a técnica de estaquia do caule, sementes ou mesmo a divisão por touceiras.

Ressaltamos que a planta pode ser cultivada o ano todo podendo sempre ter um bom resultado. O prazo de duração dessa planta é indeterminado e a sua germinação acontece num período entre 15 e 25 dias. A quantidade de plantas que serão bem sucedidas nesse plantio variam de acordo com as condições do ambiente, solo e trato cultural.

Dicas especiais para o cultivo
Rega da Planta do Gengibre

Para que o gengibre-magnífico cresça saudável é importante regar a planta duas vezes por semana.

Luminosidade

Faça o cultivo a meia-sombra.

Mudas

As mudas deverão ser feitas a partir da separação de brotos que surgem no entorno da planta principal.

Poda

Se perceber que há a necessidade faça a poda de contenção da planta, de preferência faça essa poda após a floração.

Limpeza

Depois que a planta terminar de florescer faça uma limpeza da planta.

Adubo

Para garantir que a sua planta cresça saudável faça a adubação usando fertilizante mineral que deve uma formulação NPK 04-14-08. A fórmula contém mais Fósforo por que esse elemento ajuda a fazer com que a mesma cresça mais rapidamente.

Abacaxi-ornamental – Ananas bracteatus

Abacaxi-ornamental – Ananas bracteatus
Abacaxi-ornamental – Ananas bracteatus

O Abacaxi Ornamental, é uma plana de nome cientifico Ananas Bracteatus, e conhecida popularmente como: abacaxi vermelho, ananás ornamental, ananás vermelho, ananás selvagem e abacaxi anão.

O Abacaxi ornamental se caracteriza por ser um abacaxi de porte pequeno (tem aproximadamente 05 cm de diâmetro), e é uma planta da espécie das Bromélias (espécie muito importante, visada e considerada no mercado das plantas ornamentais), de origem sul americana (mais precisamente em terras brasileiras).

O Abacaxi Ornamental é um bromélia rústica, tendo um ciclo de vida (hábitos) perene, sendo uma planta herbácea, sem caule e terrestre, e possui um pequeno grau de polimorfismo.

O Abacaxi Ornamental é formado por uma roseta de folhas com aspecto lanceolados, sendo essas folhas grossas e largas. A sua folhagem e os seus frutos são meramente ornamentais. A planta não é cultivada para o consumo.

Devido as características de suas folhas e frutos, que são de longa durabilidade, a planta pode sem nenhum problema ser cultivadas em espaços abertos. O abacaxi ornamental é plenamente adaptável aos climas tropicais e subtropicais úmidos. Ela é uma planta com alta sensibilidade a temperaturas baixas e frias.

Por ser uma planta muito voltada para o lado ornamental, o abacaxi ornamental é muito usado em decorações, pois é uma planta muito bela e que possui características especiais e únicas.

Além disso, o abacaxi ornamental é considerada uma planta com característica agressiva (devido aos seus espinhos), e por isso, muitas pessoas usam o abacaxi ornamental com o intuito de separar, isolar e delimitar determinadas áreas, espaços ou canteiros que não podem ter seus locais sendo acessados por alguém (sejam pessoas ou animais). Por isso, o abacaxi ornamental pode ser plantado de forma isolada ou em grupos.

As Folhas, Flores e Fruto do Abacaxi Ornamental

As suas folhas são de formato alongado, são esverdeadas e possuem espinhos nas bordas. Os frutos do abacaxi ornamental são de cor vermelha. Porém existem espécies que possuem folhas com cores e tonalidades diferentes, sendo a espécie mais conhecida é Striatus, de coloração branco e creme.

As folhas do abacaxi ornamental possuem de 0,7 a 1,0 m de comprimento e 3,0 a 4,0 cm de largura. As folhas são rígidas e ascendentes, com um espinho forte e robusto, tendo as margens lisas.

O abacaxi ornamental possui uma inflorescência que é basicamente uma haste longa de 80 cm, coberta por uma camada branca e concluída por brácteas que são semelhantes as folhas.

O fruto do abacaxi ornamental consegue durar um longo tempo na planta. Ele tem em torno de 05 cm de diâmetro, com tons de cores que variam do amarelo, rosa e vermelho. O fruto do abacaxi ornamental é muito fibroso, possui poucas sementes, porém não é comestível, sendo utilizado como peça de decoração.

O abacaxi ornamental é uma planta que floresce de forma espontânea em qualquer época do ano.

O abacaxi ornamental deve ser cultivado a sol pleno ou a meia sombra, em solo com bom grau de fertilidade, de preferência leve e enriquecido com material orgânico (adubos e fertilizantes).

O abacaxi ornamental necessita ser regado de maneira regular, além de ser uma planta que não se adapta e por isso não aceita o frio e as geadas (por isso ela surgiu no Brasil e em áreas tropicais e subtropicais).

O ideal é que na hora de fazer qualquer manipulação nessa planta, utilize luvas de preferência com textura grossa, para evitar ferimentos, pois as folhas possuem espinhos.

A Reprodução do Abacaxi Ornamental

O Abacaxi ornamental se reproduz com extrema facilidade por via vegetativa. A planta se reproduz e multiplica-se por divisão da touceira (as chamadas brotações laterais) e pelas mudas que são formadas nas coroas do fruto.

As Plantas novas saem das gemas axilares entre as folhas e as coroas do fruto, e elas também podem ser plantadas. Porém, a multiplicação em escala do abacaxi ornamental está sendo feita por processo de micro propagação.

Por isso, o abacaxi ornamental também pode ser cultivado em vasos, e o seu cultivo é exclusivamente de efeito ornamental.

O Cultivo do Abacaxi Ornamental

O Abacaxi ornamental deve ser cultivado a meia sombra ou a pleno sol, sendo evitado as baixas temperaturas. O solo deve ser fértil, leve e se possível ser enriquecido com material orgânico (adubo e fertilizantes) e devem ser efetuadas regas de forma regular. O abacaxi ornamental pode ser cultivado em casa mesmo, em vasos, bastando manter a temperatura ambiente

acima dos 15 graus, e efetuar as regas quando a terra estiver seca. Outro cuidado a ser tomado, é com as próprias mãos, devido aos vários espinhos existentes, não deixe de usar luva apropriada e de preferência de espessura grossa.

Nome Científico: Ananas bracteatus
Nomes Populares: Abacaxi-ornamental, Abacaxi-vermelho, Ananás-ornamental, Ananás-vermelho
Família: Bromeliaceae
Categoria: Arbustos, Arbustos Tropicais, Bromélias
Clima: Equatorial, Subtropical, Tropical
Origem: América do Sul, Brasil
Altura: 0.6 a 0.9 metros
Luminosidade: Sol Pleno
Ciclo de Vida: Perene.

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