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A cidade de Campo Formoso na Bahia é conhecida por suas grutas e pelo comércio de esmeraldas.
Campo Formoso localiza-se na Chapada Diamantina e tem em seu território muitas cavernas com diversos tipos de formação interior.
Além maior gruta, em extensão, do Hemisfério Sul: a Toca da Boa Vista, maior caverna conhecida do Brasil e Hemisfério Sul com mais de 120 km de galerias mapeadas até 2007, é um dos mais importantes sítios espeleológicos e paleontológicos brasileiros.
O município de Campo Formoso, idade é conhecida pela produção de esmeraldas, a 414 quilômetros de Salvador, sedia a Feira de Pedras Preciosas, Esmeraldas e Artesanato.
Conjuntamente com as cavernas vizinhas Toca da Barriguda, Toca do Calor de Cima, Toca do Pitu e Toca do Morrinho, constituem um conjunto de relevância geológica mundial.
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GRUTAS DO MUNICÍPIO DE CAMPO FORMOSO
Veja também Caçadores de esmeraldas na Chapada Diamantina
1. Toca da Boa Vista
A maior caverna do Hemisfério Sul, com 102,5 km mapeados e topografados pelo Grupo Bambuí de pesquisas Espeleológicas, ocupando a 11ª posição entre as maiores cavernas do Planeta possui uma morfologia atípica e riquíssima do ponto de vista científico.
Numerosos fósseis ali encontrados permitiram expandir o conhecimento sobre a paleontologia de vertebrados pleistocênicos. Além disso estão sendo realizados estudos importantes nos ramos da paleotoclimatologia e geologia cárstica.
A gruta também possui espeleotemas de mineralogia exótica e rara morfologia. É um grande labirinto seco, formando estreitos condutos até grandes salões.
O maior deles é o salão denominado Salão Telécio, nome dado em homenagem a José Telesphoro, grande líder de Campo Formoso e pioneiro a adentrar e vislumbrar o grande potencial da Gruta da Boa Vista.
Os mais belos salões são: O Conduto dos Discos Voadores, o Além Mundo, o Novo Mundo, o Terceiro Mundo e o trecho final, batizado de Fim de Mundo.
O estado de preservação dessa gruta e muito bom, pois sua visitação até o momento é restrita espeleólogos e outros cientistas experientes com o eco-sistema das cavernas.
2. Toca da Barriguda
Toca da Barriguda é a 2ª maior caverna do Brasil. A Toca da Barriguda é uma gruta espetacular e em muitos aspectos mais cênicas do que a Toca da Boa Vista, sua vizinha maior.
Seus maravilhosos salões são um encantamento para os olhos de todos que a ela adentram.
É formada de grandes salões ornados de estalactites e estalagmites, escorrimentos e Conduto da Caatinga com 16.400m², e sem dúvida o mais belo salão da região, devido tanto à “floresta” de estalagmites no piso, quanto ao curioso teto repleto de cupuias.
É também de grande importância científica com ossadas fósseis e evidências paleoambientais, que são abundantes nessa caverna, fazendo da mesma um importante museu natural.
Seu percurso é de 30 quilômetros mapeados e topografados pelo Grupo Bambuí de Pesquisas Espeleológicas.
3. Pontes do Sumidouro em Campo Formoso
Conjunto de grutas representadas por três pontes calcárias que cortam o Rio Pacuí, constituindo-se vestígios de uma grande caverna por onde esse corria subterraneamente. Os intervalos entre essas pontes são grandes abatimentos do teto da antiga caverna.
A primeira ponte com extensão de 85m, é caracterizado por um grande volume de blocos abatidos, escassos espeleotemas, exibindo formas de cascata nas paredes laterais e travertinos no curso do rio. É interessante ressaltar que sobre essa ponte natural existe uma estrada de rodagem.
A ponte II, com 305m já apresenta uma densidade maior de espeleotemas tanto no teto quanto nas paredes laterais (estalactites, cascatas, cortinas e outros). O chão é plano e constituído de argola úmida, depositada nos períodos das cheias do rio Pacuí.
Caminhando-se pelas margens do rio percurso de 95 km, atinge-se a ponte 3. Essa é a maior e a mais bela ponte, com 310m de desenvolvimento apresentado grande quantidade de depósitos carbonáticos, tais como inúmeros travertinos, colunas, pérolas e outros.
O chão é semelhante ao da Ponte 2, composto de argila de planície de inundação do Rio Pacuí, que corre entre as pedras azuladas e areia grossa brilhando ao sol claro da caatinga.
4. Gruta do Convento
A Gruta do Convento situada próxima ao povoado de Abreus, muito ampla, destaca-se tanto por sua beleza subterrânea, emoldurada por clarabóia, quanto pelo seu valor religioso, atraindo romeiro devotos de Nossa Senhora Aparecida.
Lá venerada há várias décadas. É conhecida desde o século VIII, quando foram descobertas e exploradas as minas de salitre na região de Abreus. O percurso no interior da gruta e extremamente fácil, devido a horizontalidade das galerias. Várias clarabóias permitem a entrada de luz realçando sai beleza, além do fácil acesso a superfície.
O estado de conservação desta gruta é bom. Isto se deve as grandes dimensões das galerias e a ausência de espeleotemas em locais acessíveis.
Na gruta desemboca dos riachos de águas intermitentes: o Queixo D’ anta e Tanquinho, que nascem na Serra do São Francisco a oeste do povoado de Abreus.
Apesar de possui concentrações de estalactites e estalagmites, e cortinas nas paredes laterais, essa caverna assemelha-se ao um imenso conduto de pressão freática onde circularam, no passado, as águas de um volumoso afluente do Rio Pacuí, formando um circuito integrado de grutas de fácil visitação devido à proximidade entre as mesmas.
5. Toca da Onça ou Gruta da Tiquara
A Toca da Onça ou Gruta da Tiquara localiza-se a 10º 24′ 46″ de latitude sul e 40º 24′ 46″ de longitude oeste, estando quase no perímetro urbano do povoado de Tiquara. Possui no seu interior algumas pinturas rupestres.
Dentre as pinturas observadas, nota-se uma semelhança com tradição São Francisco / geométrica tradição bastante freqüente no estado de Minas Gerais. Segundo Valentim Calderon, a tradição São Francisco assemelha-se à tradição simbolista.
As pinturas encontram-se bastante destruídas pela extração de salitre ocorrida na década de 30 e também intensamente pichada por grafites.
A gruta Tiquara é de extrema importância na caracterização do estilo predominante da arte rupestre da região, sendo que os seus traços divergem de todos os outros encontrados nas outras localidades por nós visitados.
TURISMO EM CAMPO FORMOSO
Região de Campo Formoso tem grande potencial turístico – Campo Formoso é detentor de um grande potencial de belezas naturais, que norteia a administração municipal a buscar a implantação do turismo como uma nova atividade econômica, uma nova fonte de renda.
Para tanto, além da busca de infra-estrutura; fazer um trabalho de Marketing é necessário mobilizar a população e promover uma nova educação voltada para a cidadania, para a proteção do patrimônio natural, histórica e cultural, enfim, para conviver com o turista e com essa nova atividade econômica. Novos programas deverão ser implantados nas escolas do município.
A Secretaria de Educação, Cultura e Turismo do Município de Campo Formoso tendo conhecimento das belezas naturais desta região abre suas portas para oferecer aos amantes da natureza os deleites por ela proporcionados a todos os que buscam refúgio em seus recantos.
Assim, o visitante pode percorrer a pé ou em montarias de cavalo e jumentos trilhas encantadoras, entre prados e campos verdejantes, contemplando cenários emoldurados por serras e montes azulados… rios e riachos murmurantes sussurram entre as pedras.
Também é oferecida ao visitante uma excursão à região da caatinga com sua beleza agreste, conflitante e solitária; com sua vegetação espinhenta e retorcida.
E, ainda, descendo ao interior da terra o turista contempla cenários jamais vistos por olhos humanos. Através de milênios, a natureza formou no coração do planeta palácios e castelos deslumbrantes.
Em cada salão que se entra mais surpresas surgem encantando as retinas do homem modernos levando-o a meditar sobre a grandeza da Criação.
Todas estas riquezas estão ao nosso alcance, basta que as busquemos com os corações sequiosos de beleza e harmonia.
Campo Formoso – Situação Geográfica
O município de Campo Formoso está situado ao norte da Bahia, ao oeste da serra da Jacobina. Sua história remonta ao início da colonização das terras do interior do Brasil-Colônia (séc XVII).
Na sua área está localizado o Vale do Salitre, cujo o rio do mesmo nome é afluente da margem direita do Rio São Francisco.
A cidade fica a 400 km de Salvador, cujo acesso é feito pela BR-324 até Senhor do Bonfim daí 24 km através de pista asfaltíca que liga as duas cidades. Apesar de sua proximidade com a caatinga, a cidade possui clima ameno, com noites arejadas pelos ventos alísios canalizados através da cadeia de serras que circundam a região.
Localização : Polígono das secas , Norte do Estado da Bahia, região do Vale do São Francisco, micro-região de Senhor do Bonfim.
Veja o mapa da Situação Geográfica
Limites:
Norte: Juazeiro e Sobradinho.
Sul: Antonio Gonçalves, Mirangaba e Umburanas.
Leste: Senhor do Bonfim e Jaguarari.
Oeste: Sento Sé
História de Campo Formoso
Antiga Freguesia Velha de Santo Antonio do Sertão da Jacobina, seu nome barroco lembra o período seiscentista. Foi a primeira povoação que surgiu em todo o norte da Bahia. No ano de 1682, foi o arraial elevado à categoria de Freguesia pelo 1° Arcebispo da Bahia, D. Gaspar Barata de Mendonça.
Jacobinas eram chamadas na Bahia, as terras de vegetação baixa e espinhosa que formavam o sertão. Era habitada pelos índios sapóias ,paiaiás, tocós, secaquerinhens , todos pertencentes ao grupo dos Quiriris, formando a grande nação dos Tapuias.
Os primeiros portugueses que chegaram às Jacobinas, foram os bandeirantes baianos.
Dentre eles destacam-se: Belchior Dias Moréia, o descobridor da lendária mina de prata e seu filho Robério Dias, o senhor da Casa da Torre Francisco Dias D’Avilla e seu irmão o padre Antonio Pereira, fundador de sesmaria onde estava incluídas as terras da Freguesia Velha de Santo Antonio da Jacobina; os irmãos Manoel e João Calhelha e Lourenço de Matos, descobridores das Jacobinas que passaram a morar na povoação da Freguesia Velha “onde aqui viveram e morreram”; Bento Surrel, descobridor das minas de salitre e de sal no vale do Rio Salitre.
Os primeiros missionários chegaram ao sertão das Jacobinas, em 1655, encontrando na época mais de oitenta aldeias formadas por várias tribos; os sapoiás, os paiaiás, os sequerinhens, etc.
No dia 22 de julho de 1722, por ordem do vice Rei do Estado do Brasil, o sertanista Pedro Barbosa Leal, instalou a vila de Santo Antonio de Jacobina, no Sítio do Sahay, próximo à Missão de Nossa Senhora das Neves do Sahay.
A escolha deste local foi motivada pela recusa do vigário da Freguesia Velha de Santo Antonio e do senhor da Casa da Torre, que não aceitaram a instalação da vila do arraial de Santo Antonio, sede da Freguesia Velha de Santo Antonio.
Dois anos depois a vila foi transferida para a Missão do Bom Jesus da Glória de Jacobina Nova (hoje cidade de Jacobina)
O principal fomentador do progresso da região da Freguesia Velha de Santo Antonio foi à exploração do minério do Salitre no Pacuí (oficina Nossa da Encarnação) e nas minas de João Martins e João Peixoto.
Este minério era transportado em lombo de burros para o porto da Bahia e lá seguia para Portugal. Do salitre extraia-se a pólvora utilizada na indústria da guerra.
Depois veio o período da criação de gado, com a instalação de fazendas e currais administradas por feitores, vaqueiros e boiadeiros.
No ano de 1770, os moradores do Arraial da Freguesia Velha, mandando ao Rei D. José I uma grande petição para que o povo fosse elevado à categoria de vila.
Apesar dos argumentos razoáveis, nenhuma decisão foi tomada a respeito. E o povoado de Santo Antonio esperou 110 anos para que acontecesse este desejo tão almejado por sua população.
Foi no dia 28 de julho do ano glorioso de 1880 que pela Lei Provincial n°. 2051, assinada pelo Governador da Província da Bahia, D. Antonio de Araújo Bulcão, foi criada a vila de Campo Formoso (antiga Freguesia Velha de Santo Antonio do Sertão da Jacobina), com todos os limites da Freguesia. Sua instalação ocorreu três anos depois, em 1883.
Em 1939, sua sede foi elevada à categoria de cidade, pelo Decreto – Lei n.° 11.089 de 30 de novembro de 1938.
Localizado na encosta da Serra da Jacobina, Campo Formoso, é uma cidade cheia de ladeiras e colinas.
Sobre o Morro dos Alecrins, situa-se o centro comercial, as repartições públicas, os hotéis, hospital, igrejas e antigas residências.
Com o progresso a cidade cresceu em direção às colinas que a cercam, formando vários bairros: Esplanada, São Francisco, Vila Pernambucana, Vila dos Sonhos, Bosque das Mangueiras, Santa Luzia, Colina do Sol, Baixa dos Tapuias, Serra do Cruzeiro, Centro Cultural, Guabiraba e outros.
Bahia.ws é o maior guia de turismo e viagem da Bahia e Salvador.
Guia Turístico de Campo Formoso na Bahia