Ilhéus, localizada no sul da Bahia, é mundialmente reconhecida graças às obras de Jorge Amado, como Terras do Sem Fim, Cacau, São Jorge de Ilhéus e Gabriela, Cravo e Canela. Rica em história e paisagens deslumbrantes, a cidade é um destino encantador que atrai visitantes de todas as regiões do Brasil e do mundo.

100 Quilômetros de Praias e Aventuras
Com o litoral mais extenso da Bahia, Ilhéus oferece cerca de 100 quilômetros de praias paradisíacas, com águas cristalinas e tranquilas, perfeitas para relaxar ou praticar esportes. Algumas das praias mais famosas incluem:
- Praia dos Milionários: Conhecida por sua infraestrutura de barracas e quiosques, é ideal para famílias.
- Praia do Cururupe: Oferece um encontro espetacular entre o rio e o mar, com belas paisagens.
- Praia de Olivença: Frequentada por surfistas, destaca-se por suas ondas e ambiente jovem.
Além das praias, Ilhéus proporciona experiências únicas, como passeios em rios, cachoeiras e trilhas ecológicas. Para os aventureiros, há opções de rapel, surfe e pesca esportiva, tornando o destino perfeito para quem busca emoção em meio à natureza.
Um Cenário Literário e Histórico
A cidade é um verdadeiro museu a céu aberto, com seu centro histórico transportando os visitantes para o universo dos romances de Jorge Amado. No coração de Ilhéus, a Praça Dom Eduardo abriga ícones culturais, como:
- Bar Vesúvio: Imortalizado em Gabriela, Cravo e Canela, o bar é ponto de encontro histórico e cultural.
- Bataclan: Antigo cabaré que foi palco de festas glamorosas na época do cacau. Hoje, é um centro cultural e restaurante temático.
Outros marcos históricos incluem o Teatro Municipal, a Catedral de São Sebastião e a Igreja Matriz de São Jorge, esta última datando de 1556, sendo um dos templos mais antigos do Brasil.
A Era do Ouro Negro: O Apogeu e o Declínio do Cacau
No início do século XX, Ilhéus viveu o auge da economia cacaueira, sendo o maior exportador de cacau do mundo. A riqueza gerada pela monocultura transformou a cidade, com os coronéis do cacau construindo palacetes luxuosos e financiando obras públicas, como o porto e a iluminação elétrica.
No entanto, a partir dos anos 1980, a economia cacaueira enfrentou uma crise sem precedentes. A “vassoura-de-bruxa”, um fungo que devastou plantações, somou-se às quedas de preços no mercado internacional, resultando em uma catástrofe econômica para a região.
Renascimento Econômico e Tecnológico
Apesar dos desafios, Ilhéus tem se reinventado. Hoje, a cidade aposta em novas tecnologias para recuperar suas plantações de cacau, utilizando a clonagem de mudas resistentes à vassoura-de-bruxa.
Além disso, a economia local também se destaca pela indústria tecnológica: Ilhéus é responsável por 20% da produção nacional de componentes eletrônicos. Essa modernização reforça o papel da cidade como um polo industrial no estado.
Eventos e Atrações o Ano Todo
Ilhéus é um destino movimentado, com atrações durante todo o ano. No verão, a chegada de navios de cruzeiro intensifica o turismo, e os eventos locais, como torneios de pesca, feiras de moda e competições esportivas, atraem públicos variados.
Olivença, um dos distritos mais famosos, oferece excelente infraestrutura turística e é ponto de encontro para relaxar, explorar suas praias e conhecer a cultura local.
Ilhéus: Um Destino Completo
Seja pelas praias paradisíacas, o rico patrimônio histórico ou a conexão literária com Jorge Amado, Ilhéus é um destino que combina natureza, cultura e modernidade. Sua história de superação e renovação econômica mostra a força e a resiliência de uma cidade que continua encantando gerações de visitantes.
Veja o mapa Costa do Cacau e o mapa de Ilhéus
Vídeo sobre Atrações Turísticas de Ilhéus
Ilhéus Vista de Cima14:14
Ilhéus - Reportagem03:41
O que fazer em Ilhéus10:22
Pontos Turísticos de Ilhéus
Fazenda Yrere em Ilhéus04:51
Pontos Turísticos de Ilhéus BA25:49
Pontos Turísticos de Ilhéus
- Tesouros Culturais e Históricos de Ilhéus
- Passeios ecológicos em Ilhéus
- Fazendas de Cacau
- Povoados nos arredores de Ilhéus
- Praias de Ilhéus
1. Tesouros Culturais e Históricos de Ilhéus
Esses pontos turísticos tornam Ilhéus uma das cidades mais ricas em história, cultura e arquitetura do sul da Bahia.
- Catedral de São Sebastião
- Bar Vesúvio
- Praça do Cacau
- Museu Regional do Cacau
- Capela de Nossa Senhora da Piedade
- Igreja Matriz de São Jorge
- Outeiro de São Sebastião
- Bataclan
- Teatro Municipal
- Casa de Cultura Jorge Amado
- Palácio do Paranaguá
- Fábrica de Chocolate
1.1. Catedral de São Sebastião
- Arquitetura: Projeto do arquiteto Salomão da Silveira, em estilo eclético. A construção começou em 1931 e foi concluída em 1967, após mais de 30 anos.
- Características: A abóbada principal possui 48 metros de altura. Embora não seja considerada um primor arquitetônico, representa um marco cultural e espiritual para a comunidade.
- História: Inaugurada com grande pompa, a catedral recebeu bispos, cardeais e o Núncio Apostólico, representante do Papa.
- Importância turística: Símbolo da cidade de Ilhéus e ponto de visitação obrigatório.
O projeto da Catedral é do arquiteto Salomão da Silveira, em estilo considerado eclético.
Dom Frei Eduardo José Herberold, bispo recém-chegado, benzeu o terreno em 1931, onde a Catedral deveria ser construída, e a obra foi iniciada, mas logo paralisada.
Houve grande discussão sobre o estilo arquitetônico e sua localização. Para resolver o impasse, o prefeito Eusínio Lavigne consultou o diretor da Escola de Belas Artes do Rio de Janeiro, o professor Arquimedes Memória.
Este imponente templo da Igreja Católica representou o sonho da comunidade ilheense por mais de trinta anos.
A Catedral simboliza o sonho do bispo que iniciou as obras, Dom Eduardo, que foi sepultado na própria igreja. Ele é até hoje motivo de idolatria, sendo considerado santo por muitos fiéis.
A Catedral de São Sebastião foi inaugurada em 1967 e levou mais de trinta anos para ser concluída.
O tamanho da igreja impressiona. Sua abóbada principal atinge 48 metros de altura.
Embora não seja considerada um primor arquitetônico, possui um enorme valor cultural pelo que representa para a sociedade local e para a atividade turística do município.
Segundo relatos, a “maravilha das maravilhas foi a sua inauguração”. Naquele dia, a cidade foi tomada por bispos e cardeais. Até o representante do Papa, o Núncio Apostólico Dom Sebastião Baggio, esteve presente.
O coral da professora Maria de Lurdes Abreu interpretou “O Messias”, de Haendel. Na inauguração, a Catedral parecia um “Vaticano em miniatura”, tamanha foi a beleza, a pompa e a circunstância daquela festa.
A Catedral de São Sebastião é, sem dúvida, o símbolo da cidade de São Jorge dos Ilhéus e um dos pontos de atração turística mais importantes.
Os turistas não deixam de visitá-la, lamentam quando está fechada e levam de Ilhéus uma bela recordação da grandiosidade da igreja.
1.2. Bar Vesúvio
- Fundação: Aberto em 1919 por italianos, o bar mantém sua estrutura original.
- Relevância cultural: Famoso por sua associação ao romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado.
- Atrações: Música ao vivo e ambiente histórico.
1.3. Praça do Cacau
- Localização: Centro da cidade.
- Atrações: Paisagismo que recria uma fazenda de cacau em miniatura, com 100 tipos de cacaueiros.
1.4. Museu Regional do Cacau
- Temática: O ciclo do cacau e a história regional.
- Acervo: Fotografias, documentos, objetos e obras de arte que retratam a cultura do cacau e a colonização.
1.5. Capela de Nossa Senhora da Piedade
- Construção: Iniciada em 1927 e concluída em 1929, em estilo neogótico, a partir de uma planta francesa adaptada por Salomão da Silveira.
- Destaques: Vitrais que retratam as Sete Dores de Maria e o altar-mor com a imagem de Nossa Senhora da Piedade.
- Importância: Considerada uma joia do patrimônio cultural da cidade.
No ano de 1927, no apagar das luzes do primeiro governo de Mário Pessoa, foi mandada demolir a Capela de São Sebastião para que fosse construída uma Catedral em seu lugar.
A construção da nova e majestosa Catedral originou muita discussão sobre o projeto e a localização.
O Instituto Nossa Senhora da Piedade contribui significativamente para o desenvolvimento de Ilhéus e região, educando jovens para o convívio social.
Tudo começou com o convite feito, em 1916, pelo 1º Bispo de Ilhéus, D. Manuel de Paiva, à Madre Maria Thaís Paillart para fundar uma escola para meninas, suprindo a carência de educação formal na região.
Já instaladas no prédio que abrigava o Convento e Internato, deu-se início à obra que ergueria a Capela de Nossa Senhora da Piedade. Em 1927, começou a construção da capela, um belíssimo exemplar da arquitetura neogótica.
O construtor Salomão da Silveira adaptou a planta arquitetônica encomendada na França por Madre Thaís, e a obra foi concluída em 1929.
Graças a campanhas envolvendo toda a região, foi possível erguer a capela, que se tornou um símbolo da arquitetura gótica no Estado da Bahia.
Consagrada em 31 de agosto de 1929, a Capela de Nossa Senhora da Piedade completou 81 anos celebrando missas, batizados e casamentos, sendo um marco espiritual e cultural para a cidade.
Muitas vidas foram unidas sob as bênçãos da Piedosa Mãe, que, do altar, zela por seus filhos.
O ponto alto da capela é o seu altar-mor, com a Imagem da Dor, representando Nossa Senhora da Piedade aos pés da cruz, acolhendo em seu colo o Cristo morto.
A capela também se destaca pelos seus belos vitrais, que proporcionam uma iluminação perfeita ao templo e retratam as Sete Dores de Maria.
A Capela de Nossa Senhora da Piedade é, sem dúvida, uma joia do patrimônio cultural edificado de nossa cidade.
1.6. Igreja Matriz de São Jorge
- Origem: Construída no final do século XVII, com influências jesuíticas.
- Características arquitetônicas: Nave, capela-mor, sacristia, corredor lateral e torre com terminação piramidal.
- Acervo: Imagens sacras como São Jorge, Nossa Senhora do Rosário e peças raras no Museu de Arte Sacra.
- Histórico: Um dos mais importantes monumentos de Ilhéus.
A Igreja Matriz de São Jorge, em Ilhéus, é uma construção do final do século XVII, segundo o IPAC.
É uma igreja de relevante interesse histórico e arquitetônico, com nave, capela-mor, corredor lateral, sacristia e torre do lado esquerdo.
A fachada apresenta dois corpos, sendo o principal emoldurado por cunhais e cornija, com uma bela portada ladeada por duas portas no térreo e duas janelas ao nível do coro.
A torre possui terminação piramidal, com coruchéus nos cantos e arco pleno.
Os cunhais, cornijas, cercaduras de portas, janelas e seteiras são feitos em cantaria. No interior, destacam-se o arco cruzeiro, nichos e a bacia de púlpito, também em arenito.
O forro é redondo nos cantos da nave e em abóbada abatida na capela-mor.
O altar-mor, de estilo neoclássico, está incompleto. Entre as imagens da igreja, destacam-se as de São Jorge, um crucifixo, Nossa Senhora do Rosário e São Pedro.
Na sacristia e no corredor lateral, utilizado como Museu de Arte Sacra, há peças de mobiliário e arte sacra. Merecem destaque a cabeça de santa, imagens de São Miguel, Nossa Senhora das Neves (séc. XVI), Santo Antônio, Santo Inácio e São Caetano (séc. XVII), além de alfaias de prata.
Dados Tipológicos
A igreja é uma construção apurada do final do século XVII.
São típicas desse período as cercaduras com ressaltos nos cantos e a torre piramidal, utilizada pela primeira vez no Convento de Cairu (1660).
Cercaduras semelhantes são encontradas em Santa Teresa, na Casa de Oração dos Jesuítas, nos solares Berquó e Sete Mortes, em Salvador, e na Igreja de São Brás, em Santo Amaro.
Outro elemento arcaico são os nichos laterais ao arco cruzeiro, também observados no Colégio de Olinda e nas igrejas de Ajuda e Belém, em Cachoeira. Esses elementos e o apuro da construção sugerem a intervenção de algum arquiteto jesuíta.
Histórico Arquitetônico
Segundo o IPAC (1988, p. 224), após a chegada dos primeiros portugueses e a fundação da vila de São Jorge, Francisco Romero fixou a povoação no morro de São Sebastião.
Em 1556, foi criada a Freguesia de São Jorge por Dom Pero Fernandes Sardinha, e uma primeira igreja começou a ser construída pelos primeiros moradores da capitania, sendo concluída apenas em 1572.
A Matriz de São Jorge foi erguida após o Convento de Cairu, datado de 1660.
No início do século XX, a sacristia direita da igreja foi demolida para o alargamento de uma rua. O partido primitivo da igreja apresentava uma planta em “T”, característica do século XVII.
A Igreja Matriz de São Jorge é considerada o mais importante monumento histórico da sede do município. O Museu de Arte Sacra, localizado ao lado da igreja, reúne peças belíssimas, antigas e raras.
1.7. Outeiro de São Sebastião
- Vista: Mirante com visão dos três ilhéus que deram nome à cidade: pedra de Ilhéus, pedra do Rapa e pedra de Tapitanga.
- Atrações: Marco da Fundação e a Capela Nossa Senhora de Lourdes, em um cenário bucólico.
1.8. Bataclan
O local em questão é o Bataclan, um espaço emblemático da história e da cultura de Ilhéus, que se tornou célebre graças ao romance Gabriela, Cravo e Canela, de Jorge Amado.
- Durante a Era do Cacau, foi um dos locais mais frequentados pelos barões do cacau, destacando-se como ponto de encontro da elite local.
- Funcionava como um misto de cabaré, casino e salão de baile, sendo famoso por sua atmosfera luxuosa e descontraída.
- A proibição do jogo no Brasil, em 1946, levou ao fechamento do estabelecimento, que permaneceu em ruínas por décadas.
Restauro e Atualidade
- Atualmente, o Bataclan foi restaurado, recuperando seu papel como um importante marco turístico e cultural de Ilhéus.
- O espaço conta com diversas atrações, incluindo:
- Um cybercafé.
- Um restaurante que valoriza a gastronomia regional.
- Uma sala para exposições, voltada à arte e à cultura.
- O icônico “quarto de Maria Machadão”, uma recriação do ambiente da famosa personagem do romance.
O Bataclan é hoje um símbolo da riqueza histórica e literária de Ilhéus, mantendo viva a memória de um período marcante da cidade, perpetuado pela obra de Jorge Amado.
1.9. Teatro Municipal
O Cine-Teatro Ilhéus foi inaugurado em 22 de dezembro de 1932, fruto de incentivo fiscal concedido pelo então intendente municipal Eusinio Lavigne.
Foi inaugurado como a maior casa de espetáculo de toda a história da cidade, com a exibição do filme Honrarás tua Mãe, da Fox Filmes.
Estavam presentes o intendente, o proprietário Celso Martins e toda a sociedade local. O jornal Diário da Tarde destacou: “Ilhéus está transformada numa espécie de vila artística com um número extraordinário de homens e mulheres de teatro que aqui vieram naturalmente atraídos pela fama de prosperidade desta terra.”
A partir de sua inauguração, o cine-teatro teve uma participação ativa no lazer da população ilheense e na construção da cultura local. Naquela década, a cidade chegou a possuir seis cinemas.
À época da construção, o teatro tinha capacidade para receber cerca de mil pessoas. Sua tela cinematográfica apresentava uma grande novidade: permitia que o som das fitas, emitido pela corneta diferencial instalada por detrás, passasse sem ser interceptado.
Renovação e Atualidade
O prédio em ruínas foi doado pela família Rehem da Silva à Prefeitura e reconstruído pelo então prefeito, Jabes Ribeiro. Em 10 de julho de 1986, o público lotou a nova casa de espetáculos para assistir à apresentação do Balé Corpo, de Belo Horizonte.
O Teatro Municipal de Ilhéus ressurgiu renovado, com uma estrutura moderna em sua parte interna, enquanto a fachada original foi mantida para preservar sua história.
Estrutura Atual
O atual Teatro Municipal conta com:
- Uma galeria de arte e foyer.
- Modernos equipamentos de cenário, iluminação, sonorização, acústica e ar condicionado.
- Uma área de palco equipada com o que há de mais moderno em montagem cênica.
O Teatro Municipal de Ilhéus é hoje um marco da cultura regional, preservando sua memória histórica enquanto oferece uma estrutura de alta qualidade para eventos artísticos e culturais.
1.10. Casa de Cultura Jorge Amado
- História: Local onde Jorge Amado nasceu e viveu parte de sua infância.
- Acervo: Documentos, fotos e objetos relacionados à vida e obra do escritor.
- Importância: Ponto de referência para os fãs do autor e para a literatura regional.
A fazenda chamava-se Auricídia, que se transformou no nome da esposa de um personagem do autor no livro Terras do Sem Fim.
Em 1914, quando o pequeno Jorge estava com menos de dois anos de idade, o rio Cachoeira enfureceu-se, provocando uma das maiores enchentes de sua história.
Com este fato, muitas pessoas perderam suas plantações de cacau, dentre elas o coronel João Amado de Farias, pai do escritor, que mudou-se com a família para o bairro do Pontal, na baía do mesmo nome, nos arredores da cidade de Ilhéus.
Empobrecidos, tendo perdido tudo, montaram uma fábrica de tamancos, passando a sobreviver da renda do pequeno empreendimento.
Com as economias poupadas, João Amado comprou uma casa pobre neste mesmo lugar, que tinha apenas uma porta e uma janela.
Construção do Palacete
Passado o tempo, João Amado tirou o primeiro prêmio da Loteria Federal e mandou construir, no local do modesto barraco, o belíssimo palacete de 582 m², que abriga hoje a Casa da Cultura Jorge Amado.
A construção teve início em 1920, sob o comando de Maximiano Souza Coelho, sendo inaugurada em 1926.
A casa não possui um estilo próprio, sendo considerada eclética, com mistura de elementos neoclássicos e coloniais, refletindo uma combinação de estilos.
Detalhes Arquitetônicos
- O piso é todo original, feito de jacarandá e vinhático, formando quadrados bicolores, um trabalho bastante utilizado na época.
- As bandeiras das portas são trabalhadas em ferro fundido, no estilo neoclássico francês.
- Existem também bandeiras de vidro colorido em estilo colonial.
- O mármore utilizado na casa veio de Carrara, na Itália, facilmente adquirido devido à passagem de navios estrangeiros por Ilhéus.
- Os ladrilhos que ornamentam a varanda são em art-nouveau inglês, com motivos náuticos e florais, como barcos e orquídeas.
Era comum utilizar jacarandá nas casas, especialmente nas janelas, já que as cortinas de tecido, sendo todas estrangeiras, eram inviáveis devido ao alto custo.
O lustre da sala principal é de vidro, não sendo de cristal verdadeiro, mas pertence à mesma época.
Transformação em Casa da Cultura
Em 1988, a casa foi doada ao Município pelo Estado. Tombada como patrimônio, foi inaugurada em 27 de junho de 1997, com a presença do próprio Jorge Amado e de sua família.
Nesta casa, Jorge Amado escreveu seu livro O País do Carnaval, perpetuando a importância cultural e histórica do local.
1.11. Palácio do Paranaguá
- Arquitetura: Construído em estilo neoclássico.
- Uso atual: Sede da prefeitura municipal.
- Atração: Representa a história política e administrativa de Ilhéus.
Em 20 de janeiro de 1898, foi lançada a pedra fundamental do edifício, pelo Ten. Cel. Domingos Adami de Sá, no local onde existiu a antiga casa dos jesuítas, cujas ruínas foram inteiramente demolidas.
Em 22 de dezembro de 1907, foi inaugurado o Paço, pelo mesmo intendente, segundo placa comemorativa existente na fachada.
Os trabalhos de decoração e pintura foram feitos pelo artista italiano Oreste Sarcelli, e a iluminação, a acetileno, pelos irmãos Vita.
O prédio tem uma área construída de 1060 m², está localizado na Praça J.J. Seabra e ocupa a parte mais elevada da mesma, no centro histórico e comercial da cidade; possui quatro fachadas.
Descrição do IPAC (1988, p. 225): “Edifício de relevante interesse arquitetônico, construído para sede Municipal. Possui planta retangular, desenvolvida em dois pavimentos, em torno de um grande vestíbulo central, onde está localizada a escadaria, tipo imperial.”
O prédio sofreu várias reformas ao longo dos seus quase cem anos de existência. Entre os anos de 1912 e 1916, o edifício passou por uma grande obra de reforma, no governo do intendente Cel. Antonio Pessoa, como colocação de aparelhos sanitários e ampliação e reparo do mobiliário.
Em 1919, apesar do pouco tempo de construído, ameaçava ruir, razão pela qual as repartições municipais foram transferidas para o Grupo Escolar.
Em dois de julho de 1923, o prédio foi reformado e reaberto ao público pelo Intendente Cel. Eustáquio de Souza Bastos. Foram substituídos os assoalhos por lajes de concreto e a cobertura primitiva por três telhados paralelos.
O prédio do Paço Municipal foi construído no período de 1898 a 1907, em pleno florescimento da economia cacaueira. Foi um dos edifícios públicos do Estado mais luxuosos e melhor decorados e mobiliados à época.
No pavimento superior funcionavam: sala do Conselho, gabinete do intendente, secretaria, seção de engenharia, salão nobre com pintura mural e salas de audiência.
No térreo, funcionavam: as salas dos juízes do cível e do crime, posto médico, quartel e cadeia, segundo Borges de Barros (1981).
Ainda segundo o mesmo autor, sua arquitetura parece ter-se inspirado no Paço dos Governadores, em Salvador, antes de sua última reconstrução, em 1912, e de igual inspiração neoclássica.
O nome do prédio, Palácio Paranaguá, é uma homenagem ao presidente da Província da Bahia que, no dia 28 de junho de 1881, através da Lei Provincial nº 2.187, elevou a Vila de São Jorge dos Ilhéus à categoria de cidade, permanecendo com o mesmo nome.
A estátua de mármore em frente a ele, também neoclássica, representa Safo, poetisa da antiguidade grega, nascida na ilha de Lesbos.
1.12. Fábrica de Chocolate
- Experiência: Tour pelas etapas de produção do chocolate, desde o cacau até o produto final.
- Atração gastronômica: Degustação e venda de produtos locais.
2. Passeios ecológicos em Ilhéus
- Estrada Parque Ilhéus – Itacaré
- Lagoa Encantada
- Centro de Recuperação do Bicho Preguiça
2.1. Estrada Parque Ilhéus – Itacaré
- Extensão: 65 km de paisagens incríveis.
- Mirantes: Oferecem vistas panorâmicas de praias e cachoeiras, especialmente no trecho da Serra Grande.
- Praia de Sargi (Km 30): Areia fina, águas mornas e transparentes, com pousadas e restaurantes próximos.
- Praia Pé de Serra: Um mirante perfeito para fotografias.
- Infraestrutura: Ciclovia que leva até a entrada da Lagoa Encantada.
2.2. Lagoa Encantada
- Localização: Área de preservação ambiental na Mata Atlântica.
- Extensão: 14 km² com ilhas flutuantes e histórias locais fascinantes sobre seres sobrenaturais.
- Natureza: Rica em espécies arbóreas e biodiversidade.
- Caldeiras da Almada: Perfeitas para banhos.
- Cachoeira do Apepique: Popular para a prática de rappel.
2.3. Centro de Recuperação do Bicho Preguiça
- Objetivo: Reintegração do bicho-preguiça ao habitat natural.
- Ideal para famílias e crianças que se encantam ao ver os bichos-preguiça interagindo em seu ambiente.
- Uma oportunidade de aprender sobre preservação ambiental e a importância de proteger essa espécie.
Esses passeios oferecem uma mistura perfeita de aventura, contato com a natureza e aprendizado, tornando Ilhéus um destino único para ecoturismo.
3. Fazendas de Cacau
Esses passeios pelas fazendas de cacau oferecem uma combinação rica de história, cultura, e contato direto com o cacau, um dos maiores símbolos da economia e da literatura de Ilhéus.
- Fazenda Yrerê
- Fazenda Primavera
- Fazenda Renascer
- Distrito de Rio do Braço
3.1. Fazenda Yrerê
- Atividades:
- Passeios em trilhas pela mata dos cacaueiros.
- Visita à casa-grande e ao processo de beneficiamento do cacau.
- Degustação de doces caseiros tradicionais.
- Dica especial: Em junho, os visitantes podem participar de animados forrós na fazenda.
3.2. Fazenda Primavera
- Características:
- Documentos históricos e objetos antigos que refletem o passado da fazenda.
- Oportunidade de vivenciar o cotidiano da plantação de cacau e percorrer trilhas.
- Cenário icônico das gravações da novela Renascer.
- Infraestrutura: Restaurante na sede e apresentações de shows regionais.
3.3. Fazenda Renascer
- Atrações:
- Também serviu de cenário para a novela Renascer.
- Natureza exuberante com cachoeiras e corredeiras perfeitas para um banho refrescante.
3.4. Distrito de Rio do Braço
- História:
- Antigo centro de comércio impulsionado pela riqueza gerada pelo cacau.
- A estrada de ferro Ilhéus-Ubaitaba, construída pelos ingleses em 1905, foi essencial para o transporte de mercadorias e passageiros.
- Decadência: Com o surto da “vassoura de bruxa,” que devastou as plantações, o distrito entrou em declínio.
- Atrações atuais:
- Ruínas do casario do início do século XX.
- Vestígios da estrada de ferro.
- Cenários marcantes da novela Renascer.
- Revitalização:
- Nomeado Parque Temático Jorge Amado como homenagem ao escritor, que encontrou inspiração na região para suas obras.
4. Povoados nos arredores de Ilhéus
- Olivença
- Rio do Engenho
4.1. Olivença
- Balneário de Tororomba:
- Famoso pelas águas minerais ricas em ferro que hidratam, tonificam e proporcionam um bronzeado natural.
- Estrutura com piscinas naturais, cascata artificial, bar e restaurante.
- Atrações históricas:
- Igreja de Nossa Senhora da Escada (1700): Abriga uma bela imagem barroca da Virgem.
- Eventos:
- Festa da Puxada de Mastro de São Sebastião (segundo domingo de janeiro): Uma celebração popular que reúne moradores e turistas.
- Praias e Surf:
- Praias procuradas por surfistas ao longo do ano.
- Campeonatos de surf de maio a novembro.
4.2. Rio do Engenho
- Patrimônio Histórico:
- Capela de Nossa Senhora de Santana (1550): Considerada a terceira capela rural do Brasil.
- Ruínas do Engenho de Santana: Local das primeiras revoltas de escravos no Brasil.
- Acesso e Natureza:
- Pode ser alcançado de barco, navegando por entre os manguezais, seguindo a rota dos primeiros colonizadores portugueses.
- Local ideal para canoagem e rafting nas corredeiras do rio.
- Festas:
- Festa de Nossa Senhora de Santana, celebrada na segunda quinzena de julho.
- Gastronomia:
- Destaques para a moqueca de pitu e o catado de siri, iguarias locais imperdíveis.
5. Praias de Ilhéus
As praias de Ilhéus oferecem uma grande variedade de paisagens e experiências para diferentes gostos, de praias desertas e selvagens a opções urbanizadas e movimentadas.
- Praias mais selvagens e naturais
- Praias urbanas ou com boa infraestrutura
- Praias com características diferenciadas
A seguir, um resumo das principais características de cada uma:
5.1. Praias mais selvagens e naturais
- Praia do Norte: Extensa, selvagem, com mar verde e trechos paradisíacos como Pé de Serra e Ponta do Ramo. Ideal para surfe e pesca.
- Praia de Cururupe: Reta, histórica (cenário da Batalha dos Nadadores), com coqueiros, areia fofa e ondas fortes. Boa para relaxar e explorar história.
- Praia Back Door: Preferida pelos surfistas, com ondas altas. É perigosa para banho, mas excelente para quem busca adrenalina.
- Praia Batuba: Similar à Back Door, com ondas fortes e cenários belos. Tem estrutura para turistas, mas também é mais adequada para surfe.
5.2. Praias urbanas ou com boa infraestrutura
- Praia do Marciano: Urbana, com recifes, barraquinhas e hotéis. Frequentada para surfe.
- Praia do Malhado: Frente ao terminal da Petrobrás, mas geralmente imprópria para banho.
- Praia da Avenida: Extensa, com projeto urbanístico, bares e quadras esportivas. Trechos impróprios para banho.
- Praia do Cristo: Muito procurada para esportes náuticos e atividades aquáticas.
- Praia da Concha: Pequena e tranquila, boa para relaxar, com coqueiros e vegetação nativa.
- Praia dos Milionários: A mais famosa, com águas calmas, coqueiros e muitas opções de bares e restaurantes.
5.3. Praias com características diferenciadas
- Praia Boca da Barra: Foz do Rio Almada, com barraquinhas e vila de pescadores. Um trecho é conhecido como Praia de São Miguel.
- Praia do Sul: Retas e recifes, com torneios de surfe e pesca ocasionais.
Essas praias mostram a diversidade do litoral de Ilhéus, que combina beleza natural, história, cultura e esportes.
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