O Litoral Norte de Pernambuco possui um dos mais importantes sítios históricos da região

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mapa do litoral Norte Pernambuco
mapa do litoral Norte Pernambuco

O Litoral Norte de Pernambuco possui um dos mais importantes sítios históricos da região.

O Litoral Norte de Pernambuco é mais densamente habitado do que o litoral sul, quase urbanizado por completo desde a Região Metropolitana do Recife até a divisa da Paraíba.

O Litoral Norte de Pernambuco tem um dos sítios históricos mais importantes da região nordeste, como os municípios de Olinda, Itamaracá e Goiana, que começaram a ser povoados em 1508.

Construções do brasil-colônia, como o Forte Orange, são muito visitadas por turistas que passam pela região.

mapa das praias de Pernambuco
mapa das praias de Pernambuco

Além das praias no litoral norte de Pernambuco, também é conhecido por ter o Veneza Water Park, um dos maiores parques aquáticos do Brasil, situa-se na praia de Marinha Farinha, bairro da cidade de Paulista, região metropolitana do Recife.

As principais praias do Litoral Norte de Pernambuco são as dos municípios de: Paulista (praias de: Maria Farinha, Conceição, Pau Amarelo e Janga), Goiana (praias de: Pontas de Pedra, Carne de Vaca, Catuama, Barra de Catuama e Atapuz), Itamaracá (praias de: Itamaracá e Gavoa), Olinda (praias de: Rio Doce e Casa Caiada).

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Pontos turísticos e históricos do litoral norte de Pernambuco

  1. Igarassu
  2. Goiana
  3. Ilha de Itamaracá
  4. Olinda

1. Igarassu

A pequena Igarassu no litoral norte de Pernambuco, tombada como patrimônio histórico, foi fundada em 1535 pelas tropas de Duarte Coelho.

Situada a cerca de 30 quilômetros ao norte de Recife pela BR-101, a cidade tem casario bem conservado, dos séculos XVIII e XIX. Entre os destaques está a pinacoteca do convento franciscano Santo Antônio de Igarassu, edificado no século XVIII.

Apesar de carecer de cuidados na estrutura, o lugar oferece um acervo de valor artístico e histórico: 24 painéis de madeira, pintados a óleo nos séculos XVII e XVIII, que retratam figuras sacras e passagens históricas, como as mazelas da febre amarela que grassou em 1685 na região.

Convento Franciscano Santo Antônio de Igarassu
Convento Franciscano Santo Antônio de Igarassu

Segundo a tradição, Igarassu sobreviveu incólume ao surto graças à proteçào de são Cosme e São Damião, em honra de quem Duarte Coelho fizera erguer uma igreja no ano de 1535 (rua Barbosa Lima, s/n).

Construída em taipa, a igreja de São Cosme e São Damião foi depredada pelos holandeses em 1634, reconstruída em 1654 e no século XVIII sofreu mudanças que lhe conferiram feições barrocas.

As pinturas das paredes estão quase sumindo. Da lateral, tem-se uma tocante vista dos telhados das casinhas de Igarassu (rua Frei Caneca, s/n, Centro).

Igreja de São Cosme e São Damião de Igarassu
Igreja de São Cosme e São Damião

A igreja de Santo Antônio, dentro do convento franciscano, é a mais preservada da cidade.

Edificada com pedras em 1588, sofreu reformas no século seguinte, pois foi pilhada nas disputas entre holandeses e portugueses.

O altar-mor é de cedro e tem pinturas douradas da etapa joanina do barroco. Painéis de azulejo nas laterais retratam milagres e visões do santo. A sacristia preserva uma rija cômoda de madeira do século XVIII e um lavabo de pedra.

1.1. Sobrado do Imperador

Construído entre os séculos XVII e XVIII, o bem consiste em um dos mais notáveis imóveis do Centro Histórico da cidade. O sobrado foi erguido com recursos advindos do imposto da carne no então povoado de Igarassu.

Sobrado do Imperador de Igarassu
Sobrado do Imperador de Igarassu

Os primeiros usos foram diversificados, mas convergiram em abrigar instituições do poder oficial, como casa de aposentadoria, cadeia e Câmara. Em 1972, o Conjunto Arquitetônico e Paisagístico de Igarassu foi inscrito no Livro do Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico do Instituto.

No século XIX, a edificação passou por transformações intensas.

Acrescentou-se ao prédio uma ornamentação de referência neoclássica, vertente estilística que chega ao Brasil por influência da Missão Francesa em 1816 e permanece dominante ao longo daquele século.

Mesmo com as alterações, foi mantida a essência da arquitetura seiscentista.

Tais traços se mostram nos espaços permeados por jogos de cheios-e-vazios e pela conformação dos elementos em cantaria, que consiste em blocos de rocha bruta talhados de forma a constituir sólidos geométricos.

O nome Sobrado do Imperador remete à visita de Dom Pedro II, que esteve no prédio em cinco de dezembro de 1859, quando realizava uma viagem pela região Nordeste.

O evento ajudou a consolidar histórias de que a edificação foi construída no século XIX, o que não é historicamente acurado.

Naquele ano o imóvel apenas foi preparado para recepcionar o monarca.

1.2. História de Igarassu

Igarassu é considerada por alguns estudiosos como o primeiro núcleo de povoamento do País. Mais consensual é o título de segunda vila a ser criada no Brasil, após São Vicente, no atual estado de São Paulo.

A cidade foi fundada em 27 de setembro de 1535, após a vitória dos portugueses sobre os índios Caetés.

Na ocasião, o Capitão Afonso Gonçalves mandou erigir no local uma capela consagrada aos Santos Cosme e Damião, hoje a mais antiga existente no Brasil.

Começa a surgir no alto da colina um modelo de implantação que materializava o poder administrativo e religioso colonial português.

O estabelecimento de uma praça e de um largo delimitado por igreja, câmara, cadeia e demais prédios de propriedades e funções proeminentes consistia na estrutura inicial de povoamento, que se repetiria em Olinda e em outras cidades brasileiras.

Há duas explicações para a origem do nome, ambas de tradição indígena. Segundo a primeira, teria como fonte os termos do tupi Igara e Assu, que significam, respectivamente, “canoa” e “grande”. Os historiadores acreditam que a designação teria vindo da exclamação de surpresa dos índios ao avistarem as imensas caravelas portuguesas.

A outra possibilidade é de que remeta a três palavras indígenas: Ig = água ou rio; Guara = ave aquática; e Açu = grande. Desta forma, Igarassu significaria Rio dos Grandes Pássaros, também em alusão às embarcações que despontavam na costa durante os primeiros anos da colonização.

2. Goiana

Próspera no ciclo da cana-de-açúcar, a cidade de Goiania no litoral norte de Pernambuco é uma cidade de médio porre, distante cerca de 60 quilômetros de Recife e situada à beira da BR-101, na Zona da Mata pernambucana.

Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos de Goiana
Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

A cidade nasceu em meados do século XVI, foi tomada pelos holandeses, serviu de sede à capitania de Itamaracá e foi palco da Epopéia das Heroínas de Tejucupapo, em que mulheres pegaram em armas para se defender dos invasores flamengos.

Também é lembrada pelo fato de ter sido o primeiro lugar onde a escravidão foi abolida, ainda antes da Lei Áurea. Os marcos históricos precisam de reparos, assim como as igrejas, que hoje funcionam em horários irregulares.

A igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos é a mais importante, pois abriga um Museu de Arte Sacra com rica imaginária dos séculos XVII e XVIII.

Erguida originalmente em meados do século XVI, ganhou feições barrocas no século XVII. Destacam-se as imagens da Nossa Senhora do Amparo e da Nossa Senhora do Leite, por muito tempo repudiada pela Igreja por mostrar o seio (rua do Rosário, s/n, Centro).

3. Ilha de Itamaracá

mapa da Ilha de Itamaracá
mapa da Ilha de Itamaracá

A ilha de Itamaracá no litoral norte de Pernambuco oferece atrações variadas e pode complementar o passeio à vizinha Iguarassu.

Ilha de Itamaracá esta a cerca de 50 quilômetros de Recife (via BR-101, no sentido Paraíba e PE-35), a ilha de Itamaracá abriga o restaurado Forte Orange, fortaleza de quatro pontas (duas com vista para o mar e duas para a ilha) erguida pelos holandeses em 1631 e depois tomada pelos portugueses, que a rebatizaram como Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá e a modificaram, resultando na robusta construçào que se vê hoje.

Placas fincadas na areia explicam o que representa cada recanto – como o lugar em que foi encontrado um poço construído pelos holandeses. No forte há, ainda, uma capela do século XVI e um pequeno museu com armas, bolas de canhão e porcelanas (sítio Orange, s/n, Forte Orange).

Forte Orange na Ilha de Itamaracá
Forte Orange

No Ecoparque Peixe-Boi & Cia. há um oceanário com nove peixes-boi-marinhos (Trichechus manatus), aberto a visitação, e uma unidade de reabilitação do Projeto Peixe-Boi do lbama, fechada ao público, que cuida de filhotes salvos em encalhes e os devolve à natureza.

Estudantes de biologia ou oceanografia tecem explicações sobre o animal. Há sala de projeção com documentários, loja de suvenires e lanchonete (estrada do Forte Orange, s/n, Forte Orange).

Vale a pena fazer o passeio em uma pequena lancha até a Coroa do Avião, minúscula ilha com vários barzinhos, somente para ver o Forte Orange do mar – a mesma visão que tiveram os exploradores no século XVI (praia do Forte Orange).

A ilha de Itamaracá também abriga o espaço cultural Estrela de Lia, criado pela cirandeira Lia de Itamaracá.

Igreja de Nossa Senhora da Conceição da ILHA DE ITAMARACÁ
Igreja de Nossa Senhora da Conceição

Sobre o tablado construído num salão aberto de frente para o mar, na praia do Jaguaribe, realizam-se apresentações noturnas de ciranda por ela conduzidas, bem como de convidados como Selma do Coco e Mestre Salustiano. O local tem um bar onde se pode tomar um delicioso suco de limão com capim-santo.

Em Vila Velha, povoado que surgiu no século XVI e foi sede administrativa da capitania de Itamaracá, vê-se um aglomerado de casas simples, de alvenaria, erguidas próximo da antiga igreja de Nossa Senhora da Conceição (rua João Paulo II, s/n), e ruínas do que teria sido a igreja de Nossa Senhora dos Pretos. Como o local é elevado, avistam-se o mar, o canal de Santa Cruz e a Coroa do Avião.

Nos tempos coloniais, isso também garantia uma visão estratégica contra ataques inimigos – a vila foi invadida por tropas flamengas em 1631, que a teriam batizado de Cidade Schoppe (entrada entrevos km 9 e 10 da estrada Recife-Itamaracá).

4. Olinda

O centro histórico de Olinda, vizinho à cidade do Recife, capital do Estado de Pernambuco, remete ao início da colonização portuguesa no Brasil, no século XVI, quando se consolidou como sede da Capitania de Pernambuco, no período áureo da economia de cana de açúcar. O conjunto arquitetônico, urbanístico e paisagístico foi tombado pelo Iphan, em 1968.

Convento Franciscano de Olinda PE
centro histórico de Olinda

O reconhecimento da cidade como Patrimônio Mundial Cultural, pela Unesco, ocorreu em 1982 e refere-se a uma área de 1,2 km2 e cerca de 1.500 imóveis, os quais testemunham diferentes estilos arquitetônicos: edifícios coloniais do século XVI harmonizam-se às fachadas de azulejos dos séculos XVIII e XIX e às obras neoclássicas e ecléticas do início do século XX.

A vegetação exuberante das ruas, dos jardins, das aleias, dos conventos, com árvores frutíferas frondosas, mangueiras, fruta-pão, jaca, sapoti e coqueiros conferem ao sítio o valor dominante de um núcleo urbano emoldurado por uma massa verde, sob a luz tropical e tendo aos seus pés a praia e o oceano.

A cidade guarda sua relação com a paisagem local e com o mar, com as características de sua arquitetura vernacular, manifestação cultural herdada de Portugal e adaptada ao meio, e assimilada a ponto de adquirir sua própria personalidade e mantê-la ao longo dos tempos.

Guia Turístico de Igarassu, Goiana e Ilha de Itamaracá do Litoral Norte de Pernambuco

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