Recife significa conhecer os marcos históricos e aproveitar o sol nas praias urbanas

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Recife em Pernambuco
Recife em Pernambuco

Recife nascida no cais a partir de um ancoradouro natural, Recife comeҫou a se expandir em 1537 em direҫão aos bairros hoje chamados de Santo Antonio e São José.

Os engenhos de cana-de-aҫucar de seus arredores deram origem a bairros como Graҫas, Madalena e Casa Forte, sempre as margens do rio Capibaribe, que corta toda a cidade.

Em 1630 – quando os holandeses invadiram Pernambuco – havia 121 engenhos funcionando com mão-de-obra escrava.

Conhecer Recife significa percorrer marcos históricos construídos sobre aterros de mangues e hoje espremidos entre ruas centrais apertadas e de comércio intenso.

Significa, também, aproveitar o sol nas praias urbanas e de seus arredores numa extensão de 20 quilómetros, de Maria Farinha a Candeias, com destaque para a de Boa Viagem, no bairro de mesmo nome, onde se concentram as melhores opҫões de hospedagem e de serviҫos.

As cidades vizinhas, tao próximas que podem ser alcanҫadas em poucos minutos a partir do centro, complementam os roteiros da capital: assim, as melhores vistas de Recife são as que se tem dos mirantes de Olinda, apenas 7 quilómetros ao norte.Recife

Os recifenses frequenentam igualmente as casas noturnas olindenses e os redutos de Boa Viagem e do bairro de Recife, ou Recife antigo, como e chamado o centro histórico.

Ao sul da capital, na regiao metropolitana, fica Jaboatão dos Guararapes, com bons hotéis à beira-mar e que preserva um importante monumento histórico – a igreja de Nossa Senhora dos Prazeres dos Montes Guararapes, construída em 1782 no local em que se deu a expulsão dos holandeses do Nordeste em 1654.

Vídeos sobre Recife em Pernambuco

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PRAIAS URBANAS DE RECIFE

Praia de Boa Viagem Recife
Praia de Boa Viagem

As praias do Pina e de Boa Viagem e as vizinhas Piedade e Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, são frequentadas por moradores e visitantes.

Todas tem barracas, guarda-sol e forte comercio ambulante – vendedores oferecem de abacaxi fresco a caldinhos de feijão.

A praia de Boa Viagem, cujo calҫadao tem pista de cooper e quiosques padronizados, destaca-se entre as mais estruturadas.

O trecho de praia em frente ao edificio Acaiaca, entre as ruas Félix de Brito e Antonio Falcão, concentra o publico jovem. Nesta praia, como nas demais, um alerta: atenҫão as placas que indicam regiões com perigo de ataques de tubarão.

A dica é aproveitar o mar apenas na mare baixa e jamais ultrapassar a barreira de arrecifes. O surfe está proibido.

Tubarões em Recife

As praias do Pina e Boa Viagem, em Recife, e Piedade e Candeias, em Jaboatão dos Guararapes, são consideradas zonas de risco para banhistas e, sobrerudo, para os surfistas.

Segundo dados da Universidade Federal Rural de Pernambuco, desde 1992 foram regisrrados na cidade 50 ataques de tubarões das espécies cabeҫa-chata (Carcharhinus leucas) e tigre (Galeocerdo cuvieri), com dezenove morres. A maior parte dos acidentes ocorreu na praia de Boa Viagem.

Especialistas arribuem os ataques a um deseguilíbrio ecológico local causado pela construҫão do porto Suape, na decada de 1980.

Placas na orla indicam as areas perigosas para banho, !iberado na maré baixa e nas piscinas narurais próximas da areia, isoladas e protegidas por recifes. Nesses pontos, é proibido praticar surfe e nadar além do limite dos recifes.

PONTOS TURÍSTICOS DE RECIFE

1. PASSEIO PELO RIO CAPIBARIBE

rio Capibaribe
Rio Capibaribe

Recife se revela sob um ponto de vista inusitado no passeio de catamarã pelo rio Capibaribe. O trajeto mostra como as áreas urbanas centrais se dividem conforme o curso do rio.

O passeio se inicia no ancoradouro do Forte das Cinco Pontas, passando pelo Parque das Esculturas e pelos bairros onde Recife comeҫou sua história: o centro histórico e as ilhas de Santo Antonio e São José, chegando até Boa Vista.

No caminho cruzam-se as pontes Maurício de Nassau e a Buarque de Macedo, refeitas no inicio do século XX, veem-se monumentos como o Paҫo Alfandega (1826) e a igreja da Madre de Deus (seculo XVIII).

O roteiro segue beirando a praҫa da República até alcanҫar o ponto em que o rio Capibaribe encontra o rio Beberibe, na altura da rua da Aurora, com casario multicolorido, culminando na Casa da Cultura.

2. FORTALEZAS EM RECIFE

São Tiago das Cinco Pontas
São Tiago das Cinco Pontas

Situado na entrada do porto de Recife, o Forte do Brum foi construído em 1629 pelos portugueses e, um ano depois, tomado pelos holandeses. Originalmente de taipa, foi reconstruído com pedra após a expusão dos invasores em 1654 (praҫa Comunidade Luso-Brasileira, s/n, Recife Antigo).

Já o Forte de São Tiago das Cinco Pontas, de 1630, também erguido em taipa com cinco baluartes, fazia parte do sistema de defesa holandes.

O então Forte Frederik Henrick foi praticamente posto abaixo após a vitória portuguesa e, em seu lugar, foi edificada uma nova fortaleza de pedras, dessa vez com apenas quatro baluartes e uma capela dedicada a São Tiago.

Nele funciona o Museu da Cidade, que conta com um curioso acervo de fotografias e mapas antigos de Recife (praҫa Cinco Pontas, s/n, São José).

3. CENTRO HISTÓRICO

Centro Histórico de Recife
Centro Histórico de Recife

O centro histórico de Recife, também conhecido como bairro de Recife ou Recife Antigo, é uma faixa de terra banhada, de um lado, pelas aguas do rio Capibaribe e, do outro, pelo oceano Atlantico.

Nessa porҫão de terra estão alguns dos simbolos mais fortes da memória da cidade – a comeҫar pelo porto de Recife, sempre cortado pelo apito de um navio de partida.

Edifícios modernos mesclam-se a arquitetura das construҫões antigas, vestigios da presenҫa holandesa na cidade e das intervenҫões urbanas do inicio do seculo XX, que conferiram ao bairro um traҫado de inspiraҫão francesa.

A melhor forma de desvendar os segredos de Recife Antigo, com suas ruas de paraleleppedos e calҫadas de pedras portuguesas, e caminhando a pé, descobrindo sorveterias, restaurantes e cantinhos para tomar sucos e agua de coco.

4. MARCO ZERO

Marco Zero de Recife
Marco Zero de Recife

O nome oficial é praҫa Barão do Rio Branco, espaҫo circular de cuja bancada se ve o mar e o movimento da cidade.

O Marco Zero assinala o ponto inicial das estradas de Pernambuco, e dali confluem as avenidas Marques de Olinda, Rio Branco e Barbosa Lima, abertas no comeҫo do seculo XX, segundo o modelo parisiense de urbanismo.

A arquitetura eclética dos prédios que envolvem o Marco Zero chama a atenҫão: destacam-se o Instituto Cultural Bandepe, construído em 1914 e restaurado em 2002, que abre suas portas para temporadas de exposiҫões artisticas; a Associaҫão Comercial do Recife, de 1915; e o prédio da Bolsa de Valores, erguido em 1912.

Merece atenҫão o centro da praҫa: e uma rosa-dos-ventos, obra do recifense Cicero Dias (1907-2003), um dos maiores pintores do surrealismo brasileiro.

5. PARQUE DAS ESCULTURAS

Parque das Esculturas
Parque das Esculturas

Construído sobre o arrecife em frente ao Marco Zero, trata-se de uma exposiҫão permanente composta por esculturas do pintor e escultor pernambucano Francisco Brennand.

A Coluna de Cristal (32 metros de altura) sobressai no cenário.

Barquinhos a remo fazem a travessia durante o dia, a partir do Marco Zero. Outra forma de alcanҫar o lugar e de carro, a partir do bairro de Brasília Teimosa.

Ao lado do Parque das Esculturas, o bar Casa de Banho oferece uma vista pitoresca para o bairro de Recife, ainda melhor se acompanhada de cerveja gelada com caldinho de sururu.

O nome do bar é uma referencia a um clube onde, no inicio do século passado, a sociedade recifense se reúnia para tomar banhos na piscina natural formada entre os recifes (arrecifes do Porto de Recife, km 1, Brasília Teimosa).

6. RUA DO BOM JESUS

Rua do Bom Jesus
Rua do Bom Jesus

Durante a ocupaҫão holandesa em Recife (1630-54), chamava-se rua dos Judeus, e era onde se concentrava o comércio do período.

O fim da invasão holandesa marcou também o fim da tolerancia religiosa. A rua, rebatizada, conserva sobrados coloridos, avarandados e protegidos por platibandas, em estilo predominantemente eclerico.

As antigas casas cederam espaҫo a restaurantes e bares com mesinhas na calҫada, a exemplo do Empório Bom Jesus, que alia comidinhas como tapioca e bolo-de-rolo à venda de artesanato brasileiro (nº 183-A) e das Galerias (nº 35), onde se serve o tradicionalissimo leite maltado.

Há ainda lojas de artesanato, como a Ranulpho Galeria de Arte (nº 125, térreo), cujo acervo é composto por obras assinadas por Volpi, Siron Franco e Lula Cardoso Ayres.

A galeria deixou a mostra as ruinas da muralha de pedra erguida pelos holandeses para proteger a cidade, encontradas durante uma escavaҫão para reformas no local.

Nas tardes de domingo, a rua do Bom Jesus abriga uma simpática feirinha, com 142 barracas que oferecem de roupas a objetos de decoraҫão, além de biscoitos e bolos.

6. SINAGOGA KAHAL ZUR ISRAEL

sinagoga Kahal Zur Israel
sinagoga Kahal Zur Israel

Suas instalações compreendem hoje o Centro Judaico de Pernambuco, no bairro do Recife, no centro histórico da cidade.

A primeira sinagoga das Americas foi redescoberta após um minucioso trabalho de arqueologia. Fechada em 1654, restaurada e reaberta em 2002, a sinagoga Kahal Zur Israel – ” rocha de Israel” – guard a a memória da presenҫa dos judeus em Pernambuco durante a ocupaҫão holandesa.

Uma visita ao lugar revela suas antigas paredes e piso, assim como o mikve, espécie de piscina para os rituais judáicos de purificaҫão. Rua do Bom Jesus, 197 e 203, Recife Antigo.

7. OBSERVATÓRIO CULTURAL TORRE MALAKOFF

Observatório Cultural Torre Malakoff
Observatório Cultural Torre Malakoff

Localizada em um dos pontos mais privilegiados da cidade, em pleno bairro do Recife, a Torre Malakoff, antigo Observatório Astronômico e Portão Monumental do Arsenal da Marinha, funciona hoje como um espaço cultural com dupla vocação: de um lado estão as artes visuais (fotografia, artes gráficas e artes digitais) e de outro, a música.

A Torre, que foi lançada como centro cultural e espaço expositivo em 2000, abrigando o 44O Salão Pernambucano de Artes Plásticas, hoje também é sede da Coordenadoria de Música da Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe) e do projeto Observa e Toca Malakoff.

O prédio, inaugurado em 1855, foi batizado de Malakoff pelo povo do Recife em referência a torre de mesmo nome localizada na cidade de Sebastopol (localizada ao sul da Rússia, atual Ucrânia), que naquele ano, durante a Guerra da Criméia, resistiu por longos onze meses a investidas francesas e inglesas.

As linhas arquitetônicas imponentes do Portão Monumental da Marinha foram associadas ao nome Malakoff por remeter à idéia de grandiosidade.

8. TEATRO APOLO

Teatro Apolo em Recife - PE
Teatro Apolo

O Teatro Apolo teve sua construção iniciada em 1839 pela Sociedade Harmônico Theatral’. Inaugurado em 1842, funcionou por 18 anos, sendo desativado em destinando-se suas instalações para um armazém de açúcar.

Destaque da arquitetura oitocentista, o Teatro Apolo, com projeto de Joaquim Lopes de Barros Cabral Teive (1816-92), tem cantaria em lioz talhada em Portugal, vergas triangulares e balcões curvilíneos na fachada.

Aberto em 1846, não suportou a concorrencia e fechou logo depois da inauguraҫão do Teatro Santa Isabel, em 1850.

Tendo ainda sua fachada preservada, foi restaurado e reaberto em 1981, recebendo nova restauração em 1986, quando recebeu a companhia do Teatro Hermilo Borba Filho, passando a contituir o Centro de Formação e Pesquisa das Artes Cênicas Apolo-Hermilo. Em 1988, o Centro recebeu também a companhia do Centro de Documentação Hosman Lins.

Durante mais de um século serviu de depósito. Restaurado, hoje abriga um dos cinemas e casas de espetáculos mais aconchegantes de Recife. Rua Cais do Apolo, 121, Recife Antigo.

9. PRESENÇA JUDAICA NO BRASIL HOLANDES

A chegada dos holandeses a Recife em 1630 foi bem-vinda pelos judeus portugueses (sefarditas) e por alguns oriundos do que hoje são a Polonia e a Alemanha (asquenazes) que haviam se mudado para o Novo Mundo a fim de escapar dos tribunais da Inquisiҫão.

O conde Mauricio de Nassau, governador do Brasil holandes e calvinista, instituiu a ampla tolerancia religiosa na Colonia, de acordo com o que propugnava a Companhia das Indias Ocidentais, empresa que reunia mercadores dos Paises Baixos e que financiou a vinda dos flamengos para o Nordeste.

Em Recife, os judeus trabalhavam com comercio, que se concentrava na rua dos Judeus, hoje do Bom Jesus, onde foi erguida, provavelmente em 1636, a sinagoga de Zur Israel.

Em 1641 , a Zur Israel recebeu o rabino portugues Isaac Aboab da Fonseca, que presidiu os serviҫos da sinagoga. Foi Aboab quem, em Recife, escreveu o primeiro texto de literatura hebraica em terras americanas.

Trata-se do poema “Mi Kamókha” (“Quem como tu?”), que narra a aҫão da Insurreiҫão Pernambucana (movimento de reconquista das terras brasileiras pelos portugueses) e a situaҫão de miseria enfrentada peb co munidade judaica quando os portugueses comeҫaram a expulsar os holandeses.

Com a expulsão das tropas das terras brasileiras, em 1654, cerca de quatrocentos judeus retornaram aos Países Baixos. Um grupo de 23 deles, contudo, seguiu para Nova Amsterdã, nos Estados Unidos.

Lá, formaram a primeira comunidade judaica na cidade, que mais tarde, capturada pelos ingleses, viria a se chamar Nova York . O rabino Isaac Aboab da Fonseca seguiu para Amsterdã, na HoIanda, onde construiu uma sinagoga portuguesa, inaugurada em 1675.

10. CARNAVAL EM RECIFE

O Carnaval de rua de Recife é um dos mais democráticos e diversificados do país. A festa come,a uma semana antes, quando blocos de frevo e maracatus ensaiam em bailes abertos, em clubes ou mesmo nas ruas.

O Bloco da Saudade, que desde 1974 revive antigas tradiҫões com coral feminino e orquestra de pau e corda, promove um dos mais animados e comoventes bailes em clubes.

No Marco Zero da cidade, o percussionista pernambucano Naná Vasconcelos ensaia, durante toda a semana pre-carnavalesca, a cerimonia de abertura do Carnaval, que acontece na sexta-feira à noite. Mais de quatrocentos batuqueiros das onze naҫões de maracatu de Recife se posicionam lado a lado, sob a regencia de Naná, num dos eventos musicais mais bonitos da cidade.

No sabado pela manhã é a vez do Galo da Madrugada: as ruas dos bairros de Santo Antonio, São José e Boa Vista são tomadas por mais de 2 miIhões de pessoas, no maior (e provavelmente mais apertado) bloco de rua do mundo.

Do sabado à tarde em diante, Recife divide-se em polos de folia. No Patio de São Pedro há apresentaҫões de coco de roda, afoxe, ciranda e frevo.

O Cais da Alfandega transforma-se em palco para o Rec Beat, festival de que participam os principais nomes do rock e da música eletrónica brasileira, com destaque para os múlsicos que deram origem ao mangue beat, movimento representado por Chico Science (1966-97) e Naҫão Zumbi e Mundo Livre S/A.

A avenida Guararapés é o palco para os desfiles das escolas de samba, enquanto no Patio do Terҫo, na noite da segunda-feira, ocorre a Noite dos Tambores Silenciosos.

Da praҫa do Arsenal, no bairro de Recife, saem maracatus, caboclinhos e blocos embalados pelo som das poderosas e contagiantes orquestras de frevo. A programaҫão do Carnaval e divulgada com antecedencia nos centros de informaҫões turisticas da cidade e pela mídia local.

11. IGREJA MADRE DE DEUS

Igreja Madre de Deus
Igreja Madre de Deus

Igreja Madre de Deus é um templo religioso católico romano da cidade do Recife, Pernambuco.

A construção do templo só veio a ser concluída em 1720, apresentando em sua fachada esculturas em pedras dos arrecifes e uma estátua de São Felipe de Néri, em tamanho natural, mas seu traҫado original e de 1679.

Monumento histórico nacional, é composta por uma nave e seis capelas laterais..

A talha barroca do inicio do século XVIII que adorna a capela-mor, destruída por um incêndio em 1970, foi recuperada pelo lphan. Na sacristia , o lavabo de mármore de Estremoz é um dos mais belos do Brasil.

Rua da Alfandega (Rua da Madre de Deus), s/n, Recife Antigo.

12. SHOPPING PAÇO ALFÂNDEGA

Originalmente construído às margens do rio Capibaribe para abrigar os membros da Congregação dos Oratórios, é considerado patrimônio histórico nacional.

Passou a servir à Alfândega de Pernambuco em 1826. Após um cuidadoso trabalho de restauro e adaptação, o espaço foi inaugurado como shopping center no final de 2003, com praça de alimentação, restaurantes e boate.

Entre suas 46 lojas estão grifes como Fause Haten e Herchcovitch, além da loja Ana Paes, com roupas em que utiliza artesanato como rendas e fuxicos. No térreo, o destaque é a Livraria Cultura e, no terceiro piso, o Espaço Cultural Banco do Brasil, com freqüentes exibições de filmes. Rua da Moeda, 35, Recife Antigo.

14. SANTO ANTÔNIO, SÃO JOSÉ E BOA VISTA

Surgidos em meados do século XVII , os bairros de Santo Antônio, São José e Boa Vista guardam conjuntos arquitetônicos de grande importância – os que originaram a praça da República e o Pátio de São Pedro, por exemplo.

Também situa-se aqui a maioria das igrejas históricas de Recife, como a igreja do Divino Espírito Santo, construída em 1641 e reformada em 1870.

São bairros para ser desvendados em longos passeios a pé, descobrindo as paisagens do rio Capibaribe a partir de suas pontes e adentrando em ruas apertadas e cheias de gente atraída pelo comércio de toda sorte de coisas.

O centro desse comércio é o Mercado de São José, ao lado da basílica de Nossa Senhora da Penha (1880-1920), que, com sua mistura de cheiros e cores, traduz a vivacidade e a alegria dos recifenses.

15. PRAÇA DA REPÚBLICA

Praça da República em Recife
Praça da República

A praça ocupa o lugar em que, no passado, floresceu o jardim do conde Maurício de Nassau. Primeira área verde planejada de Recife, tem 23 mil metros quadrados.

À sua volta erguem-se o Palácio do Campo das Princesas (1840), construção neoclássica que sedia o governo do estado, o Teatro Santa Isabel (1850), o Palácio da Justiça (1928) em estilo eclético, e o Liceu de Artes e Oficias (1880), de arquitetura inspirada no classicismo francês.

Seu jardim foi traçado originalmente em 1875 pelo naturalista francês Emile Bérenger e remodelado em 1936 por Roberto Burle Marx. Na praça há, ainda, um imenso e liodo baobá (Adansonia digitata), espécie africana que não se sabe como nem quando foi plantada.

16. TEATRO SANTA ISABEL

Teatro Santa Isabel em Recife
Teatro Santa Isabel

No imponente teatro de fachada clássica cor-de-rosa edificado em 1850, com projeto do engenheiro francês Louis Léger Vauthier, destacam-se os três grandes arcos da entrada.

Hoje declarado monumento histórico nacional, foi destruído por um incêndio em 1869, mas teve a fachada recuperada e, internamente, recebeu as colunas e os peitoris ornados de ferro que fizeram do Santa Isabel um dos teatros mais bonitos do período imperial.

Em frente à construção, uma estátua de bronze assinada pelo escultor pernambucano Abelardo da Hora retrata em tamanho natural o arquiteto Vauthier. Praҫa da República, s/n, Santo Antonio.

17. RUA DA AURORA

Rua Aurora em Recife
Rua Aurora

O nome da rua não é casual: antigo pântano aterrado na margem esquerda do rio Capibaribe, voltada para o leste, ela recebe os primeiros raios de sol da manhã; na outra margem fica a rua do Sol, iluminada no crepúsculo.

No século XIX surgiram as construções neoclássicas, cujas fachadas coloridas se espelham nas águas do rio. Fica ali o prédio da Secretaria de Segurança Pública, antiga residência do conde da Boa Vista, erguido em 1842 com projeto do autor do Teatro Santa Isabel.

Outro destaque é o Ginásio Pernambucano (1885), a mais tradicional instituição de ensino do estado. Na década de 1920 foram construídos na rua os primeiros edifícios da cidade, como o Montreal, o Capibaribe e o Iemanjá.

18. MAMAM

Mamam
Mamam

O Museu de Arte Moderna Aloísio Magalhães (Mamam) abriga exposições temporárias de arte contemporânea nacional.

Situado em um dos charmosos sobrados da rua da Aurora, seu acervo conta com novecentas obras, entre as quais se destacam telas de Alex Flemming, João Câmara e Francisco Brennand.

Na entrada do museu, aprecie o painel de azulejos assinado pelo artista plástico recifense Aloísio de Magalhães (1927-82), que dá nome ao museu. Rua da Aurora, 265, Boa Vista.

19. CINE SÃO LUIZ

CINE SÃO LUIZ EM RECIFE
CINE SÃO LUIZ

Na rua da Aurora, a mais antiga sala de cinema de Recife, inaugurada em 1952, tem 1200 cadeiras, entre platéia e balcão, e continua a abrir suas largas portas de ferro e vidro em direção à rua, o que permite à brisa do rio Capibaribe ali adentrar.

No hall de entrada do cinema, um mural do pintor Lula Cardoso Ayres (1910-87), nascido em Recife, dá as boas-vindas ao visitante que, na década de 1960, só podia freqüentar o lugar trajando terno e gravata ou vestidos longos.

Ao lado da tela, vitrais com temas florais iluminam a sala ao término das seções. Rua da Aurora, 175, Boa Vista.

20. CASA DA CULTURA

Casa da Cultura em Recife
Casa da Cultura

A Casa da Cultura é o grande centro da arte popular de Pernambuco.

O centenário prédio em estilo francês funcionava antigamente como um presídio.

Hoje, reúne quase 100 lojas de artesanato e comidas típicas. Em seus corredores e no pátio há também apresentações folclóricas, shows e eventos que proporcionam aos visitantes uma visão mais abrangente da rica e singular cultura do povo pernambucano.

O centro de artesanato funciona na antiga Casa de Detenção de Recife, construída em 1867 e desativada em 1973.

Dividido em quatro alas, o prédio tem 156 celas hoje convertidas em lojas que vendem um pouco de tudo: de cerâmica do Alto do Moura, em Caruaru, aos bordados de Passira, até peças vindas da cidade de Tracunhaém e livros esgotados. Rua Cais da Detenҫão, s/n, São José.

21. MERCADOS DE RECIFE

Os mercados populares de Recife sintetizam os sabores, os cheiros e as cores de Pernambuco. O principal deles é o Mercado de São José, cujo projeto, do engenheiro francês Victor Lieutier, foi inspirado em um mercado de Paris. Sua estrutura de ferro pré-fabricada veio da França para ser montada na capital pernambucana.

Em seus 46 pavilhões, boxes oferecem peixes, frutos do mar e temperos, assim como velas e miçangas coloridas, além de imagens dos orixás do xangô, como é chamado o candomblé praticado em Recife. Há ainda artesanatos vindos da Zona da Mata, do agreste e do sertão pernambucano, como brinquedos populares, cestos de palhas, redes e toalhas bordadas (Praҫa D. Vital, s/n, São José).

Enquanto o tradicional Mercado de São José recebe pessoas vindas de todos os lugares, os mercados de Casa Amarela (estr. Do Arraial, 4000, Casa Amarela) e o da Madalena (r. Real da Torre, s/n, Madalena), são interessantes centros de compras de bairros.

O mercado de Casa Amarela, com arquitetura de ferro, foi o segundo construído em Recife com esse material. Desmontável, foi transferido em 1930 do bairro de Caxangá para o local atual.

Já o Mercado da Madalena (1925), conhecido no passado como Mercado Bacurau, porque seus bares abriam durante a madrugada (o bacurau é uma ave de hábitos noturnos), ainda é o recanto onde a boemia da cidade termina a noite, muitas vezes esticando o passeio até a manhã – quando os bares servem macaxeira quentinha com galinha guisada ou queijo assado.

22. IGREJA NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DOS MILITARES

IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CONCEIÇÃO DOS MILITARES A fachada singela, com apenas uma torre sineira, passa quase despercebida no meio dos luminosos de uma das mais movimentadas ruas do comércio recifense.

A riqueza da igreja está escondida no interior: o altar-mor, com a imagem de Nossa Senhora da Conceição, o retábulo e o arco central são decorados com exuberante talha rococó branca e dourada.

No forro, entre volutas e flores, destacam-se pinturas da Virgem Maria, numa das quais ela é retratada grávida e rodeada de anjos.

No forro do coro, um grande painel retrata a primeira batalha dos Guararapes. Tombada como patrimônio histórico nacional, a igreja Nossa Senhora da Conceição dos Militares foi construída ao longo do século XVIII pela Irmandade dos Sargentos e Soldados do Terço da Infantaria da Guarnição de Recife. Rua Nova, 309, Santo Antonio.

23. BASÍLICA E CONVENTO DE NOSSA SENHORA DO CARMO

BASÍLICA E CONVENTO DE NOSSA SENHORA DO CARMOO conjunto arquitetônico do século XVIII composto pela basílica e o convento de Nossa Senhora do Carmo e a igreja de Santa Teresa da Ordem Terceira do Carmo foi erguido no lugar em que se situava o Palácio Boa Vista, residência de Maurício de Nassau.

Na basílica, destacam-se o forro da capela-mor, concluída em 1767, pintado em tons de azul e dourado, e o altar, em que as mesmas cores foram aplicadas sobre talhas rococó.

O pé direito alto abre espaço a balcões com balaustradas ornadas que contornam toda a nave; os balcões, por sua vez, são decorados por quadros com molduras ricamente trabalhadas.

No forro em caixotões dourados da igreja de Santa Teresa da Ordem Terceira do Carmo, entregue ao culto em 1710 (embora seu frontão rococó date de 1803), vêem-se quarenta painéis que retratam a vida de Santa Teresa. Av. Dantas Barreto, s/n, Santo Antonio.

24. IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIO (SANTÍSSIMO SACRAMENTO)

IGREJA MATRIZ DE SANTO ANTONIOErguida entre os anos de 1753 e 1790, a igreja matriz de Santo Antônio mantém as portas abertas durante o dia. Transeuntes da agitada praça da Independência entram nela para descansar ou, simplesmente, para orar a Santo Antônio, um dos mais populares do país.

A igreja combina elementos barrocos com outros introduzidos em reformas tardias, como as pinturas do forro, realizadas no século XIX por Sebastião da Silva Tavares. Praҫa da Independencia, s/n, Santo Antonio.

25. CAPELA DOURADA

CAPELA DOURADA
CAPELA DOURADA

A Capela Dourada se tecentista surpreende pela riqueza. O altar, as paredes e o forro sào talhados e recobertos com folhas de ouro, na expressão máxima do barroco em Recife. Erguida entre 1696 e 1724, pela Ordem Terceira de São Francisco de Assis, pertence ao conjunto arquitetônico do Convento Franciscano, patrimônio histórico nacional que inclui a igreja de Santo Antônio e o antigo hospital dos terceiros franciscanos.

O Museu Franciscano de Arte Sacra funciona ao lado da igreja, com peças do século XVIII. Rua do Imperador D. Pedro II, s/n, Santo Antonio.

26. PÁTIO DE SÃO PEDRO

PÁTIO DE SÃO PEDRO
PÁTIO DE SÃO PEDRO

Casinhas alinhadas, de fachadas coloridas com platibanda, formam uma espécie de praça quadrada revestida por pedras irregulares – o Pátio São Pedro é um dos únicos que preservam esse traçado, comum no Brasil colonial.

Declarado monumento histórico nacional pelo Iphan, o conjunto arquitetônico pertenceu à Irmandade dos Clérigos, que em 1728 financiou a construção da imponente Concatedral de São Pedro dos Clérigos, destaque na praça em razão de sua magnífica fachada em cantaria talhada.

Hoje, as velhas casas de um ou dois pavimentos são ocupadas por bares e restaurantes. O Buraquinho serve pratos típicos do Nordeste (nº 28) e a Casa do Carnaval vem a ser um espaço dedicado ao estudo das manifestações folclóricas regionais (nº 52).

Nas noites de terça-feira, o Pátio de São Pedro transforma-se no palco da Terça-feira Negra, evento com apresentações musicais relacionadas à cultura afro-brasileira.

27. IGREJA DO ROSÁRIO DOS PRETOS

IGREJA DO ROSÁRIO DOS PRETOS
IGREJA DO ROSÁRIO DOS PRETOS

Construída entre 1739 e 1777 para os escravos, tem estilo predominantemente rococó.

A fachada é ornada com talha em cantaria de excepcional qualidade; no interior, des taca-se a bela imagem da padroeira, provavelmente do século XVIII.

Dessa igreja, hoje tombada pelo Iphan, saía o cortejo do rei do Congo, ritual trazido da África pelos escravos que vieram trabalhar na lavoura açucareira de Pernambuco e que marca a origem dos maracatus de Recife. Rua Estreita do Rosário, s/n, Santo Antonio.

NOITE DOS TAMBORES SILENCIOSOS

A igreja de Nossa Senhora do Terço, no Pátio do Terço, foi erguida em meados do século XVIII e muitas vezes remodelada.

A fachada atual, em estilo rococó e com torre única, data de 1847. Desde 1968, na noite de segunda feira de Carnaval, o largo à frente da igreja é tomado por uma multidão que homenageia os negros mortos durante a escravidão com um desfile de maracatus.

À meia-noite, num dos momentos mágicos do Carnaval recifense, o batuque cala e as luzes são apagadas. Todos silenciam por um minuto, numa lembrança à proibição da manifestação das crenças e culturas de origem africana no período colonial.

O maracatu-nação, como é chamado o maracatu da cidade (diferentemente do maracatu rural, originado na Zona da Mata), surgiu por volta de 1650 e representa a coroação dos reis africanos.

O formato do cortejo, no entanto, é europeu, num exemplo de sincretismo cultural. Os escravos africanos provinham de regiões como Costa da Mina, Angola, entre outras, mas sobretudo do Congo; por essa razão, o maracatu é conhecido como cortejo de coroação do rei do Congo.

28. ARREDORES DE RECIFE

Os bairros arredores de Recife mais distantes do centro e da costa de Recife são tradicionalmente chamados de arredores, ainda que estejam integrados à capital.

Os arredores de Recife derivam de lugarejos surgidos ao longo do rio Capibaribe, antigas terras de engenho que ainda preservam o ar bucólico, com ruas arborizadas e casario peculiar, como se vê no Poço na Panela e em Apipucos.

Ao adentrar os arredores, o visitante irá encontrar alguns dos mais significativos museus recifenses, como o do Homem do Nordeste, e a Oficina Francisco Brennand, instalada no belo cenário do antigo engenho São João, no bairro da Várzea.

28.1 ESPAÇO PASÁRGADA

Casa onde o escritor Manuel Bandeira (1886-1968), nascido em Recife, passou a infância . O nome é uma referência ao seu mais famoso poema (Vou-me embora pra Pasárgada /Lá sou amigo do rei / Lá tenho a mulher que eu quero / Na cama que escolherei).

No local, há uma exposição de objetos pessoais do poeta e uma livraria. Rua da União, 263, Boa Vista.

28.2 MUSEU DO ESTADO

MUSEU DO ESTADO
MUSEU DO ESTADO

Funciona num palacete do século XIX, que pertenceu à família do barão de Beberibe e que se encontra em restauração.

Parte significativa de seu acervo foi transferida para o anexo Espaço Cícero Dias, inaugurado em 2003, que expõe mobiliário dos séculos XVII e XVIII , porcelanas chinesa e inglesa, pinturas de Telles Júnior e outros pernambucanos, além de objetos de rituais do candomblé. Rua Rui Barbosa, 960, Graҫas.

28.3 POÇO DA PANELA

Ao longo de ruas de pedras irregulares perfila-se um importante casario do século XIX, construído em terras do antigo engenho Casa Forte, às margens do Capibaribe. A fachada singela da igreja de Nossa Senhora da Saúde (rua Real do Poҫo, s/n), de 1772, sobressai entre palmeiras imperiais.

Em frente ao largo da igreja fica a Mercearia do Vital, com balcão de madeira e mesinhas na calçada, onde se pode tomar cerveja gelada acompanhada de sanduíche de queijo fatiado na hora, perfeito para a calmaria do lugar.

28.4 PARQUE DA JAQUEIRA

PARQUE DA JAQUEIRA
PARQUE DA JAQUEIRA

Um antigo sítio à beira do Capibaribe transformou-se em um dos espaços públicos mais channosos da cidade.

Entre jaqueiras, oliveiras e jambeiros, uma pista de cooper de 1 quilômetro circunda o parque, que também conta com pista de bicicleta , patinação e bicicross, além de brinquedos infantis.

Na segunda metade do século XVIII, foi erguida ali uma capela sob a invocação de Nossa Senhora da Conceição, conhecida como capela da Jaqueira.

Tombada como patrimônio histórico nacional, recebeu em 1970 um jardim projetado por Roberto Burle Marx. No interior, em que painéis de azulejos retratam a história de São José do Egito, o retábulo e o púlpito têm talha dourada em estilo rococó. A. Rui Barbosa, s/n, Jaqueira.

29. GALERIAS DE ARTE

Duas galerias de Recife oferecem aos visitantes uma boa síntese da produção pernambucana contemporânea. Uma delas é a Galeria Amparo 60, que representa alguns dos artistas mais conceituados de Recife e Olinda, como Christina Machado, Rinaldo, José Patrício e Domingos Paulo Meira (av. Domingos Ferreira, 92, Pina).

Na Galeria Mariana Moura encontram-se obras de outros nomes, como Marcelo Silveira, Gil Vicente, Alexandre Nóbrega e Janine Toledo. Av. Rui Barbosa, 735, Graҫas.

30. OFICINA FRANCISCO BRENNAND

OFICINA FRANCISCO BRENNAND
OFICINA FRANCISCO BRENNAND

Antigo engenho colonial, posteriormente transformado na cerâmica da família Brennand, a oficina, desde 1971 local de trabalho do artista recifense, tem uma atmosfera mágica.

O cenário é composto por esculturas às vezes monumentais, dispostas ao longo de alamedas, jardins e lagos, onde deslizam cisnes negros. Uma praça projetada por Burle Marx separa a oficina da Academia, espaço dedicado à exposição permanente de pinturas e desenhos de Brennand.

A visita pode se estender por uma tarde inteira, pois há muito o que ver, ler, ouvir e contemplar. Um agradável café, com lojinha, onde se pode fazer refeições rápidas, completa o passeio. Propriedade Cosme e Damião, s/n, acesso pela av. Caxangá, Várzea.

31. CIÊNCIA E ARTE NO BRASIL HOLANDÊS

Quando Maurício de Nassau desembarcou em Recife, em 1637, veio acompanhado de uma comitiva de 46 estudiosos, da qual faziam parte, entre outros nomes, o médico e naturalista Willem Piso e o astrónomo e naturalista Georg Marcgrave, que, mais tarde, se tornariam autores dos primeiros compêndios sobre a fauna e a flora do novo continente.

Também acompanhavam Nassau os pintores Frans Post (1612-80) e Albert Eckhout (1610-65), que registraram minuciosamente as paisagens, a fauna e os habitantes – sobretudo os índios e os negros – das terras pernambucanas.

O trabalho realizado pela comitiva de Nassau resultou numa herança histórica e científica sem precedentes para a época. Albert Eckhout deixou um conjunto de oito pinturas de grandes dimensões com tipos étnicos br.lSileiros, além de uma coleção de quadros menores em óleo sobre madeira, aquarelas e desenhos de plantas.

Frans Post, o primeiro autor de paisagens em território americano, pintou pelo menos dezoito quadros a óleo em que retratou a paisagem pernambucana.

Um deles, o que mostra o Forte Frederick: Henrich, atual Forte das Cinco Pontas, encontra-se no Instituto Ricardo Brennand.

32. INSTITUTO RICARDO BRENNAND

INSTITUTO RICARDO BRENNAND
INSTITUTO RICARDO BRENNAND

Criado pelo colecionador Ricardo Brennand, primo de Francisco, o formidável instituto inaugurado em 2002 é formado por três elementos – Castelo, Pinacoteca e Biblioteca – que ocupam dois prédios construídos em estilo gótico.

O excepcional acervo abriga uma preciosa coleção de pinturas, mapas, manuscritos, livros e moedas produzidos durante os 24 anos de ocupação holandesa em Recife e no Nordeste.

Destacam-se as dezessete telas assinadas por Frans Post, sobretudo a que retrata o Forte Frederick Hendrik, hoje Forte das Cinco Pontas, de 1630. O acervo de armas e armaduras , especialmente da Idade Média , é outro ponto alto.

A cafeteria do instituto tem os famosos bolos-de-rolo e tapiocas de Rosa Didier e fica em frente a um belo jardim de esculturas. Al. Antonio Brennand, s/n, Várzea.

33. MUSEU DO HOMEM DO NORDESTE

O espaço, inaugurado em 1979, oferece uma excelente oportunidade para entender a história da formação da cultura nordestina.

Pertencente à Fundação Joaquim Nabuco, o Museu do Homem do Nordeste divide- se em três setores: “Açúcar”, em que são abordados aspectos históricos e tecnológicos da cultura canavieira; “Oh de casa!”, que contém elementos construtivos, decorativos e utilitários, tais como telhas, tijolos, cantaria, azulejos e objetos relacionados ao morar nordestino; e “Antropologia”, com objetos referentes às manifestações folclóricas, religiosas e artísticas. Av. 17 de Agosto, 2187, Casa Forte.

34. FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE

FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE
FUNDAÇÃO GILBERTO FREYRE

O antropólogo Gilberto Freyre publicou 89 livros, nos quais buscou explicar – de modo polêmico e sempre brilhante – a sociedade do Brasil e do Nordeste.

O autor do clássico Casa-grande e senzala, publicado pela primeira vez em 1933, e hoje na 50º edição, viveu e escreveu nesta casa, à qual chamou de Vivenda Santo Antônio de Apipucos.

Chamam a atenção a biblioteca, que ocupa vários ambientes, e os interessantes painéis de azulejos portugueses. Rua Dois Irmãos, 320, Apipucos.

Guia de Turismo de Viagem de Recife em Pernambuco

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