Penedo em Alagoas foi fundada em 1565 e é uma pagina da história do Brasil colonia.
Erguida as margens do rio São Francisco, preserva um invejável conjunto arquitetonico em que se destacam: o Teatro Sete de Setembro, do século XIX, e as igrejas do século XVIII, Nossa Senhora da Corrente, São Gonҫalo Garcia dos Homens Pretos e Nossa Senhora dos Anjos.
Uma sugestão de passeio e conhecer a várzea de Marituba do Peixe, a apenas 20 quilometros da cidade. A partir de Maceió, alcanҫa-se Penedo pela AL-101; são 168 quilometros, numa estrada em bom estado de conservaҫão.
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Para quem sai de Aracaju, a melhor opҫão é a BR-101 até o entroncamento proximo de Nascenҫa, onde se toma a SE-304 até Neópolis, a 35 quilometros de distancia. Ali é preciso pegar uma balsa (elas saem a cada meia hora) até a cidade.
Obra-prima do estilo rococó no Brasil, a igreja de Nossa Senhora da Corrente comeҫou a ser erguida em 1764 e foi concluída na última decada do século XIX. A fachada simples esconde um interior de imensa riqueza.
O altar-mor é folheado a ouro, com primorosa talha em tons de marmore azul e rosa, e os dois lados da nave são cobertos de azulejos portugueses.
Também impressionam o entalhe do púlpito, a pintura do forro da nave, de autoria de Libório Lazdro Lial Afes, artista pernambucano que trabalhou em varias construҫões religiosas da cidade, e o piso de ladrilhos ingleses do seculo XIX no chão da igreja, restaurada com verbas do Programa Monumenta.
Diz a tradiҫão que a igreja escondia escravos fugidos atrás de uma porta falsa localizada no altar lateral do lado esquerdo de quem esta na entrada (praҫa 12 de Abril, s/n).
Aberta em 1759, um ano depois do inicio da construҫão, a igreja de São Gonҫalo Garcia dos Homens Pardos destaca-se pela fachada, cujas torres sineiras, em estilo neogótico, são do seculo XIX (av. Floriano Peixoto, s/n, Centro).
A catedral de Nossa Senhora do Rosário comeҫou a ser erguida em 1690. A fachada foi demolida em 1815, e outra, levantada em seu lugar, onde estão lindos vitrais coloridos (praҫa Barão de Penedo, s/n, Centro).
Construído por franciscanos entre os séculos XVII e XVIII, o conjunto formado pela igreja de Nossa Senhora dos Anjos e o convento de São Francisco, cujas linhas seguem as do barroco portugues, e um dos mais importantes de Alagoas.
O exterior, sóbrio, contrasta com a rica talha em estilo rococó do interior; no forro sobressai a pintura ilusionista de Libório Lazdro Lial Afes (praҫa Frei Camilo de Lellis, 218, Centro).
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PONTOS TURÍSTICOS DE PENEDO EM ALAGOAS
1. MUSEU DO PAÇO IMPERIAL
Desde 1859, quando hospedou Dom Pedro II e sua comitiva, este sobrado do seculo XVIII passou a ser chamado de Paҫo Imperial. A instituiҫão reune peҫas do 1700 e 1800 e deve seu acervo a doaҫões de famílias da cidade.
Inaugurado em 1971, o museu, que abriga uma coleҫão de arte sacra, móveis e objetos decorativos, foi uma iniciativa do então prefeito Raimundo Marinho, homenageado em 2002 com a abertura de um memorial anexo.
Vale subir ao segundo pavimento para apreciar uma bela vista do rio São Francisco.
Também chama a atenҫão o acabamento da tela de 2,20 metros de altura por 1,30 metro de largura, pintada por Francisco Lopes Ruiz, retratando o imperador que deu notoriedade ao edifício (praҫa 12 de Abril, s/n, Centro).
2. THEATRO SETE DE SETEMBRO
Projetado para abrigar a Filarmonica Imperial de Penedo, criada em 1865, o teatro comeҫou a ser erguido em 1881.
A inauguraҫão ocarreria tres anos mais tarde, no Dia da Independencia. Assinado pelo arquiteto italiano Luiz Lucariny, o prédio, de linhas neoclássicas, exibe no alto da fachada quatro estatuas de louҫa , que representam as musas da poesia, da música, da danҫa e da pintura.
No teatro, restaurado na decada de 1980, realiza-se, entre julho e agosto, o Festival de Férias no Teatro. Av. Floriano Peixoto, 81, Centro
3. CASA DO PENEDO
As nove salas deste museu resumem a história da cidade. Elas guardam objetos que pertenceram a familias locais ilustres, além de um bom acervo iconográfico e documental.
Mantida por uma fundaҫão, a Casa do Penedo executa trabalhos de restauraҫão de jornais e de livros antigos e apóia escritores penedenses. Podem-se agendar visitas guiadas. Rua João Pessoa, 126, Centro
4. PASSEIO À VÁRZEA DA MARITUBA DO PEIXE
Pequena localidade situada a 20 quilometros de Penedo, entre a cidade e Piaҫabuҫu – o chamado “Pantanal alagoano”-, Marituba se tomou conhecida por sua grande várzea com canais navegaveis.
O passeio e feito a bordo de uma canoa e dura cerca de uma hora; os guias da região (encontrados na única agencia da cidade ou na frente da igreja de Nossa Senhora da Corrente) encarregam-se de contratar o canoeiro.
Uma atividade comum no lugarejo é o artesanato em palha. Muitas mulheres fazem da porta de suas casas um ponto-de-venda de bolsas, chapéus, cestas produzidos com aquele material. Outra atraҫão é a Casa da Farinha, em que se utilizam instrumentos rústicos de madeira.
5. IGREJA DE NOSSA SENHORA DA CORRENTE
A Igreja Nossa Senhora da Corrente em Penedo foi construída pela Família Lemos que era contra a escravidão.
Então, ao construir a igreja eles fizeram uma passagem secreta para esconder os escravos fugitivos. Foi iniciada em 1764 pelo capitão-mor José Gonçalo Garcia Reis e concluída por volta de 1790 pelo capitão de ordenança André de Lemos Ribeiro.
A origem do nome do templo é explicada por várias origens, associadas ao imaginário popular.
A primeira está associada ao sobrenome de uma das suas benfeitoras, Ana Felícia da Corrente, e à padroeira da igreja, Nossa Senhora, além da proximidade com um rio. Outros acreditam que o nome foi dado pelo português José Gonçalo Garcia Reis, que, conseguindo libertar-se de uma prisão da sua pátria, fugiu para o Brasil e chegou a Penedo ainda com um pedaço da corrente.
A igreja tem como elementos decorativos destacáveis o altar-mor, arco-cruzeiro, sanefas e púlpitos.
O concheado tem sinuosidade preciosa, colocado sobre um fundo jaspeado com detalhes em vermelho e ouro, valorizado pelo fundo branco e por feixes de luz que chegam da fachada. Pequenas estátuas portuguesas, em estilo presépio, também são elementos graciosos do conjunto. Germain Bazin disse que a decoração da igreja é “um conjunto admirável”, o que faz do templo, “quase desconhecido”, “um dos mais bonitos do Brasil”.
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