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Vídeo Documentário sobre a Baía de Todos os Santos
História da Baía de Todos os Santos
A larga e profunda baía encantou navegadores, piratas e colonizadores, além de despertar o interesse do governo português por ser um excelente ancoradouro natural, um estratégico sítio defensivo, com águas piscosas e terras férteis.
Foi nomeada em 1501 quando uma expedição portuguesa, comandada por Gaspar de Lemos e acompanhada por Américo Vespúcio, cartógrafo e escritor italiano que daria nome a todo o continente americano, foi enviada para mapear as novas terras, descobertas um ano antes por Pedro Álvares Cabral.
Era o dia 1 de novembro, Dia de Todos os Santos na tradição da religião católica.
Por costume, nomeavam-se os acidentes geográficos de acordo com os santos dos dias em que eram identificados – cabendo à baía, portanto, este nome.
A relevância estratégica da Baía de Todos os Santos, associada à existência de colinas e acidentes geográficos a leste (um relevo que permitiria o costume medieval de fortificação das cidades), foi decisiva para que Tomé de Sousa mais tarde escolhesse a região para fundar, por ordens do rei de Portugal, a cidade que seria a sede da primeira capital da colônia portuguesa – Salvador.
Berço da civilização colonial lusa nas Américas, a Baía de Todos os Santos abrigou no século XVI o maior porto exportador do Hemisfério Sul, de onde eram enviados às metrópoles europeias a prata boliviana e o açúcar brasileiro, sendo o porto de Salvador o que mais recebeu escravos africanos no Novo Mundo.
A baía também tem importância cultural, sendo um marco para a fundação de Salvador, a primeira capital do Brasil, e desempenhando um papel central na formação do Recôncavo Baiano, uma das regiões mais ricas em história e cultura no país.
A Baía foi um ponto estratégico para a colonização portuguesa, servindo como porto natural para a exportação de açúcar e prata, além de ser o local de onde chegaram a maioria dos escravos africanos no período colonial.
Características da Baía de Todos os Santos
A baía de Todos-os-Santos é formada por três baías menores:
- a primeira, que poderia ser chamada de Baía de Itaparica, constituída pela vasta e alongada Ilha de Itaparica e a costa ocidental;
- a segunda, que poderia ter o nome de Baía de São Francisco, com seu aspecto deltaico, contém numerosas ilhas (a maior das quais é a Ilha dos Frades);
- a terceira, que seria a Baía do Salvador, também apresenta um aspecto de antigo delta e situa-se na porção oriental, sendo a mais importante, não apenas por sua maior profundidade, o que permite a navegação de grande calado, como por banhar a capital do Estado.
Muitos trechos de suas margens são baixos e apresentam a vegetação típica dos manguezais.
Até ali chegam as águas de numerosos cursos d’água, o mais importante dos quais é o rio Paraguaçu, que desce das escarpas do Planalto Baiano (Chapada Diamantina) e, após um curso de 520 km, alcança a baía através de um vale sinuoso e fortemente encaixado.
Constitui essa grande baía de Todos-os-Santos a via natural de comunicação entre a cidade de Salvador e os demais centros de povoamento do Recôncavo, sendo intensa a navegação em suas águas, feita em pequenos barcos a vapor e por veleiros.
Ilhas na Baía de Todos os Santos
A baía de Todos os Santos foi considerada alvo de medida de preservação, através do Decreto Estadual 7.595 (de 5 de junho de 1999), como área de proteção ambiental – APA Baía de Todos os Santos.
Nela estão incluídas as águas da baía e suas ilhas. Abrange os municípios de Cachoeira, Candeias, Itaparica, Jaguaripe, Madre de Deus, Maragogipe, Salinas da Margarida, Salvador, Santo Amaro, São Francisco do Conde, Saubara, Simões Filho e Vera Cruz.
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