A História da Fundação de Salvador da Bahia nasceu como cidade-forte ou, pelo menos, isso era o que pretendia D. João III, de Portugal, e, enquanto foi capital ou Cabeça do Brasil, houve preocupação constante em defendê-la.
O destaque das fortificações na paisagem da cidade de Salvador certamente representa a imposição da necessidade tática e estratégica do seu posicionamento em local elevado, com visibilidade privilegiada para as áreas circunvizinhas.
A história de Salvador começou com sua fundação em 1549 para ser a capital do Brasil (permanecendo assim até 1763, quando a sede do Vice-Reino foi transferida para o Rio de Janeiro).
A cidade de Salvador serviu de palco dos acontecimentos mais marcantes dos primeiros três séculos de nossa história colonial.
Principal porto Atlântico das naus da “volta do mar”, da rota das especiarias com destino ao Oriente, prosperou inicialmente com a exportação do açúcar produzido nos engenhos do Recôncavo Baiano (área geográfica do entorno da Baía de Todos os Santos) e depois do comércio entre a Colônia e Portugal.
A história de Salvador começou em 1501, quando a primeira expedição de reconhecimento da terra descoberta por Pedro Álvares Cabral deparou-se com uma grande e bela baía – batizada de Baía de Todos os Santos pelo navegador Américo Vespúcio, por ter sido descoberta no dia 1º de novembro.
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O grande golfo tornou-se, então, uma referência aos navegadores, passando a ser um dos portos mais movimentados no continente americano.
Alguns registros históricos de Salvador da época relatam fatos relevantes para a história da Cidade de Salvador da Bahia, como a saga do náufrago português Diogo Álvares, que, em 1509, foi acolhido pela tribo Tupinambá que vivia no litoral das terras que futuramente pertenceriam a Salvador.
Chamado de Caramuru, Diogo Álvares casou-se com a filha do cacique Taparica, a índia Paraguaçu, batizada em 1528 na França com o nome de Catarina Álvares.
Caramuru teve um papel fundamental na construção da cidade, a qual foi ordenada pelo Rei de Portugal, D. João III, que nomeou o capitão Thomé de Souza como o primeiro governador-geral do Brasil.
Diogo Álvares, conhecido como Caramuru, desempenhou um papel fundamental na fundação de Salvador por ter sido um importante intermediário entre os colonizadores portugueses e as populações indígenas locais, especialmente os Tupinambás.
Seu conhecimento da língua e dos costumes indígenas, adquirido após ser acolhido pelos Tupinambás após um naufrágio em 1509, permitiu uma convivência pacífica e produtiva entre os dois grupos.
Caramuru casou-se com Paraguaçu, filha do cacique Taparica, e ganhou grande influência entre os indígenas.
Isso foi crucial quando o capitão Thomé de Souza chegou em 1549 com a missão de fundar Salvador, pois Caramuru facilitou o contato entre os portugueses e os nativos, o que ajudou a evitar conflitos e a consolidar a presença portuguesa na região.
Além disso, Diogo Álvares desempenhou um papel relevante na preparação e organização das forças locais, apoiando a fundação de Salvador como a primeira capital do Brasil e fortalecendo o domínio português sobre a nova colônia.
A armada, capitaneada pela nau Conceição, trazia mais de mil pessoas em seis embarcações: as naus Conceição, Salvador e Ajuda, duas caravelas e um bergantim. Depois de 56 dias de viagem, a esquadra foi recebida com festa por Caramuru e os Tupinambás.
Thomé de Souza ficou no cargo até julho de 1553 e, um mês depois, voltou a Lisboa, sendo substituído pelo governador-geral D. Duarte da Costa.
Com a chegada dos escravos africanos no final do século XVI, a cidade prosperou pela influência econômica das atividades portuárias e da produção de açúcar no Recôncavo.
Em 1583, Salvador tinha duas praças, três ruas e cerca de 1600 habitantes.
A riqueza da capital atraiu a atenção de estrangeiros, que promoveram expedições para conquistá-la. Saques e bombardeios de corsários ao porto de Salvador eram frequentes no final do século XVI e início do século XVII.
Com a união das coroas portuguesa e espanhola em 1580, os interesses do comércio marítimo estrangeiro foram contrariados e, ao se expirar o tratado de paz entre a Espanha e os Países Baixos, a Companhia das Índias Ocidentais (formada por capitais de comerciantes judeus e europeus) atacou Salvador em maio de 1624, onde permaneceu até abril de 1625, quando seus soldados foram expulsos pela armada de 40 navios enviada pela Espanha.
É possível, entretanto, que Earle tenha feito seu desenho por volta de 1823, quando ele visitou o Nordeste.
Foi esta a expedição que trouxe Charles Darwin à América do Sul. Darwin amou Salvador, a qual chamou de magnífica e gloriosa. Ele escreveu que foi aqui que viu pela primeira vez uma floresta tropical em toda a sua sublime grandeza. O Beagle aportou pela primeira vez na cidade em 28 de fevereiro de 1832.
Vê-se transeuntes na antiga Ladeira da Conceição.
Em 1638, mais uma tentativa de invasão (desta vez comandada por Maurício de Nassau) não obteve êxito. Salvador permaneceu na condição de Capital da América Portuguesa até 1763, quando a sede do Vice-Reino foi transferida para o Rio de Janeiro.
Porém, como capital da Província da Bahia, a cidade manteve sua importância política e econômica e, em 1808, recebeu a família real portuguesa (em fuga das tropas de Napoleão).
Na ocasião, o príncipe regente D. João VI abriu os portos às nações amigas e fundou a Escola Médico-Cirúrgica da Bahia, no Terreiro de Jesus (Pelourinho), que viria a ser a primeira faculdade de medicina do Brasil.
A consciência libertária da população de Salvador deu origem a vários movimentos de contestação, com destaque para a Conjuração dos Alfaiates, em que um grupo de revoltosos, inconformados com o domínio português, tentou fundar a República Bahiense.
Em 1823, mesmo depois da proclamação da Independência do Brasil, a Bahia continuou ocupada pelas tropas portuguesas do brigadeiro Madeira de Mello.
Nessa época não existia a Ladeira da Montanha, inaugurada em 1878. À direita, vê-se duas ladeiras: a da Conceição, que liga a Igreja ao Largo do Theatro (atual Praça Castro Alves) e a ladeira que sobe para a atual Praça Thomé de Sousa.
Veja as cadeirinhas de arruar subindo a Ladeira da Conceição, levadas por escravos.
A muralha de alvenaria, que protege a encosta da Praça do Theatro, começou a ser construída em 1846. Confira no panorama de Hildebrandt, de 1844, que ela ainda não existia.
Note o trapiche da Alfândega velha. Esse local foi aterrado em 1858 para a construção da Alfândega nova, atual Mercado Modelo.
Mesmo depois da proclamação da Independência, as milícias patrióticas entraram na cidade pela Estrada das Boiadas, atual Rua Lima e Silva, no bairro da Liberdade.
A data passou a ser uma referência cívica dos baianos, comemorada anualmente com intensa participação popular.
História da Fundação de Salvador da Bahia
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