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São Luís ou São Luís do Maranhão é um município brasileiro e a capital do estado do Maranhão.
Com mais de quatro séculos de história, a cidade reúne atrativos retratados como Patrimônio Cultural da Humanidade, além do maior conjunto arquitetônico de azulejos portugueses da América Latina.
O Centro Histórico de São Luís do Maranhão conta com cerca de 4 mil imóveis dos séculos XVIII e XIX.
Entre os mais emblemáticos estão o Palácio dos Leões, a Catedral da Sé, o Convento das Mercês, a Casa das Minas e o Teatro Artur Azevedo.
A mistura de povos gerou no local um rico conjunto de manifestações culturais, como o bumba-meu-boi, tambor de crioula, cacuriá e as tradicionais festas juninas.
Além disso, a cidade tem forte influência da música jamaicana e é popularmente chamada de capital brasileira do reggae.
Outro ponto forte é a culinária, que oferece pratos como o arroz de cuxá, o peixe frito e a torta de camarão.
Os sorvetes de açaí, tapioca e de bacuri também estão entre as receitas apreciadas no local.
São Luís do Maranhão é a única cidade brasileira fundada por franceses no dia 8 de setembro de 1612, foi invadida por holandeses e por fim colonizada pelos portugueses.
Localiza-se na ilha de Upaon-Açu no Atlântico Sul, entre as baías de São Marcos e São José de Ribamar.
Em 1621 quando o Brasil foi dividido em duas unidades administrativas — Estado do Maranhão e Estado do Brasil — São Luís foi a capital da primeira unidade administrativa.
No ano de 1997 o centro histórico da cidade foi declarado patrimônio cultural da humanidade pela UNESCO.
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História da Fundação de São Luís do Maranhão
Por muitos anos, o Norte do Brasil foi ignorado pela Coroa Portuguesa.
São Luís, então, passou a ser abrigo de piratas e tornou-se cobiçada pelos franceses, que já tinham interesse de fixar por essas terras uma colônia.
Em 19 de março de 1612, uma expedição saiu do Porto de Cancale, na França, para cruzar o Atlântico e chegar à Baía de São Marcos, com a perspectiva de conquistar o Golfo do Maranhão e instalar a França Equinocial.
No comando, Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, associado a François de Razilly, senhor de Razilly, a Aunelles – ajudante de ordens do Rei Henrique IV, gentil homem de sua câmara, aparentado com o cardeal Richelieu –, a Nicolas de Harlay, senhor de Sancy, e ao Barão de Molle e Gros-Bois, membro do Parlamento e do Conselho do Rei.
Com eles, uma caravana de 500 homens que chegou à nova terra em três grandes naus. Para eles, o local era estratégico para o comércio marítimo.
“Nada há aí de comparável à beleza e às delícias desta terra, bem como a fecundidade e abundância em tudo o que o homem possa imaginar”.
Estas são palavras do frade capuchinho Claude d’Abbeville em “História da missão dos padres capuchinhos na Ilha do Maranhão e terras circunvizinhas”, publicado em 1614 e traduzido por Sérgio Milliet, em que faz uma relevante descrição sobre a fundação da cidade, onde esteve presente.
Chegada dos Franceses
Os franceses chegaram à Ilha de Upaon-Açu (Ilha Grande), assim denominada pelos índios que a habitavam,em 12 de agosto de 1612.
Ignorando os índios que já habitavam a região, convencionou-se que a fundação aconteceu em 8 de setembro daquele ano, data consagrada à Santíssima e Imaculada Virgem Maria.
O marco deste momento foi a implantação de uma grande cruz, seguida por missa e procissão.
O símbolo católico foi erguido em frente à fortificação nos arredores em que a cidade deveria se expandir.
O forte em questão é de Saint-Louis, em homenagem ao rei-menino Luís XIII.
A denominação, com o tempo, se estenderia à povoação e a toda Ilha. “Erguida a cruz […] foi também benzida a Ilha, enquanto dos fortes e dos navios muitos canhonaços se disparavam em sinal de regozijo”, narra Claude d’Abbeville.
Um dos objetivos do empreendimento era estabelecer uma colônia católica na América do Sul.
Para a Igreja, a descoberta do novo mundo acarretava a necessidade de catequizar os índios.
As informações históricas contidas no livro de Claude d’Abbeville afirmam que os tupinambás interessaram-se pela religião recém apresentada.
Retomada Portuguesa
Em 1614, uma expedição militar portuguesa, que a história batizou de Jornada Milagrosa, expulsou os franceses do Maranhão.
O comandante Jerônimo de Albuquerque se fixou na foz do Munim, onde levantou o forte de Santa Maria, no sítio de Guaxenduba.
Daniel de La Touche, senhor de La Ravardière, ataca o forte no dia 19 de novembro, mas foi derrotado no combate.
A Batalha de Guaxenduba foi um importante passo dado pelos portugueses para a expulsão definitiva dos franceses do Maranhão. No livro História da Companhia de Jesus na Extinta Província do Maranhão e Pará, de 1759, o padre José de Moraes relata a aparição de Nossa Senhora da Vitória para intervir pelo lado português.
A santa teria transformando areia em pólvora e seixos em projéteis.
Presença Holandesa
Em 1641, uma esquadra holandesa, sob as ordens do almirante Jean Cornelizoon Lichardt, trazendo 2 mil homens de armas,saqueou a vila, fazendo prisioneiro o governador Bento Maciel.
Os holandeses pretendiam expandir a indústria açucareira,obtendo novas áreas de produção de cana-de-açúcar no interior da capitania, como já haviam feito em outras cidades pelo Nordeste.
Os holandeses foram expulsos de São Luís pelos portugueses em 1644.
Os colonos eram liderados por Antônio Teixeira de Melo, que sucedera Antônio Muniz Barreiros no comando da resistência aos invasores.
Para impedir novas invasões, o governo da colônia decidiu fundar o estado do Grão-Pará e Maranhão, independente do resto do país, garantindo a colonização.
Após expulsão dos franceses, o forte de Saint-Louis teve o nome mudado para São Phelippe, em homenagem ao monarca reinante em Portugal.
A povoação, no entanto, continuou denominada São Luís.
História da Fundação de São Luís do Maranhão
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