
A ilha do Medo na Baía de Todos os Santos é cheia de mistérios e histórias de assombrações.
A pequena ilha é uma das 56 ilhas que compõem o arquipélago da Baía de Todos os Santos, localizada no estado brasileiro da Bahia.
A Ilha do medo e seu entorno fazem parte, desde 1991, da Estação Ecológica Ilha do Medo, consagrando-se como a primeira estação ecológica da Baía de Todos os Santos.

Com área total de 12.000 m², a pequena ilha é despovoada e também pertence à APA da Baía de Todos os Santos.
A Ilha do Medo é uma ilha que desperta curiosidade devido ao seu nome intrigante. Apesar de seu nome assustador, a Ilha do Medo é rica em história e natureza, e o “medo” provavelmente se refere a lendas e histórias antigas ligadas ao local, que podem ter envolvido piratas, naufrágios ou acontecimentos místicos ao longo dos séculos.
A ilha possui vegetação densa, com manguezais e áreas preservadas que abrigam uma rica biodiversidade. Embora seja menos conhecida e visitada do que outras ilhas da Baía de Todos os Santos, como a Ilha de Maré ou Ilha de Itaparica, a Ilha do Medo oferece um ambiente mais selvagem e misterioso, atraindo exploradores e amantes da natureza.
Seu acesso geralmente é feito por barcos particulares que partem de Salvador ou de outras localidades da Baía de Todos os Santos. Por ser uma ilha menos habitada e explorada turisticamente, quem visita a Ilha do Medo busca tranquilidade, contato com a natureza, e, claro, desvendar os mistérios que cercam o local.
Administrativamente faz parte do território do município de Itaparica. Está situada ao norte da ilha de Itaparica.
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Ilha do Medo na Baía de Todos os Santos
História e lendas da Ilha do Medo
A Ilha do Medo não possui fonte de água doce, razão pela qual permaneceu desabitada. No século XIX, teve uso militar e funcionou como colônia de leprosos, cujas ruínas ainda persistem.
A origem do nome envolve-se em mistérios.
Uma versão diz que se origina por ser assombrada pelo fantasma de um padre de Itaparica que, tendo se recusado a celebrar uma missa, após sua morte passou a ficar na ilha, convidando os visitantes eventuais a permanecerem para assistir à celebração da qual ficou prisioneiro.
Outras versões dizem que são as almas dos doentes que lá foram confinados.
Um relato mais antigo informa que os pescadores da Baía temiam a ilha por ouvirem gritos e uivos à noite. Seus relatos evocavam as almas dos holandeses que invadiram a Bahia e teriam permanecido na ilha.
Conta-se, ainda, que um pescador avistara uma mulher diabólica que soltava fogo pela boca. Após relatar o ocorrido, o pescador teria ficado mudo.
As “assombrações” da ilha seriam dos leprosos que moravam em um asilo no século XIX. Os destemidos podem alugar um barco na Ponta de Itaparica e conferir.
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