Influência da arquitetura árabe nos prédios pernambucanos

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Arquitetura árabe em Portugal
Arquitetura árabe em Portugal

A arquitetura árabe conheceu o seu desenvolvimento em Portugal durante a presença muçulmana no país (712-1249).

A originalidade de estruturas arquitetónicas e dos motivos ornamentais deram origem a uma arquitetura muito própria tipicamente muçulmana.

O arco em ferradura, de influência visigótica é a imagem de marca da civilização muçulmana em Portugal.

A ornamentação é uma das grandes características da arquitetura árabe com que uma grande profusão de superfícies decoradas que faz com que as estruturas fiquem parcialmente escondidas preenchendo todos os espaços numa decoração que viria a se conhecida como Horror do Vazio, com repetição de motivos geométricos, cosmológicos, a caligrafia e motivos de origem vegetal estilizados.

Após a conquista muçulmana do século VIII, a região de Sintra viria a ser ocupada, tendo sido erguida a primitiva fortificação de Penedia (VIII-IX). As cidades islâmicas eram situadas de forma a dominar grandes percursos de água, tais como Al-Usbuna (Lisboa), Santarim (Santarém), Kulümriyya (Coimbra), Märtula (Mértola) ou Silb (Silves). Cidades estas que reciclaram espaços, estruturas e materiais do período romano.

Como exemplos emblemáticos da influência arquitetónica árabe em Portugal temos: o Castelo de Silves (Algarve), o Castelo dos Mouros em Sintra, o Castelo de Mértola, a Igreja Matriz de Mértola, que não é mais que o reaproveitamento cristão da antiga mesquita muçulmana.

Influência da arquitetura Árabe em Portugal
Influência da arquitetura Árabe em Portugal

Influência árabe na arquitetura nos prédios pernambucanos

Grande parte da arquitetura conhecida como portuguesa em Pernambuco é, na verdade, de origem árabe.

Antes de virem à América, portugueses e espanhóis foram dominados por mouros, os muçulmanos da península Ibérica.

Aprenderam com eles diversas soluções arquitetônicas, como casas de portas e janela originárias do deserto. Ao colonizar o Brasil, replicaram

Dos pátios de convento até elementos como azulejos e venezianas de madeira. Especificamente, a arte é dos mouros. Foram os árabes de regiões diversas que tomaram e dominaram a península ibérica por cerca de 700 anos.

“Ficaram ali por mais tempo do que a idade do Brasil. Além disso, a reconquista total do território se deu justamente quando a América estava sendo descoberta pelos países ibéricos: Portugal e Espanha, por isso a forte influência”, explica o presidente do Instituto de Arquitetura do Brasil em Pernambuco, Roberto Ghione. É dos berberes, oriundos do deserto africano do Saara, a ideia de criar as casas estreitas de porta e janela vistas ainda hoje no Sítio Histórico de Olinda, de acordo com o arquiteto Eduardo Pires.

“Aquela é uma solução para evitar o vento do deserto”, conta. Elas são também encontradas nos centros de incontáveis cidades do Interior, como Paudalho, na Mata Norte, e Pesqueira, no Agreste. Soluções arquitetônicas para além das casas conjugadas, contudo, ficaram limitadas à elite. “Podem ser vistas em casas senhoriais e nos claustros conventuais ordenados em torno de um pátio central. São soluções omíadas, que estiveram em Portugal”, explica Eduardo.

“A limitação ocorreu porque, apesar de terem dominado por muitos séculos a região onde está hoje a Espanha, o mesmo não ocorreu em Portugal.” Por serem dirigentes, influenciaram prédios de classes altas como a dos eclesiásticos. A ordenação ao redor de um pátio é vista na casa grande do Engenho Massangana, atualmente abrigando um museu da Fundação Joaquim Nabuco, no Cabo de Santo Agostinho, RMR.

Os claustros, em conventos como o de Santo Antônio do Recife, na rua do Imperador. Ou no da Conceição, em Olinda. São vários.

“Assim com os muxarabis, os pátios eram destinados especificamente para criar uma ventilação”, ressaltou o historiador Leonardo Dantas Silva. No Convento de Santo Antônio de Igarassu, na Região Metropolitana do Recife, além do pátio e do coro alto da igreja, a porta do Museu Pinacoteca é puramente moura, de acordo com o secretário de patrimônio da cidade, Jorge Barreto.

“O convento é do século 17. Nessa época, Portugal estava expandindo o seu estilo barroco mundo afora. E os elementos árabes caíam muito bem nesse contexto”, explicou. O complexo padrão que adorna a porta cria um jogo de luz e sombras típico da arquitetura árabe. Segundo Roberto Ghione, elementos como esse, relacionados com o conforto térmico e com a iluminação foram os mais aproveitados pelos portugueses.

“O que existe de transparência e ventilação cruzada aqui, hoje, tem raiz árabe.”

O arquiteto, argentino, mas morando há 20 anos no Brasil, explica que o Nordeste brasileiro aproveitou os elementos vazados de uma forma diferente do resto da América colonizada pelos ibéricos.

“Em lugares frios, a luz solar é importante no inverno e os muxarabis, elementos de origem árabe, permitem que ela entre no ambiente.

Mas aqui, quando se é quente sempre, os beirais dos telhados são mais longos, para tentar sombrear as casas”, conta.

Os muxarabis que Ghione cita são treliças de madeira, hoje conhecidos principalmente por estarem presentes em duas edificações do Sítio Histórico de Olinda.

“O Sobrado Mourisco é tombado duas vezes em nível nacional. Coletivamente, por fazer parte do conjunto arquitetônico daquela parte da cidade e individualmente, por causa das evidentes características mouras“, explicou o coordenador do Museu do Homem do Nordeste, Frederico Almeida.

No casario, o imperador Dom Pedro II ficou hospedado quando veio a Pernambuco em 1859.

A varanda projetada para a rua, vistas tanto no Sobrado Mourisco quanto no número 28 da rua do Amparo, tem relação com a ideologia do islã, de acordo com o especialista em conservação Jorge Tinoco.

“É uma forma de a mulher se manter no recato do lar enquanto acompanha o movimento de fora.” As casas conjugadas de porta e janela, que Eduardo Pires explicou ter origem no deserto do Saara e que evitam o vento quente ou frio, também apresentam em suas plantas influência da pudicícia da cultura árabe absorvida pelos portugueses.

“Há sempre uma sala do tamanho da fachada. É até onde as visitas são permitidas, principalmente homens. E é onde as mulheres da casa não iam caso eles estivessem.

Um corredor parte dessa sala e leva aos quartos e à sala de viver, no fim da casa, onde os moradores realmente convivem, longe da rua. Até o século passado, o comportamento ainda era esse”.

Dessas casas, o arquiteto ainda lembra das tríplices telhas.

Aquelas que levaram à criação do adágio popular “sem eira nem beira”.

“São características mouras e exigem uma técnica complexa. Então, quem não tinha recursos financeiros não poderia pagar por uma mão de obra especializada que construísse a eira, a beira e a tribeira.”

Reinvenções da arquitetura árabe

Soluções e elementos arquitetônicos árabes foram transmutados com o tempo e se apresentam em Pernambuco.

“No fim do século 19, houve um período de transição na arquitetura conhecido como eclético. Muita coisa se misturou até que o modernismo chegasse.

O neoárabe foi um dos resultados dessa época. No Recife, temos o que pode ser a forma mais evidente de influência árabe, que é o casarão onde hoje funciona o colégio GGE, na rua Benfica. O formato em arco das portas e janelas são características fortes dessa arquitetura”, explica Frederico Almeida, ex-superintendente do Iphan em Pernambuco.

O cobogó, invenção pernambucana do modernismo, também foi embebido do conhecimento mouro. “Foi criado no século 20 e é muxarabi transformado para o clima tropical. Segue-se também a questão da luz e das sombra que elas causam. Venezianas de madeira, de forma análoga, também estão relacionadas com os árabes. E nós projetamos muito com elas”, conta Roberto Ghione.

Os azulejos, mesmo os que conhecemos como portugueses, são reinvenções dos levados à península ibérica pelos mouros. O nome, inclusive, não vem do comum azul, como se pode imaginar, mas do árabe “Al Zuleycha” (pequena pedra polida). Na Basílica do Carmo, uma cúpula abobadada repleta de azulejos é comparada por Frederico Almeida com um tapete persa. “Você olha e lembra logo dos países árabes.”

Os Mouros em Olinda

O Sítio Histórico de Olinda tem uma arquitetura muito variada. Com igrejas que nos remetem ao comecinho da cidade, no século XVI, passando por casarões do século XIX, até construções mais modernas.

Num passeio entre sobrados e casarões, a gente pode encontrar de tudo um pouco. Até mesmo construções que tiveram influências dos mouros, os povos do norte da África, entre eles, os árabes praticantes da religião islâmica.

Os mouros vieram até Olinda?

Na verdade, esses povos nunca tiveram influência significativa em Olinda. Até onde se sabe, pode até ter havido algum habitante de religião islâmica na cidade em tempos antigos, mas nada que pudesse ter determinado a vida cultural da então capital de Pernambuco.

Mas acontece que os portugueses tinham, e têm até hoje, muita influência da cultura moura, afinal, a Península Ibérica (Portugal e Espanha) foi dominada por eles durante quase toda a idade média, só foram definitivamente expulsos de lá em 1492, ou seja, às vésperas da ocupação do território brasileiro.

A influência no casario antigo

Andando pelas ruas, dá pra notar aqui e ali os azulejos, as decorações em formato geométrico nas molduras de portas e janelas e outros traços da influência dos mouros sobre a cultura portuguesa e que veio para cá junto com os colonizadores.

Porém, duas estruturas do Sítio Histórico olindense despertam atenção por se diferenciarem bastante do resto das casas do entorno. São os chamados “Sobrados Mouriscos”.

O Sobrado Mourisco do Amparo

O primeiro está na rua do Amparo. O local abriga hoje a Casa dos Povos de Língua Portuguesa.

Esse edifício mantém muitas características originais de quando foi construído no século XVIII, (não pudemos ter acesso à informações sobre o ano em que ele ficou pronto nem o motivo por ter sido feito ali), que são as portas retangulares com moldura de pedra, sem ornamentação ou cores, ao contrário de boa parte das casas dos arredores, que foram modificadas no século XIX, quando o Imperador D. Pedro II e sua comitiva veio a Olinda.

Sobrado Mourisco do Amparo em Olinda
Sobrado Mourisco do Amparo em Olinda

Na andar superior, o terraço mourisco: todo em madeira e apoiado por seis estruturas de pedra chamadas de “cachorros”, entreliças e ornamentos entalhados em forma de losango na parte de baixo.

É um belo prédio, apesar de estar todo pichado e apresentar sinais de maus cuidados nas portas do térreo.

Aí, é aquela velha equação que não fecha: a falta de educação das pessoas, prefeitura e demais órgãos que não fazem a manutenção da forma como devia ser feito… e quem sofre com isso é a história da cidade.

Outro sobrado na Praça de São Pedro

Perto dali, no pátio da igreja de São Pedro, há um outro Sobrado Mourisco, também da mesma época do que o que existe na Rua do Amparo e com características semelhantes.

Sobrado mourisco do pátio de São Pedro Olinda
Sobrado mourisco do pátio de São Pedro Olinda

A diferença é que esse sobrado, que fica numa esquina, é mais largo na sua fachada e sob o terraço há 8 “cachorros”. Na época em que foi construído, famílias ricas de senhores de engenho moraram lá.

Uma curiosidade sobre esse edifício é que, em 1859, ele hospedou o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz Teresa Cristina em viagem ao Nordeste. Hoje, ele abriga um restaurante onde também há shows musicais e já foi galeria de arte.

As 5 características da arquitetura de Olinda que vão te impressionar

Cores, expressões gráficas modulares e contrastes interessantes. Não é à toa que essa cidade de Pernambuco encanta turistas e profissionais em busca de referências de projeto.

Vista panorâmica do alto da cidade de Olinda
Vista panorâmica do alto da cidade de Olinda

Um território gigante como o Brasil guarda atrativos que chamam a atenção de qualquer arquiteto. Não é preciso ir muito longe para visitar cidades históricas, entrar em contato com novas culturas e contemplar belos exemplares da arquitetura. Para provar isso, vamos acompanhar você em um passeio virtual pelo Nordeste, mais especificamente, Olinda.

Situada em Pernambuco, a 6km de Recife, a cidade foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural da Humanidade pela UNESCO em 1982.

De acordo com registros históricos, seu nome surgiu a partir da frase “Ó linda situação para se construir uma vila”, dita pelo fidalgo português Duarte Coelho ao observar a região pela primeira vez.

Descubra cinco características da arquitetura de Olinda

TOUR PELO PATRIMÔNIO HISTÓRICO DE OLINDA

1. Prédios com cores fortes e detalhes em branco

Se tem algo que chama a atenção na cidade são as múltiplas cores que enfeitam as fachadas das casas e edifícios públicos.

Prédio histórico com estilo arquitetônico referencial em Olinda
Prédio histórico com estilo arquitetônico referencial em Olinda

Vermelho, azul, amarelo, verde e outros tons fortes se opõem ao cinza das ruas e calçadas de pedra. É fácil se distrair com o colorido presente tanto em casarões quanto em igrejas dos séculos XVI e XVII.

Antigamente, essas construções não tinham numeração específica para que os habitantes fizessem a identificação. Logo, as pessoas se baseavam nas combinações de cores para diferenciar as obras. Se observar bem, verá que muitas das edificações também apresentam detalhes e ornamentos em branco.

Entre os destaques está a Catedral da Sé de Olinda, com sua fachada em branco e amarelo.

Foi construída em taipa de barro em 1540 e substituída por um templo de alvenaria em 1584, quando recebeu capelas secundárias. Em 1976, foi restaurada para que recuperasse suas feições originais da transição entre Renascença e Barroco.

2. O alto contraste entre os prédios de uma mesma região

O casario da época colonial é um dos cartões-postais da cidade e um dos principais atrativos quando o assunto é arquitetura de Olinda.

Os prédios antigos e coloridos criam um contraste interessante com os empreendimentos contemporâneos, que podem apresentar linhas e elementos inspirados em diferentes estilos.

Mescla de prédios em diferentes cores parte da arquitetura tradicional de Olinda
Mescla de prédios em diferentes cores parte da arquitetura tradicional de Olinda

A própria topografia da cidade contribui para a obtenção de contrastes entre edifícios novos e velhos. Isso porque Olinda é composta por morros com encostas bastante íngremes e por planícies com cotas abaixo do nível do mar.

O resultado aparece na forma de inúmeras ladeiras que dão um certo charme à região.

A influência portuguesa aparece nas construções com sacadas em madeira ou pedra que compõem fachadas contíguas.

Também é possível visualizar os grandes quintais que abrigavam frondosas árvores frutíferas — combinação que traz uma atmosfera tropical ao conjunto de edificações.

O contraste também ocorre devido à presença de exemplares do modernismo brasileiro, como a clássica Caixa d’água de Olinda.

Esta foi concebida por Luiz Nunes em 1934 e chama a atenção pela grande caixa elevada sobre pilotis. A solidez monolítica do edifício é atenuada com a adição de cobogós em toda a fachada.

3. A influência de uma grande mistura de povos

A arquitetura de Olinda é resultado de diversos acontecimentos históricos. Foi em 1534 que a Coroa portuguesa instituiu o regime de Capitanias Hereditárias.

Nessa época, a Capitania de Pernambuco foi entregue a Duarte Coelho, fidalgo português que tomou posse e desembarcou no local em 9 de março de 1535.

Na cidade, encontrou um sítio com um porto natural formado por arrecifes, terras férteis e água em abundância. A região também era fácil de defender, considerando os padrões militares da época.

Em 16 de fevereiro de 1630 os holandeses invadiram Olinda e conquistaram Pernambuco.

Em 24 de novembro de 1631, depois que se estabeleceram no povoado, retiraram os materiais nobres das edificações para construir casas no Recife. Em seguida, incendiaram a região.

Foi apenas em 27 de janeiro de 1654 que os holandeses foram expulsos. Nesse período, foi iniciado o lento processo de reconstrução da Vila de Olinda. Hoje, é possível ver uma mistura da cultura de Brasil e Portugal no estilo das casas e prédios da cidade.

4. Os cobogós nos muros e varandas

Outro elemento comumente encontrado nas edificações de Olinda é o cobogó. O material é empregado na construção civil como solução para favorecer a entrada da luz e da ventilação natural nos ambientes internos.

Ambiente sala de estar projetado com interseções de cobogós
Ambiente sala de estar projetado com interseções de cobogós

É possível visualizar cobogós em vários projetos da cidade.

Os cobogós são peças vazadas que foram concebidas por três engenheiros em Recife: Amadeu Oliveira Coimbra, Ernest August Boeckmann e Antônio de Góes. Os criadores nomearam os blocos a partir das primeiras sílabas de seus sobrenomes, o que resultou no termo CO + BO + GÓ.

Originalmente, os cobogós eram feitos de argila — solução semelhante ao sistema de peças empregado na arquitetura de países como Marrocos e Índia.

No Brasil, os engenheiros procuraram desenvolver uma versão mais acessível do material, a partir de recursos como cimento e utilizando formas geométricas mais simples.

Inspirado nos muxarabis (elementos árabes de madeira), o cobogó é parte importante da arquitetura de muitas regiões do Nordeste porque ajuda a manter as residências iluminadas e arejadas.

O efeito é obtido sem que os usuários percam a privacidade proporcionada pelos cheios e vazios das peças vazadas.

Os furos das pecinhas encontradas em Olinda lembram frutos redondos e folhas delicadas. Combinados com as linhas curvilíneas ou geométricas dos gradis que protegem algumas propriedades, acabam compondo belíssimos painéis com formas, desenhos e texturas variadas.

5. Os revestimentos utilizados nas construções

As expressões gráficas modulares marcam presença na arquitetura de Olinda.

Prédio em arquitetura tradicional com detalhes em amarelo ouro em Olinda
Prédio em arquitetura tradicional com detalhes em amarelo ouro em Olinda

Além dos gradis e cobogós, também é possível visualizar dois revestimentos bastante comuns: os azulejos e os ladrilhos hidráulicos. Ambos podem ser utilizados para compor painéis, mas também funcionam de modo isolado.

Azulejos

Trazidos por portugueses no período colonial, são peças que protegem a fachada ao mesmo tempo em que refletem o calor.

Casa tradicional com fachada revestida em azulejos com detalhes em azul e branco
Casa tradicional com fachada revestida em azulejos com detalhes em azul e branco

Os azulejos aparecem tanto nos ambientes internos quanto nas paredes externas das construções de Olinda.

Ladrilhos hidráulicos

Outro revestimento bastante empregado nas obras de Olinda é o ladrilho hidráulico. Por ser feito à base de matérias-primas naturais, é considerado um piso de baixo impacto ambiental. Assim como os azulejos, os modelos também apresentam cores e formas diferenciadas.

Depois de prontas, as peças eram colocadas em uma prensa e imersas em água por 24 horas para fazer o processo de cura. Devido à qualidade estética e resistência, eram consideradas ótimas alternativas ao mármore e ao tradicional taco.

Hoje, muitas empresas empregam tecnologia para produzir revestimentos duráveis e inspirados nos padrões de antigas peças. Placas de porcelanato, por exemplo, reproduzem fielmente a aparência e a textura de ladrilhos, azulejos e outros materiais.

Há, inclusive, peças decorativas que exercem a mesma função dos tradicionais cobogós. Vale a pena aproveitar a gama de produtos para compor projetos conceituais e trabalhados a partir das melhores referências.

E então? Ficou com vontade de agendar uma visita para conferir de perto os detalhes da arquitetura de Olinda? Como várias regiões do Brasil, a cidade guarda riquezas que certamente vão enriquecer seus projetos e contribuir com novas ideias.

Se você deseja saber mais sobre a aplicação de revestimentos que simulam outros materiais, confira nosso artigo sobre porcelanato, sua história, evolução e uso na decoração e arquitetura!

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