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A cultura nordestina Ă© bastante diversificada, uma vez que foi influenciada por indĂgenas, africanos e europeus.
Os costumes e tradiçÔes muitas vezes variam de estado para estado.
Tendo sido a primeira regiĂŁo efetivamente colonizada por portugueses, ainda no sĂ©culo XVI, que aĂ encontraram as populaçÔes nativas e foram acompanhados por africanos trazidos como escravos, a cultura nordestina Ă© bastante particular e tĂpica, apesar de extremamente variada.
Sua base Ă© luso-brasileira, com grandes influĂȘncias africanas, em especial na costa de Pernambuco Ă Bahia e no MaranhĂŁo, e amerĂndias, em especial no sertĂŁo semi-ĂĄrido.
A riqueza cultural da regiĂŁo nordeste Ă© visĂvel para alĂ©m de suas manifestaçÔes folclĂłricas e populares.
A cultura nordestina tem caracterĂsticas peculiares que Ă© representada de diversas formas: artesanato, culinĂĄria, mĂșsica, dança, ritmo, literaturam teatro, entre outras.
Veja os vĂdeos sobre “Origem, influĂȘncia e riqueza da cultura nordestina”
Literatura de Cordel
Centro de Artesanato de Pernambuco
Renda de Bilro em Aquiraz
Garafas de Areia Coloridas de Majorlandia
Artesanado de Maragogipinho
CULTURA NORDESTINA Ă COMPOSTA
Veja também Evolução e História das Artes Plåsticas do Nordeste
LITERATURA NORDESTINA
A literatura nordestina tem dado grande contribuição para o cenårio literårio brasileiro, destacando-se nomes como João Cabral de Melo Neto, José de Alencar, Jorge Amado, Nelson Rodrigues, Rachel de Queiroz, Gregório de Matos, Clarice Lispector, Graciliano Ramos, Ferreira Gullar e Manuel Bandeira, dentre muitos outros.
Na literatura na cultura nordestina pode-se citar a literatura popular de cordel que remonta ao perĂodo colonial (a literatura de cordel veio com os portugueses e tem origem na Idade mĂ©dia europeia) e numerosas manifestaçÔes artĂsticas de cunho popular que se manifestam oralmente, tais como os cantadores de repentes e de embolada.
Na mĂșsica erudita, destacaram-se como compositores Alberto Nepomuceno e Paurillo Barroso, assim como o cearense LiduĂno Pitombeira na atualidade, e Eleazar de Carvalho como maestro.
Ritmos e melodias nordestinas tambĂ©m inspiraram compositores como Heitor Villa-Lobos (cuja Bachiana brasileira nÂș 5, por exemplo, em sua segunda parte – Dança do Martelo – alude ao sertĂŁo do Cariri).
MĂSICA POPULAR NORDESTINA
Na mĂșsica popular na cultura nordestina, destacam-se ritmos tais como coco, xaxado, martelo agalopado, samba de roda, baiĂŁo, xote, forrĂł, AxĂ© e frevo, dentre outros ritmos.
O movimento armorial do Recife, inspirado por Ariano Suassuna, fez um trabalho erudito de valorização desta herança rĂtmica popular nordestina (um de seus expoentes mais conhecidos Ă© o cantor AntĂŽnio NĂłbrega).
DANĂA NORDESTINA
A dança na cultura nordestina , destacam-se o maracatu, praticado em diversas partes do Nordeste, o frevo (caracterĂstico de Pernambuco) o bumba-meu-boi, o xaxado, diversas variantes do forrĂł, o tambor-de-crioula (caracterĂstico do MaranhĂŁo), samba de roda etc. As mĂșsicas folclĂłricas quase sempre sĂŁo acompanhadas de danças.
Além das danças, destacam-se também os trajes, como o traje das baianas.
ARTESANATO NORDESTINO
O artesanato na cultura nordestina é também uma parte relevante da produção cultural do Nordeste, sendo inclusive o ganha-pão de milhares de pessoas por toda a região.
Devido Ă variedade regional de tradiçÔes de artesanato, Ă© difĂcil caracterizĂĄ-los todos, mas destacam-se as redes tecidas e, Ă s vezes, bordadas com muitos detalhes; os produtos feitos em argila, madeira (por exemplo, da carnaĂșba, ĂĄrvore tĂpica do sertĂŁo) e couro, com traços bastante particulares; alĂ©m das rendas, que ganharam destaque no artesanato cearense.
Outro destaque sĂŁo as garrafas com imagens feitas manualmente em areia colorida, um artigo produzido para venda para turistas.
No Maranhão, destacam-se artesanatos feitos da fibra do buriti (palmeira), assim como artesanatos e produtos do babaçu (palmeira nativa do Maranhão).
CULINĂRIA NORDESTINA
A culinåria nordestina é variada, refletindo, quase sempre, as condiçÔes econÎmicas e produtivas das diversas paisagens geoeconÎmicas dessa região.
A culinĂĄria nordestina Ă© fortemente influenciada pela suas condiçÔes geogrĂĄficas e econĂŽmicas ao longo da histĂłria, assim como pela antiga mistura das culturas portuguesa, indĂgena e africana, iniciada ainda no sĂ©culo XVI.
As comidas quase sempre tĂȘm como ingredientes produtos vegetais – muitas vezes cultivados pelos Ăndios desde muito antes da colonização portuguesa -, carnes de gado bovino e caprino, peixes e frutos do mar, variando bastante de regiĂŁo para regiĂŁo, de acordo com suas caracterĂsticas peculiares.
Pratos caracterĂsticos da RegiĂŁo Nordeste incluem a a tapioca, o vatapĂĄ, a moqueca (ambos com frutos do mar e azeite-de-dendĂȘ), o baiĂŁo de dois (feito de arroz e feijĂŁo, com diversas variedades, geralmente incluindo tambĂ©m carne seca, queijo coalho, manteiga da terra ou nata), o acarajĂ© (um bolinho de feijĂ”es brancos e cebola fritado no azeite de dendĂȘ recheado com camarĂ”es, pimenta vermelha, tombado pelo Instituto do PatrimĂŽnio HistĂłrico e ArtĂstico Nacional como patrimĂŽnio imaterial em 2004, o mugunzĂĄ (feito de feijĂŁo e milho, sendo doce em algumas ĂĄreas e, em outras, salgado, com lingĂŒiça), caruru (quiabo e castanhas de caju, camarĂ”es, pimenta e alho), iguaria de origem indĂgena adaptado pelos escravos nos engenhos e servido aos orixĂĄs e o sarapatel.
Outras comidas tradicionais são a farofa, a paçoca, a canjica, pamonha, a carne-de-sol, a rapadura, a buchada de bode, oqueijo coalho, o siquilho, o alfinim, a panelada, a maria-isabel o carneiro cozido e a galinha à cabidela.
Um bolo originĂĄrio de Pernambuco, mas que posteriormente espalhou-se pelo paĂs Ă© o bolo de rolo, feito com farinha de trigo e recheado .
No MaranhĂŁo, desenvolveu-se o cuxĂĄ com base em uma erva africana, a vinagreira, recebe ainda o caruru e a lĂngua-de-vaca, outra erva.
A influĂȘncia africana se estende principalmente pela costa de Pernambuco Ă Bahia.
No restante da costa e no interior, hĂĄ menos influĂȘncia da culinĂĄria africana. Na costa, sĂŁo comuns os mariscos, e, em toda a regiĂŁo, as frutas tropicais.
As mais conhecidas são as mangas, mamÔes, goiabas, laranjas, maracujås, abacaxis, fruta-do-conde, e cajus (a fruta e a castanha), mas são muito consumidas também frutas mais exóticas, como o cajå, a seriguela, a cajarana, a pitomba e o buriti.
O pequi é também comum em algumas partes do Nordeste, como no sul do Cearå, e é usado em comidas regionais.
Diversas variedades de doce sĂŁo comumente produzidas a partir dessas frutas tropicais, assim como mousses e bolos.
Frutos do mar e peixes sĂŁo bastante utilizados na culinĂĄria do litoral, enquanto, no sertĂŁo, predominam receitas que utilizam a carne e derivados do gado bovino, caprino e ovino.
Ainda assim, hĂĄ vĂĄrias diferenças regionais, tanto na variedade de pratos quanto em sua forma de preparo (por exemplo, no CearĂĄ, predomina o mugunzĂĄ – tambĂ©m chamado macunzĂĄ ou mucunzĂĄ – salgado, enquanto, em Pernambuco, predomina o doce).
Na Bahia os principais destaques sĂŁo as comidas feitas com azeite de dendĂȘ e com camarĂŁo, como as moquecas, o vatapĂĄ, o acarajĂ© e os bobĂłs; porĂ©m nĂŁo sĂŁo menos apreciadas comidas acompanhadas de pirĂŁo como mocotĂł e rabada e doces como a cocada.
No MaranhĂŁo, destacam-se o cuxĂĄ, o arroz de cuxĂĄ, o bobĂł, o peixe pedra e a torta de camarĂŁo, bem ao estilo maranhense.
Também no Maranhão se destaca o refrigerante Jesus ou Guaranå Jesus que é patrimÎnio maranhense.
JĂĄ o bolo-de-rolo Ă© patrimĂŽnio imaterial de Pernambuco.
Algumas comidas tĂpicas da cozinha nordestina sĂŁo: o baiĂŁo-de-dois, a carne-de-sol, o queijo de coalho, o vatapĂĄ, o acarajĂ©, a panelada e a buchada, a canjica, o feijĂŁo e arroz de coco, o feijĂŁo verde e o sururu, assim como vĂĄrios doces feitos de mamĂŁo, abĂłbora, laranja, etc.
Algumas frutas regionais – nĂŁo necessariamente nativas da regiĂŁo – sĂŁo a ciriguela, o cajĂĄ, o buriti, a cajarana, o umbu, a macaĂșba, as frutas maranhenses juçara, bacuri, cupuaçu, buriti, murici e a pitomba, alĂ©m de outras tambĂ©m comuns em outras regiĂ”es.
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Origem, influĂȘncia e riqueza da cultura nordestina
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