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Parque dos Falcões é um parque dedicado a aves de rapina é atração de Itabaiana, em Sergipe.
Falcões, gaviões, carcarás e corujas passam por reabilitação no local.
Na Serra de Itabaiana, turistas visitam cachoeiras e fazem trilhas na mata.
Quem escolher Sergipe como roteiro turístico não pode deixar de conhecer Itabaiana, município localizado a 58 quilômetros de Aracaju, no sertão do Estado.
A região conta com serras, cachoeiras, poços, grutas e rios, sendo muito indicada para quem gosta de ecoturismo, admirar a natureza e praticar esportes radicais.
“Em Itabaiana é possível encontrar diversos roteiros de ecoturismo. A Serra de Itabaiana possui diversas espécies de plantas, trilhas, faunas, além do Poço das Moças e do Parque dos Falcões.
Os moradores do município são muito hospitaleiros e estão aguardando a visita dos turistas que, depois de conhecer as belezas naturais, têm que experimentar o churrasco mais gostoso do Brasil”, convida o guia de turismo Marcos Mota.
Parque dos Falcões
Na entrada da Serra de Itabaiana está localizado o Parque dos Falcões. Seu fundador, José Percílio, possui uma relação de amor e carinho com as aves que cria e recupera: falcões, gaviões, carcarás e corujas.
O parque é um dos poucos locais do país com autorização do Ibama para a criação dessas aves em cativeiro.
Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.
“É a primeira vez que venho ao parque e amei esse contato com a natureza. Um trabalho realizado com muito amor e dedicação, a luta pela preservação ambiental deve ser de todos. Volto para o Sul divulgando esse lugar encantador”, elogia Ademilson dos Santos, que mora em Curitiba.
A relação entre Percílio com as aves começou na década de 1980, quando ele encontrou uma ave carcará morta perto da sua casa, ficou sensibilizado com a situação e tentou reanimá-la.
Depois, percebeu que havia um ovo dentro da barriga da ave. Percílio retirou o ovo e, depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo.
Hoje, Tito tem 27 anos e Percílio, que tem 34 anos, cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, pombos, patos e galinhas.
“Quando encontrei a ave morta, eu pensei que fosse um pato e fiquei muito triste com a sua morte, mas feliz ao encontrar um ovo dentro dela. Tito nasceu no dia 25 de agosto de 1984, data em que completei 7 anos. Ele foi o meu presente de aniversário”, recorda.
O amante das aves revela que através de Tito aprendeu a se comunicar com as aves. “A gente foi se conhecendo e eu aprendi que ele me dava de volta tudo o que eu lhe oferecia, se eu dava carinho, ele retribuía. A gente colhe tudo o que planta.
As aves são muito inteligentes e sensíveis. É uma relação de amizade e respeito. Abri mão da minha vida para cuidar dos animais. Vivo por eles”.
Ao som do apito ou da própria voz do treinador, as aves simulam ataques a presas imaginárias. Cada ave realiza um treinamento individualizado, levando em consideração tanto as habilidades de cada espécie quanto as necessidades e os objetivos traçados para cada indivíduo.
Muitas aves chegam ao parque machucadas e recebem toda atenção de Percílio. O parque tem conseguido resultados excepcionais de reprodução em cativeiro. Os filhotes são treinados, usados em filmes e muitos são inseridos na natureza.
O Parque dos Falcões é aberto ao público das 8h às 11h e das 13h às 16h.
História do Parque dos Falcões
A aproximadamente 45 Km de Aracaju, localizado aos pés da Serra de Itabaina-SE, o Parque dos Falcões foi construído através do trabalho e esforço de dois sonhadores, José Percílio e Alexandre Correia.
Alexandre tornou-se “cúmplice” de Percílio no ano de 1999, mas a história do Instituto começou ainda na infância do fundador. Aos 7 anos, Percílio ganhou um ovo de Carcará (Caracara plancus) e depois de 28 dias sendo chocado por uma galinha, nasceu Tito, seu primeiro grande amigo. Hoje, Tito tem 27 anos e o Instituto cuida de mais de 300 aves, entre gaviões, falcões, corujas, socós-boi, pombos, etc.
Já conhecido por muitos turistas, estudantes, biólogos, e pesquisadores brasileiros e estrangeiros, o Instituto é um dos poucos locais do país com autorização do IBAMA para a criação dessas aves em cativeiro.
Com o objetivo de proteger as espécies de aves de rapina que habitam o céu brasileiro, o Parque dos Falcões tornou-se uma referência mundial no manejo, reprodução e reabilitação desses animais, acumulando um grande conhecimento sobre o seu comportamento.
Serra de Itabaiana
Outra atração da cidade é o Parque Nacional da Serra de Itabaiana, que reúne ecossistemas de mata atlântica e de caatinga, além de ser uma rica reserva hídrica com cachoeiras que favorece o ecoturismo.
O parque de Serra de Itabaiana possui uma área de 7.966 hectares e é administrado pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio).
A serra nos oferece mais de 12 trilhas diferentes passando por rios, cachoeiras, piscinas naturais e penhascos. Sua região abrange: poço das moças, via sacra, gruta da serra, caldeirão e o famoso parque dos falcões.
Para aqueles que curtem um bom esporte ao ar livre o ideal é realizar a trilha que segue pela região conhecida como “Caldeirão”, onde o acesso se dá pelo Povoado Rio das Pedras.
“O visual é maravilhoso. Essa trilha em especial é muito bacana, pois vamos subindo seguindo as margens do riacho que nasce lá no topo da serra.
Durante a caminhada passamos por diversas cachoeiras, que são um atrativo à parte, além de fazermos a escalada pelos paredões de pedras. Muitas vezes meu grupo chegava a acampar durante dias na região.
O melhor mesmo é fazer a trilha, aproveitar todas as belezas naturais e retornar à civilização”, destacou o aventureiro, que costuma chegar ao topo da serra para contemplar a vista.
Além da beleza natural da vegetação e das cachoeiras, a fauna da região pode ser apreciada facilmente.
“Há muitos lagartos típicos dessa área, algumas espécies de cobras que felizmente nunca cruzaram nosso caminho, gaviões que fazem seus voos cruzando a serra, diversos pássaros, além de raposas, jaguatiricas e guaxinins”, disse.
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