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Passeios de barco na grande João Pessoa incluem mergulhos, piscinas naturais e passeio com riqueza histórica.
Nas praias da grande João Pessoa, são oferecidos passeios náuticos para todos os públicos e idades.
Tem opções para os amantes de mergulho, piscinas naturais e até mesmo para quem curte passeio com conteúdo histórico.

A dica principal em relação aos passeios – vale para outros destinos no Nordeste – é sempre prestar atenção na tábua de maré. As semanas de lua cheia e lua nova são as melhores para fazer passeios que dependam da maré baixa.
As piscinas naturais de Picãozinho, na frente da Praia de Tambaú, são ótimas para um mergulho e para observar peixinhos.
Na maré baixa chegam vários barcos à Ilha e, conforme a maré vai subindo, os barcos voltam para a praia.
Vídeos – Passeios de Barco e Mergulho na Costa de João Pessoa
Piscinas naturais de Picãozinho em João Pessoa03:06
Piscinas naturais do Seixas em João Pessoa03:48
Ilha de Areia Vermelha na Paraíba04:55
Naufrágio do Navio Queimado02:09
MERGULHO NO QUEIMADO E ALVARENGA EM JOÃO PESSOA01:41
Passeios de Barco e Mergulho na Costa de João Pessoa PB
- Piscinas naturais de Picãozinho
- Piscinas naturais do Seixas
- Ilha de Areia Vermelha
- Naufrágio do Navio Alvarenga
- Naufrágio do Navio Queimado
- Naufrágio do Navio Alice
1. Passeios de Barco nas Piscinas naturais de Picãozinho
Passeio nas piscinas naturais de Picãozinho, arrecife de corais, com aproximadamente o tamanho de um campo de futebol, localizado a 2 km da costa na praia de Tambaú, nas marés baixas formam um verdadeiro aquário marinho com piscinas de águas mornas e cristalinas, onde podemos alimentar e mergulhar com os peixinhos coloridos, bom também para mergulhadores, com piscinas que variam de 1 a 3 metros de profundidade.
Com duração de quatro horas, o passeio marítimo para Picãozinho, que fica a 2 quilômetros da costa da praia de Tambaú, é um dos mais procurados pelos turistas.
As embarcações, que têm saída próximo ao Hotel Tambaú, levam em média 15 minutos para chegar ao local. Vale lembrar que a visita às piscinas só é possível se a maré estiver baixa.
Picãozinho é explorado turisticamente desde 1980.
O passeio tem destaque pela beleza natural, água morna e cristalina, a formação dos recifes na maré baixa, além do contato com diferentes espécies de peixes, algas e corais, através do mergulho.
Além disso, os visitantes podem pegar boias emprestadas e encomendar fotos subaquáticas.
Os barcos também funcionam como restaurantes aquáticos.
No entanto, os visitantes só podem consumir as comidas dentro da embarcação, já que é proibido ir para a água com qualquer tipo de alimento.
2. Passeios de Barco nas Piscinas Naturais do Seixas
Passeio as piscinas naturais mais orientais das américas, localizadas a 800 metros da Praia da Penha.
As saídas ocorrem nas marés baixas, partindo do restaurante MUXIMA na Praia da Penha até chegarmos à um dos mais belos ecossistemas recifais do Brasil, com suas águas mornas e cristalinas com piscinas que variam de 1 a 3 metros de profundidade.
Ideais para banho nas piscinas e excelente para mergulho. O passeio dura em média 2,5h e a travessia de 15 min.
Os corais que ficam visíveis com a maré baixa ficam localizados a 500 metros da costa da praia do Seixas.
O local, também conhecido como “Caribe Brasileiro”, é o destino de mergulhadores e turistas que buscam tranquilidade, beleza e o contato com espécies marítimas.
Ao contrário de Picãozinho, as piscinas do Seixas são bem maiores e é possível a parada das embarcações dentro delas. “O turista já pode descer com a água na cintura”, afirma o empresário Leonardo Guedes, que trabalha com passeios náuticos.
3. Passeios de Barco nas Ilha de Areia Vermelha
Passeio de barco para um banco de areia que emerge na maré baixa, embarcando no antigo Bar do MARCÃO na praia do Poço, já no município de Cabedelo.
Os catamarãs fazem a travessia em 15 minutos até a ilha de areia avermelhada, localizado a 800 metros da praia, onde se formam piscinas de águas claras boas para banho. O passeio dura em torno de 3 horas.
A ilha de Areia Vermelha fica localizada na praia do Poço, em Cabedelo, na Grande João Pessoa.
O local é um destino que combina com diferentes programas, dependendo da época.
Os visitantes podem desfrutar de um paraíso isolado com águas calmas, como também fazer um programa mais animado, já que a ilha concentra a maior parte da frota de jet skis e de barcos do litoral paraibano.
A ilha é um banco de areia temporário que só aparece durante a maré baixa, de no máximo 0,4m, quando a areia fica à mostra.
Com marés muito altas, a visitação fica inviável.
O ponto turístico faz parte do Parque Estadual Marinho de Areia Vermelha e pode ser visitado de barco, jet ski ou catamarã e dura cerca de três horas, dependendo do tempo de estadia na ilha.
A ilha proporciona uma bela vista do Oceano Atlântico e da costa paraibana com o conforto de mesas próximas ao mar e de bares flutuantes que atendem aos visitantes de Areia Vermelha.
4. Mergulho nos Navios Naufragados na costa de João Pessoa
Além da rica fauna marinha, o litoral paraibano também esconde grande riqueza histórica embaixo das águas, que podem ser exploradas através de mergulhos.
Várias operadoras de mergulho em João Pessoa oferecem passeios e expedições aos naufrágios. Elas fornecem todo o equipamento necessário, incluindo cilindros de ar, reguladores, roupas de mergulho e orientações detalhadas para garantir um mergulho seguro e agradável.
Operadoras de Mergulho oferecem 3 passeios nos Navios naufragados:
- Naufrágio do Navio Alvarenga
- Naufrágio do Navio Queimado
- Naufrágio do Navio Alice
O passeio tem saída da base de mergulho que fica localizada em Camboinha, em Cabedelo, na Grande João Pessoa.
Dois dos navios ficam localizados na linha da ponta do bairro do Bessa e outro fica na linha do Mag Shopping, em Manaíra. A embarcação mais distante fica em torno de 9 km da costa de João Pessoa.
Os navios configuram um enorme patrimônio biológico servindo de abrigo e refúgio para grande diversidade de espécies incluindo tartarugas, tubarões lixa, raias, peixes, crustáceos e corais.
4.1. Naufrágio do Navio Alvarenga
O Alvarenga é um dos naufrágios mais populares para mergulho em João Pessoa. Localizado a cerca de 7 km da costa, esse navio afundou na década de 1950 e, desde então, se transformou em um recife artificial.
A profundidade varia entre 14 e 18 metros, tornando-o acessível para mergulhadores de nível intermediário a avançado.
As alvarengas estavam incumbidas tipicamente de duas funções na navegação do início até a metáde do século XX.
Primeiramente, transportavam cargas até navios que não podiam, devido ao calado ou a disposição de vagas, encostar nos portos (o Brasil era muito pobre em portos até o meio do século 20), além disso, muitas alvarengas eram rebocadas por navios, complementando uma determinada carga em viagens de cabotagem, isto ocorria devido a também pouca disponibilidade de vapores no início da navegação brasileira.
Sabe-se muito pouco deste naufrágio, aparentemente afundou devido a fortes ondas, quando era rebocado e direção a portos do norte.
4.2. Naufrágio do Navio Queimado
Este é outro ponto de naufrágio popular, situado a cerca de 5 km da costa. O navio está a uma profundidade de aproximadamente 18 metros. A área ao redor do naufrágio é rica em vida marinha, incluindo corais, peixes coloridos e outros organismos marinhos.
Construído para American SS Co. 1867, foi vendido a Nathaniel Winsor em 1868 e posteriormente foi vendido ao Brasil ( U.S. & Brazil Mail SS Co. em 1871.
O navio era utilizado no serviço postal entre os dois países.
Durante sua segunda viagem, quando seguia do Rio de Janeiro para os Estados Unidos após passar pelo porto de Recife, pegou fogo por razoes desconhecidas no início da noite, acabando por afundar as duas horas da madrugada a 12 milhas da costa da praia de Tambaú.
Os pescadores de região, ao verem o forte clarão no horizonte deslocaram-se para lá em 6 jangadas, encontrando um grande vapor em chamas e em 81 pessoas em 8 escaleres toda a tripulação e passageiros foram salvos.
4.3. Naufrágio do Navio Alice
Esse naufrágio é menos conhecido, mas igualmente interessante. Está a uma profundidade de 14 metros e é adequado para mergulhadores intermediários. A estrutura do navio está relativamente intacta, oferecendo oportunidades incríveis para exploração subaquática e fotografia.
O vapor Alice de 840 toneladas deixou o porto de Recife, PE. no dia 25 de junho de 1899 com destino a Mossoró no Rio Grande do Norte onde foi carregado de sal destinado à companhia de Salinas, com sede no Rio de Janeiro.
Já a caminho da capital escalou na Paraíba onde recebeu duas mil sacas de algodão
No final do dia 19 de agosto deixou o porto da Paraíba com destino ao sul.
Logo depois de transpor a barra, o vapor começou a encher água e os esforços, comandados pelo capitão Sr. Francelino Duarte, não surtiram efeito.
Diante da impossibilidade de esgotar a água do navio, que entrava em grande proporção, foi dada ordem de guinar. A intenção era volta ao porto e caso não fosse possível imbicar o vapor na praia.
Porém, já não havia mais tempo para o Alice. A cerca de 4 milhas ao sul da barra e a 3,5 milhas da praia do Bessa em João Pessoa, o Alice afundava com a proa voltada para terra.
Quando não havia mais esperanças de salvar o navio, o comandante e a tripulação passaram aos botes e atingiram em segurança o porto de Cabedelo, PB. no meio do dia 20.
O casco da embarcação assentou no fundo a 14 metros de profundidade permanecendo apenas com os mastros e as vergas fora da água.
Segundo alguns autores, porém sem comprovação documental, o Alice foi lançado ao mar com o nome de Mariana em 10.10.1866 para a firma Francisco Gustavo de Oliveira Roxo e João Domingos de Oliveira.
O vapor foi fretado pelo governo brasileiro para transportar tropas brasileiras na guerra contra o tirano do Paraguai.
A 30 de março de 1869, nele embarcou o príncipe imperial Gastão de Orleans (Conde d’Eu), para assumir o comando em chefe do exército brasileiro.
Chegou a Montevidéu em 5 de abril de 1869.
Sobre as condições em que ocorreu o naufrágio; existem diversas versões intrigantes, mas ainda nenhum relato com confirmação de fontes primárias. Profundidade de 7 a 14 metros
Guia de Turístico do Nordeste