Quixadá é o melhor lugar da América Latina para voo de parapente e asa-delta

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Lago dos Monólitos com vista da Pedra do Cruzeiro
Lago dos Monólitos com vista da Pedra do Cruzeiro

Quixadá é um município do Ceará e esta a 175 km de Fortaleza, pertence a Mesorregião dos Sertões Cearenses e à microrregião do Sertão de Quixeramobim. É a maior do sertão central, com uma população de 100.000 habitantes.

Quixadá é conhecida como cidade universitária do sertão central, no ano de 2014 consta com seis instituições de ensino superior, públicas e privadas. Entre elas campus da Universidade Federal do Ceará e Universidade Estadual do Ceará.

Uma de suas características mais marcantes de Quixadá são formações rochosas, os monólitos, nos mais diversos formatos que “quebram” a aparente monotonia da paisagem sertaneja.

Quixadá também é conhecida por ser a terra de escritores como Jáder de Carvalho e Rachel de Queiroz que, apesar de ter nascido em Fortaleza, a capital do Ceará, possuía uma relação muito forte com a cidade, visitando-a constantemente, quando se hospedava em sua Fazenda Não Me Deixes, que herdou de seu pai, Daniel de Queiroz.

Guia de turismo de Quixadá no Ceará

O mais famoso dos monólitos tem a forma de uma galinha e ficou conhecido por Galinha Choca. A pedra é o cartão postal da cidade e pode ser vista de qualquer ponto da cidade.

Quixadá no Ceará
Quixadá no Ceará

Entre as trilhas ecológicas mais conhecidas da região destacam-se a Trilha do Boqueirão (Fazenda Reduto), a Trilha Cabeça do Gigante (Fazenda Santa Fé), a Trilha da Barriguda (Fazenda Magé) e a Trilha das Andorinhas (Fazenda Junco).

Embora pouco explorado, o município apresenta grande potencial turístico, especialmente para o ecoturismo devido à beleza de suas paisagens, além para a prática de esportes radicais como voo livre (parapente e asa-delta), off-road, trekking, orientação, montanhismo e rapel.

O que fazer em Quixadá 

Açude do Cedro

É uma das formações – uma obra de combate à seca projetada por Dom Pedro II. Andando pelo paredão o turista avista a mais curiosa das pedras: a “galinha choca”. Além de despertar a imaginação, os monólitos oferecem ação. O visitante pode passar um dia inteiro escalando e se lançando no rapel.

Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão

É um templo católico situado a 12 km do centro da cidade de Quixadá, no estado do Ceará. Fica a cerca de 550 m de altitude, no Morro do Urucu.

No caminho a Via Sacra, com esculturas em tamanho real que conduzem o visitante até o santuário de Nossa Senhora Imaculada.

Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão
Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão

No interior do Santuário de Nossa Senhora Imaculada Rainha do Sertão existem painéis com a imagens da Virgem Maria com o nome no qual é venerada em vinte e sete países latino-americanos.

Com um clima agradável, dispõe de gruta, restaurante (de onde se tem uma vista dos monólitos, lagoas e vegetação local), hotel, auditório e livraria. Próximo ao Santuário existem ainda trilhas para trekking e rampas para voo livre de parapente e asa-delta.

Na subida da serra, pode-se acompanhar estações religiosas, com estátuas de 1,80 m de altura, retratando a Paixão e Ressurreição de Cristo.

O santuário tornou-se ponto de romaria de fiéis cearenses e de outros estados. Todos os fins de semana, devotos e visitantes visitam o local que também tem uma capela para orações, área própria para retiros religiosos e restaurante. Os meses de maior visitação, além do mês de fevereiro dedicado às festividades da Virgem Maria, há um grande número de visitantes nos meses de maio, julho e dezembro.

Serra do Estevão

Esta localizada a 12 km de Quixadá, o lugar é um paraíso coberto de vegetação a 400 metros de altitude. Estando lá, não deixe de conhecer a Capela de Nossa Senhora da Conceição, construída em 1903 em estilo barroco. A serra também abriga outro ponto turístico da região, o Mosteiro da Santa Cruz, também construído em 1903, em estilo colonial.

Pedra da Galinha Choca

O monólito mais famoso da cidade. Segundo a lenda, ela seria a mãe de todas as outras pedras e já teria mudado de localização.

Pedra do Cruzeiro

Localizada no centro da cidade e a Pedra Falante, ou Faladeira – assim conhecida por reproduzir as vozes emitidas no seu sopé.

Artesanato da Região

Em tecelagem, trançado, couro e renda.

Açude do Cedro

O sétimo maior reservatório de água do Ceará. Dispõe de locais para banho, pesca de barco e para prática de esportes náuticos.

Banabuiú

A pouco mais de 50 km, no município vizinho de Banabuiú, a atração radical fica por conta das águas.

A vazão permanente do açude Banabuiú que abastece a cidade forma o véu de noiva: uma oportunidade para o turista que quer desafiar as corredeiras do rio. Quem já tem experiência pode levar o caiaque até bem perto da cascata artificial.

Culinária Regional

Carne de cordeiro no prato principal e, para sobremesa uma versão sertaneja do petit gateau. “No sertão sempre se usou a cocada. E aqui nós desenvolvemos uma cocada de forno e servimos a cocada na própria quenga. Ela vai quente e vai com sorvete que, aqui, nós chamamos o petit gateau do matuto”.

Biografia de Rachel de Queiroz

Rachel de Queiroz (1910-2003) foi uma escritora brasileira. A primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, eleita para a cadeira nº 5, em 1977. Foi também jornalista, romancista, cronista, tradutora e teatróloga. Integrou o quadro de Sócios Efetivos da Academia Cearense de Letras.

Seu primeiro romance “O Quinze”, ganhou o prêmio da Fundação Graça Aranha. O “Memorial de Maria Moura” foi transformado em minissérie para televisão e apresentado em vários países.

Rachel de Queiroz (1910-2003) nasceu, em Fortaleza, capital do Ceará, em 17 de novembro de 1910. Filha de Daniel de Queiroz Lima e Clotilde Franklin de Queiroz, descendente pelo lado materno da família de José de Alencar.

Em 1917, foi para o Rio de Janeiro, junto com a família, que procurava fugir da seca que desde 1915 atingia a região. Mais tarde a romancista iria aproveitar o tema para escrever seu primeiro livro “O Quinze”. Pouco tempo depois, seguiram para Belém do Pará, onde passaram dois anos.

De volta à Fortaleza, ingressou no Colégio Imaculada Conceição, diplomando-se professora, em 1925. Estreou no jornalismo em 1927, no Jornal “O Ceará”, com o pseudônimo de Rita de Queluz, publicando uma carta ironizando o concurso Rainha dos Estudantes.

Em fins de 1930, com vinte anos apenas, projetava-se na vida literária do país, através da publicação do romance “O Quinze”, uma obra de fundo social, profundamente realista na sua dramática exposição da luta secular de um povo contra a miséria e a seca. O livro foi editado em apenas mil exemplares e já mostrava as características que marcariam toda sua obra. A consagração veio com o Prêmio da Fundação Graça Aranha, em 1931.

Em 1932, publicou um novo romance, intitulado “João Miguel”. Em 1937, retornou com “Caminho de Pedras”. Dois anos depois, conquistou o prêmio da Sociedade Felipe d’Oliveira, com o romance “As Três Marias”. No Rio, onde residia desde 1939, colaborou no “Diário de Notícias”, na revista “O Cruzeiro” e no “O Jornal”.

Rachel de Queiroz publicou mais de duas mil crônicas, que resultou na edição dos livros: “A Donzela e a Moura Torta”, “100 Crônicas Escolhidas”, “O Brasileiro Perplexo, “O Caçador de Tatu” e “Cenas Brasileiras”

Em 1950, publicou em folhetins, na revista O Cruzeiro, o romance “O Galo de Ouro”. Tem duas peças de teatro, “Lampião”, escrita em 1953, e “A Beata Maria do Egito”, de 1958, laureada com o prêmio de teatro do Instituto Nacional do Livro. No campo da literatura infantil, escreveu o livro “O Menino Mágico”, a pedido de Lúcia Benedetti. O livro surgiu, entretanto, das histórias que inventava para os netos.

Rachel de Queiroz traduziu para o português mais de quarenta obras. O presidente da República, Jânio Quadros, a convidou para ocupar o cargo de Ministra da Educação, que foi recusado. Na época, justificando sua decisão, teria dito: “Sou apenas jornalista e gostaria de continuar sendo apenas jornalista.”

Foi membro do Conselho Estadual de Cultura do Ceará. Participou da 21ª Sessão da Assembleia Geral da ONU, em 1966, onde serviu como delegada do Brasil, trabalhando especialmente na Comissão dos Direitos do Homem.

Foi membro do Conselho Federal de Cultura desde a sua fundação em 1967, até sua extinção em 1989. Foi a primeira mulher a entrar para a Academia Brasileira de Letras, ocupando a cadeira nº 5, em 4 de agosto de 1977. Integrou o quadro de sócios Efetivos da Academia Cearense de Letras. Foi sócia honorária da Academia Sobralense de Estudos e Letras e da Academia Municipalista do Estado do Ceará.

Em 1985, foi inaugurada em Ramat-Gau, Tel Aviv (Israel), a creche “Casa de Rachel de Queiroz”, sendo Rachel de Queiroz, a única escritora brasileira a contar com essa honraria naquele País. Colaborou semanalmente no jornal O Povo, de Fortaleza e desde 1988, iniciou colaboração semanal no jornal O Estado de São Paulo e no Diário de Pernambuco.

Rachel de Queiroz faleceu em sua casa no Rio de Janeiro, de um ataque cardíaco, no dia 4 de novembro de 2003.

Obras de Rachel de Queiroz

O Quinze, 1930
João Miguel, 1932
Caminho de Pedras, 1937
As Três Marias, 1939
A Donzela e a Moura Torta, 1948
O Galo de Ouro, 1950, folhetins na revista O Cruzeiro
Lampião, 1953
A Beata Maria do Egito, 1958
100 Crônicas escolhidas, 1958
O Brasileiro Perplexo, 1964
O Caçador de Tatu, 1967
O Menino Mágico, 1969
Dora Doralina, 1975
As Menininhas e Outras Crônicas, 1976
O Jogador de Sinuca e Mais Historinhas, 1980
Cafute e Pena-de-Prata, 1986
Memorial de Maria Moura, 1992
Nosso Ceará, 1997
Tantos Anos, 1998
Três Romances, 1948
Quatro Romances, 1960

Guia de Turismo e Viagem de Quixadá no Ceará

2 Comments

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