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Rei Momo, Pierrô, Arlequim e Colombina são os personagens mais conhecidos e tradicionais do carnaval e estão presentes nas festas e nas marchinhas.
Os trajes multicoloridos dessas figuras deram origem às fantasias usadas nos bailes de carnaval e são alguns dos ingredientes da alegria dessa festa popular.
PERSONAGENS DO CARNAVAL
1. REI MOMO
Rei Momo é a figura de um homem gordo, sorridente e carismatico símbolo do carnaval brasileiro. Existem diversos mitos de como ele chegou no Brasil e se tornou um personagem importante do Folclore Brasil em época de carnaval.
Filho do Sono e da Noite, ocupava-se unicamente em examinar as ações dos deuses e dos homens, e chegava mesmo a repreendê-los. Considerado como deus da Graciosidade, tinha caráter muito jocoso.
Era representado com uma máscara numa mão e na outra uma figura ridícula para dar a entender que tira a máscara aos vícios dos homens e ri da sua loucura. Foi eleito juiz das obras de Neptuno, de Vulcano e de Minerva: nenhuma achou perfeita.
Vituperou Neptuno porque, compondo um touro, não lhe pôs chavelhos.
Criticou o homem forjado por Vulcano, por não lhe ter feito uma janela no coração para lhe ver os seus secretos pensamentos. Censurou a casa que Minerva edificou, porque a não podia mudar de um lugar para outro. Segundo a Mitologia Greco-Romana.
Ator que representava nas farsas populares do antigo teatro. Originário dos bobos encarregados de divertir os amos e senhores Portugueses que habitavam os paços reais e as residências nobres com mímicas e farsas populares.
2. ARLEQUIM
Personagem da antiga comédia italiana commedia dell’arte de traje multicolor, feito em geral de losangos, que tinha a função de divertir o público, nos intervalos, com chistes e bufonadas, foi posteriormente incorporado como um dos personagens nas peripécias das comédias, transformando-se numa de suas mais importantes personagens.
Amante da Colombina. Farsante, truão, fanfarrão, brigão, amante, cínico.
3. COLOMBINA
Principal personagem feminina da commedia dell’arte, amante do Arlequim e companheira do Pierrô. Namoradeira, alegre, fútil, bela, esperta, sedutora e volúvel. Vestia-se de seda ou cetim branco, saia curta e usava um bonezinho.
4. PIERRÔ
Personagem também originário da commédia dell’arte, ingênuo e sentimental. Usava como indumentária calça e casaco muito amplos, ornada com pompons e de grande gola franzida.
Quem são o Pierrô, o Arlequim e a Colombina?
Conheça a origem de três dos principais personagens do Carnaval – que apareceram pela primeira vez em uma sátira de costumes muito popular na Itália.
São personagens de um estilo teatral conhecido como Commedia dell’Arte, nascido na Itália do século 16.
Integrantes de uma trama cheia de sátira social, os três papéis representam serviçais envolvidos em um triângulo amoroso: Pierrô ama Colombina, que ama Arlequim, que, por sua vez, também deseja Colombina.
O estilo surgiu como alternativa à chamada Commedia Erudita, de inspiração literária, que apresentava atores falando em latim, naquela época uma língua já inacessível à maioria das pessoas.
Assim, a história do trio enamorado sempre foi um autêntico entretenimento popular, de origem influenciada pelas brincadeiras de Carnaval.
Apresentadas nas ruas e praças das cidades italianas, as histórias encenadas ironizavam a vida e os costumes dos poderosos de então. Para isso, entravam em cena muitos outros personagens, além dos três mais famosos.
Do lado dos patrões, por exemplo, havia um comerciante extremamente avarento (chamado Pantaleão), um intelectual pomposo (o Doutor) e um oficial covarde, mas metido a valentão (o Capitão).
Outros personagens típicos eram o casal Isabella e Orácio (em geral, filhos de patrões) e outros serviçais.
Apesar de obedecerem a um enredo predefinido, as peças tinham a improvisação como ingrediente principal, exigindo grande disciplina e talento cômico dos atores, que precisavam responder rapidamente às novas piadas e situações criadas pelo colegas.
“Até hoje, a Commedia dell’Arte é um método de grande riqueza para o aprendizado e o treinamento do ator”, afirma a atriz Tiche Vianna, formada pela Escola de Arte Dramática da Universidade de São Paulo (USP), com especialização em Commedia dell’Arte pela Universidade de Bolonha e Florença, na Itália. Um detalhe interessante é que sempre havia, no meio do espetáculo, um intervalo chamado lazzo, que podia ter mais comédia, apresentar acrobacias ou sátiras políticas sem qualquer relação com o enredo.
Terminado o lazzo, a história continuava do ponto em que havia sido interrompida. Com esse estilo único, a Commedia dell’Arte influenciou a arte dramática de toda a Europa.
Intriga amorosa e sátira social eram os pratos principais da antiga comédia italiana
1. Pierrô
Seu nome original era Pedrolino, mas foi batizado, na França do século 19, como
Pierrot e assim ganhou o mundo. O mais pobre dos personagens serviçais, vestia roupas feitas de sacos de farinha, tinha o rosto pintado de branco e não usava máscara.
Vivia sofrendo e suspirando de amor pela Colombina. Por isso, era a vítima preferida das piadas em cena. Não foi à toa que sua atitude, sua vestimenta e sua maquiagem influenciaram todos os palhaços de circo
2. Pantaleão
O mais conhecido dos personagens patrões, que representavam a elite da sociedade italiana nas histórias da Commedia dell’Arte, Pantaleão (também chamado de “O Velho”) era um “mercador de Veneza” (expressão que deu título a uma peça de Shakespeare). Tirano avarento e galanteador desajeitado, era alvo constante das gozações dos servos e de outros personagens da trama
3. Arlequim
Também servo de Pantaleão, Arlequim era um espertalhão preguiçoso e insolente, que tentava convencer a todos da sua ingenuidade e estupidez. Depois de entrar em cena saltitando, deslocava-se pelo palco com passos de dança e um grande repertório de movimentos acrobáticos.
Debochado, adorava pregar peças nos outros personagens e depois usava sua agilidade para escapar das confusões criadas. Outra de suas marcas-registradas era a roupa de losangos
4. Colombina
Criada de uma filha do patrão Pantaleão, mas tão bela e refinada quanto sua ama, Colombina era também o pivô de um triângulo amoroso que ficaria famoso no mundo todo – de um lado, o apaixonado Pierrô; do outro, o malandro Arlequim. Para despertar o amor desse último, a romântica serviçal cantava e dançava graciosamente nos espetáculos
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