Ritmo do Candomblé na Bahia

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Cerimonia de Candomble
Cerimonia de Candomble

No candomblé a música tem como papel primordial à invocação aos orixás, servindo como intermediário entre os homens e os deuses.

Na Bahia de Todos Os Deuses, com seus trajes pomposos, turbantes (torços), panos da costa, batas (blusa comprida e solta), saias rodadas (brancas ou de estamparia colorida) com muitas anáguas rendadas e engomadas, pulseiras e colares na cor do seu orixá, as negras de ganho criaram um tipo físico que se tornou tradicional.

O trio de tambores, Run, o maior, Rumpi, o médio, e Lé, o menor, sao tratados pelos adeptos como verdadeiros deuses. Recebem oferendas e reverências.

Ritmo do Candomblé

Não são tambores comuns ou, como se diz, ali, tambores ‘pagãos’; foram batizados na presença de padrinho e madrinha, foram aspergidos de água benta trazida da igreja, receberam um nome, e o sírio aceso diante deles consumiu-se até o fim.

E, principalmente, comeram ‘e comem’ todos os anos azeite de dendê, mel, água benta e o sangue de uma galinha (não se lhes oferece nunca ‘animais de quatro patas’) cuja cabeça foi arrancada pelo Babalorixá em cima do corpo do instrumento inclinado.

Estes instrumentos são indispensáveis para o culto, pois, apenas através da música, ocorrem as incorporações. Os instrumentos se comunicam diretamente com os orixás clamando pelo seu retorno a terra.

Além dos atabaques são utilizados os aguidavi (varetas de madeira ainda verdes), com os quais os atabaques são tocados, e o agogô (sino de metal, algumas vezes simples, outras duplo), que é tocado com uma vareta de metal, este último responsável pela marcação do ritmo.

A forma de tocar os atabaques varia de acordo com as nações do candomblé. Por exemplo, enquanto os terrenos de nação angola utilizam as mãos, os terreiros de nação Ketu utiliza os aguidavis.

Cada Orixá possui ritmos próprios, que refletem sua natureza.

Dentre os toques mais conhecidos do candomblé destaca-se: Ajagun, toque guerreiro próprio de Ogun; alujá, ritmo típico de Xangô; agueré, toque dos caçadores, muito utilizado por Oxossi; igbin, ritmo lento consagrado a Oxalá; Opanijé, ritmo característico de Omolú.

O ritmo ijexá serve, essencialmente, para Oxún, mas também para Ogun, Oxossi, Logunedé e Oxalá.

A música produzida pelo candomblé apresenta uma grande diversidade de ritmos, que, dada sua complexidade, merecem estudo à parte.

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