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O Santuário de Bom Jesus de Matozinhos abriga um dos mais valiosos monumentos do planeta e esta n cidade de Congonhas, na região central de Minas Gerais.
Gênios como Aleijadinho e Mestre Ataíde não só criaram verdadeiras obras-primas como também promoveram uma grande junção da arte de Minas Gerais no século XVIII.
Enquanto isso, a antiga Congonhas do Campo resiste ao tempo.
Congonhas surgiu os mineradores em 1734 que logo se tornaria uma das mais ricas freguesias do século XVIII.
Na atual cidade de Congonhas, porém, resta muito pouco do esplendor do passado.
A exploração ferrífera que sustentou sua economia após o declínio do ouro desfigurou-lhe as feições coloniais e cobriu-a de construções modestas e feiosas.
Seu bem mais precioso afortunadamente resistiu: no morro do Maranhão, a parte mais alta da cidade, ergue-se a magnífica Basílica de Bom Jesus de Matosinhos, em cujo átrio estão dispostos os doze profetas de pedra-sabão esculpidos por Aleijadinho.
Também do mestre são as imagens dos passos de Cristo, pequenas capelas que pontuam o caminho até a basílica.
O conjunto – o santuário de Bom Jesus de Matosinhos -, que, em 1985, recebeu da Unesco o título de Patrimônio Cultural da Humanidade, é o ponto alto do barroco brasileiro c um dos mais espetaculares monumentos religiosos de todo o mundo.
Há ainda em Congonhas outras construções históricas dispersas no centro da cidade e em bairros periféricos; os postos de atendimento ao turista são eficientes no fornecimento de informações e guias.
A cidade de Congonhas, no entanto, não conta com boa estrutura hoteleira, e deve ser visitada em um dia, a partir de Ouro Preto, embora seja possível hospedar-se na vizinha Esmeril, a 17 quilômetros.
Congonhas fica a 50 quilômetros de Ouro Preto pela Estrada Real (ou a 140 quilômetros pela BR-040), 78 de Belo Horizonte, 370 do Rio de Janeiro e 580 de São Paulo.
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SANTUÁRIO DE BOM JESUS DE MATOSINHOS
O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico formado por uma igreja, um adro e seis capelas anexas, localizado no município brasileiro de Congonhas, estado de Minas Gerais.
A igreja é um importante exemplar da arquitetura colonial brasileira, com uma rica decoração interna em talha dourada e pinturas.
Em 1757, em cumprimento a uma promessa, o português Feliciano Mendes iniciou a construção do conjunto arquitetônico do Santuário de Bom Jesus de Matosinhos.
A obra, inspirada nos santuários de Braga e de Matosinhos, em Portugal, levaria mais de sessenta anos para ser concluída c contaria com o trabalho dos mais importantes artesãos e artistas da região das Minas.
A basílica do Senhor do Bom Jesus, construída no alto do morro do Maranhão, é um dos primeiros exemplares do rococó em Minas Gerais.
A fachada tem torres recuadas e um imponente frontão de pedra-sabão trabalhado em volutas; no interior, destacam-se três belos retábulos também em estilo rococó, além de anjos tocheiros esculpidos em 1778 por Francisco Servas, quatro relicários executados pela oficina de Aleijadinho e dois dragões porta- lâmpadas que traem a influência chinesa nas terras do ouro.
As pinturas foram executadas por dois dos maiores artistas da época: Bernardo Pires, responsável pelo forro da capela-mor, e João Nepomuceno, autor do forro da nave e de painéis com cenas da vida de Jesus.
Nos fundos da basílica fica a sala de ex-votos, pinturas, retratos e esculturas de cera com que os devotos registram e agradecem as graças alcançadas.
Faz parte do acervo uma coleção de 89 peças do século XVIII ao XX, que compõem um comovente testemunho da fé popular.
De grande valor histórico e artístico, a coleção foi tombada pelo Iphan em 1981.
Os Passos da Paixão reúnem 66 imagens de cedro em tamanho natural entalhadas diretamente por Aleijadinho por seus auxiliares entre 1796 e1799, algumas delas policromadas por Manuel da Costa Ataíde.
Distribuídas por seis capelas, as imagens ilustram sete etapas – “passos” – da Via Sacra (na quarta capela, há dois passos).
Restauradas em 2004 como parte do projeto Monumenta, as capelas ficam fechadas, mas pode-se contemplar seu interior pelas janelas.
Os profetas foram esculpidos em pedra-sabão por Aleijadinho e seus discípulos entre1800 e 1805; são as últimas grandes obras do mestre, já debilitado pela doença.
Graves e imponentes, parecem brotar do parapeito dos muros que cercam o adro para receber o visitante.
A Diretoria de Turismo de Congonhas oferece serviço de guia, que deve ser agendado com antecedência; uma visita guiada ao santuário dura média três horas. Praça da Basílica, s/n.
OS SEIS PASSOS
1. Última Ceia
Onze figuras representam a última ceia de Cristo.
Na cena, Jesus diz aos apóstolos que em breve um deles o trairá, e eles reagem violentamente.
Acredita-se que Aleijadinho tenha executado pessoalmente as imagens, de excepcional qualidade; as figuras atrás da mesa foram esculpidas a meio-corpo.
O peregrino inicia sua visita pelas capelinhas da Via Sacra no pé da subida pela Sagrada Ceia com os apóstolos ao redor da mesa com Cristo ao centro e dois criados nas laterais.
É das mais expressivas pela posição das mãos e rostos que dialogam quem iria trair Jesus. As primeiras esculturas são de corpo todo e depois apenas os troncos são expostos sobre tamboretes.
A policromia do mestre Ataíde é discreta em tons pastéis.
Os Cristos e figuras principais continuam sendo do mestre Aleijadinho nas outras capelas sendo as figuras secundárias entregues aos artesãos de seu atelier.
A cena montada por Aleijadinho ao redor da mesa mostra o momento de perturbação de todos os apóstolos ao serem informados que um deles iria trair o Mestre.
Os grupos formados a partir do centro – Cristo, João e Pedro – criam eco nos gestos teatralizados dos braços e mãos que mostram nervosismo e as cabeças voltadas para a cena central.
Os músculos dos pescoços ressaltados pelos decotes das túnicas e emoldurados pelas barbas e cabelos prenunciam as rugas nas testas e os olhares perplexos a dialogarem com o olhar fixo de Cristo.
Dois lacaios e as duas esculturas de corpo inteiro nas extremidades ocultam a cenografia barroca das esculturas restantes, de metade do corpo, dispostas sobre tamboretes.
2. Agonia no Horto das Oliveiras
Jesus reza no Jardim das Oliveiras, enquanto os apóstolos dormem; no alto da capela, um anjo oferece-lhe um cálice de fel.
Também esta cena é inteiramente atribuída a Aleijadinho.
O conjunto do Horto é de grande clareza visual pelo número exato das esculturas que compões a cena : o Anjo com o cálice da agonia, o Cristo a aceitar o sacrifício e os apóstolos Pedro, Tiago e João.
A pintura do cenário feita por mestre Ataíde orienta a posição do Anjo com o cálice e do olhar de Cristo sentado sobre a rocha.
As posições das mãos a apontarem uma para a terra outra para acolher o seu sacrifício remete ao drama da escolha pela morte estampada no olhar no infinito a suar sangue pela salvação.
3. Prisão de Jesus
Soldados romanos, brandindo lanças e archotes. Aproximam-se de Jesus para prendê-los.
São de Aleijadinho as imagens de Jesus e Pedro; os soldados, caricaturais, foram executados por auxiliares.
Quatro figuras de corpo inteiro destacam-se nesta cena da prisão – Judas no momento da prisão, São Pedro com a espada em punho e o Cristo ao curar a orelha Malco.
O drama das intenções humanas estão expostas no gesto intempestivo de Pedro ao ferir o soldado do sumo sacerdote – e os de perplexidades – o entrelaçamento dos braços, desde Malco passando pelo Cristo e o de Judas traidor conter Pedro que também negará o Mestre antes que o galo cante três vezes.
Vários soldados executados pela oficina de Aleijadinho completam esta cena muito conhecida e popular, a das traições.
4. Flagelação e Coroação de Espinhos
Os dois passos ocupam um espaço exíguo. Na primeira cena, Jesus, preso a uma coluna baixa, parece suportar com altivez o açoite.
Na segunda, ele está sentado, desolado, com a coroa de espinhos à cabeça. Atribuem-se a Aleijadinho apenas as duas imagens de Cristo.
Esta capela abriga dois passos, da flagelação e coroação de espinhos provocando um acúmulo visual. Destacam-se em ambas cenas os corpos de Cristo nos quais o mestre exibe toda sua genialidade e maturidade.
O Cristo da Coluna, que poderia ser um Ecce Homo, tem um passo para trás enquanto os braços com as mãos atadas mostram a disposição para o sacrifico.
Se Ecce Homo, demonstra toda sua dignidade a ser apresentado a ser julgado pelo povo. Seu sangue pulsa nas veias ressaltadas enquanto mostra toda a musculatura do corpo retesado.
Maior dignidade ganha a escultura no grupo da coroação de espinhos.
Emoldurado por dois soldados, um que mostra a inscrição INRI e outro com a popular cana verde, o cetro real, o mestre pulsiona uma das pernas para frente, os braços com as mãos atadas em contraponto à rótula do joelho.
O rosto altivo e as madeixas fluídas evocam a realeza divina coroada pelos espinhos do sacrifício.
5. Subida do Calvário
O conhecido Cristo da cruz-às-costas, obra prima de Aleijadinho, está nesta capela.
As mãos crispadas e a expressão de dor da imagem conferem extraordinário apelo dramático à cena.
Esta cena mostra o momento em que Cristo subindo ao Calvário compadeceu-se das mulheres de Jerusalém que choravam seu suplicio. Uma mulher com a criança e outra em lágrimas miram a caminhada morro acima para o Calvário.
A figura de Cristo tem um passo largo confirmado pela túnica em tonalidades contrastantes – branca e roxa – e o manto em S envolvendo os dois planos da figura que com gestos largos curva-se, sobe com esforço, agarra a cruz e mira profundamente as mulheres lacrimosas.
A pequena figura do menino com os cravos caberia também na cena da crucificação.
6. Crucificação
O Cristo pregado à cruz é a própria imagem do desamparo e da dor e foi esculpido por Aleijadinho.
A figura do Mau Ladrão (à direita de Jesus) também é atribuída ao mestre, que deve ter interferido na execução de Maria Madalena e do Centurião, soldado que usa um turbante semelhante ao de alguns dos profetas de pedra-sabão do adro.
A última cena a ser visitada pelos peregrinos é a Crucificação com o Cristo rodeado pelos dois ladrões, soldados algozes, outros jogando dados sobre o manto, Madalena e o centurião.
As onze figuras formam grupos visuais de interesses sem um foco único de univocidade.
O central tem o corpo de Cristo na cruz, o soldado algoz ajoelhado e Madalena prestes a prostrar-se. Os dois soldados disputam o manto a esquerda e os dois ladrões, Dimas, o bom e Gestas o mau, à direita voltam seus olhares para Aquele que foi condenado sem culpa alguma.
OS PROFETAS
O adro é ornado com doze estátuas de profetas em pedra-sabão e as capelas contêm grupos escultóricos em madeira policromada que representam passos da Paixão de Cristo, estátuas criadas pelo Aleijadinho e seus assistentes.
Entre os anos de 1800 e 1805, sexagenário e bastante enfermo, o artista mineiro Aleijadinho (1730-1814), realiza o conjunto de esculturas monumentais que marcaria definitivamente sua obra. Seu último projeto de vulto, os 12 profetas em pedra-sabão.
Outros artistas de gabarito participaram nas obras de construção e decoração, entre eles Francisco de Lima Cerqueira, João Nepomuceno Correia e Castro e Mestre Ataíde. O conjunto foi construído em várias etapas entre 1757 e 1875.
1. Isaías
A estátua de Isaías, na entrada da escadaria, é atribuída ao trabalho conjunto entre Aleijadinho e seus auxiliares.
Composta por dois blocos de pedra unidos à altura do ombro, apresenta erros de proporção no tronco, mas a cabeça, magnífica, foi executada pelo mestre.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Depois que o serafins celebravam ao Senhor, um deles trouxe aos meus lábios uma brasa tenaz.” Isaías, cap. 6.
2. Jeremias
Situada à esquerda de Isaías. na entrada, a estátua de Jeremias foi parcialmente executada por Aleijadinho, que esculpiu apenas a cabeça da imagem, em cujo rosto imprimiu uma expressão de serena dignidade.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Eu choro o desastre da Judéia e a ruína de Jerusalém e rogo (ao meu povo) que queria voltar ao Senhor.” Jeremias, cap. 35.
3. Baruc
Considerada uma das peças menos significativas do conjunto, apresenta erros anatômicos certamente foi executada pela oficina de Aleijadinho.
O turbante que aparece nesta e em outras esculturas delata a influência de gravuras européias da época, em que personagens bíblicos eram com frequência representados a “a moda turca”.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Eu predigo a vinda de Cristo na carne e os últimos tempos do mundo, e previno os piedosos.” Baruc, cap. 1.
4. Ezequiel
O movimento do corpo, a flexão do braço e a expressão do rosto são magníficos. A escultura, composta por dois blocos de pedra, foi executada diretamente por Aleijadinho; acredita-se que foi pequena ou inexistente a intervenção de seus auxiliares.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Descrevo os quatro animais no meio das chamas, as rodas horríveis e o trono etéreo.“ Ezequiel, cap. 1.
5. Daniel
Acredita-se que Aleijadinho tenha executado sozinho esta estátua, esculpida num único bloco de pedra e considerada uma das mais belas do conjunto.
O corpo é anatomicamente perfeito, e a expressividade do rosto é espetacular. O leão prostrado aos pés de Daniel completa a grandiosidade da imagem.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Encerrado (por ordem do rei) na cova dos leões, sou libertado, incólume com o auxílio de Deus.” Daniel, cap. 6.
6. Oséias
Com traços nobres e proporções corretas. a estátua de Oséias, que se encontra diante da de Daniel, foi provavelmente executada por Aleijadinho com pequena ou nenhuma intervenção de seus auxiliares.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Toma a adúltera, disse-me o Senhor. Eu o faço: ela, tornando-se minha esposa, concebe e da à luz.” Oséias, cap. 1.
7. Joel
Com a cabeça voltada para a lateral, o profeta parece observar a paisagem do monte do Maranhão.
Acredita-se que a peça, entalhada em dois blocos unidos na altura do ombro, tenha sido esculpida diretamente por Aleijadinho.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Eles foram à Judéia o mal que hão de trazer à terra a lagarta, o gafanhoto, o brugo e a alforra (ferrugem).” Joel, cap. 1,v.4.
8. Jonas
Este profeta, que ocupa posição oposta e simétrica à de Joel, volta o rosto para o céu, com lábios entreabertos e expressão embevecida.
As dobras de sua túnica são interrompidas pelos jatos d’água da baleia a seus pés. A imagem foi esculpida por Aleijadinho.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Engolido por uma baleia, permaneço três dias e três noites no ventre do peixe; Depois venho a Nínive.” Jonas, cap. 2.
9. Amòs
Enquanto os demais profetas ostentam expressão grave, Amós, trajando roupas simples de pastor, parece calmo e sorridente. Esculpido num único bloco de pedra, apresenta algumas imperfeições do lado direito; especula-se que a intenção é que fosse vista apenas pelo lado esquerdo.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Feito primeiro pastor, e em seguida profeta, acuso as vacas gordas e os chefes de Israel.” Amós, cap.1.
10. Abdias
Por ocupar posição nobre no adro, deve ter sido trabalhada com especial dedicação por Aleijadinho. que alcançou um resultado impressionante.
O braço direito levantado acompanha as linhas verticais da basílica e parece invocar a justiça divina.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Eu vos interrogo, idumeus e gentios. Anuncio-vos e vos prevejo pranto e destruição. ”Abdias, cap.1.
11. Habacuc
Em posição simétrica à de Abdias, Habacuc levanta para o céu o braço esquerdo, num gesto de grandeza e força.
Assim como Abdias, é uma figura de impacto trabalhada por Aleijadinho com reduzida participação dos auxiliares de sua oficina.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Babilônia, Babilônia, eu te interrogo, eu te interrogo tirando da Caldéia: Mas a ti, ó Deus benigno, canto e salmos. ” Habacuc, cap. 1.
12. Naum
A figura apresenta erros de proporção e parece desalinhada. Também os ornamentos das vestes são mais grosseiros que os dos outros profetas.
Estudiosos acreditam que a execução deste profeta tenha ficado quase que totalmente a cargo do ateliê de Aleijadinho.
O profeta traz consigo um filactério, no qual está inscrito: “Exponho o castigo que espera a Nínive pecadora. Declaro que a Assíria será completamente destruída.” Naum, cap.l.
OUTRAS ATRAÇÕES EM CONGONHAS MG
1. ROMARIA
Trata-se de uma grande construção circular, com salas dispostas ao redor de uma ampla praça central.
Hoje, além de órgãos administrativos, a Romaria abriga loja de artesanato, lanchonetes, espaço para exposições e eventos, Museu de Arte Sacra, o Museu de Mineralogia, o Museu da Memória e uma sala dedicada à cidade portuguesa de matosinhos.
Numa das torres do pórtico, está instalado o serviço de apoio ao turista de Congonhas.
Al. Cidade Matosinhos de Portugal, 153.
2. CONSTRUÇÕES HISTÓRICAS
Congonhas ainda conta com algumas construções remanescentes do ciclo do ouro, localizadas principalmente no Beco dos Canudos, no centro: ali restaram o belo calçamento de pedras e várias casas coloniais, a maior parte convertida em lojas de artesanato e lembranças.
Entre as igrejas, destaca-se a de Nossa Senhora da Conceição, cuja construção data de 1734, com pórtico de pedra-sabão talhado por Aleijadinho (pça. Sete de Setembro, s/n).
Também no centro da cidade, a matriz de São José, do século XIX, chama a atenção pelas linhas curvas (r. Bom Jesus, Centro).
Singela, a igreja de Nossa Senhora do Rosário (pça. do Rosário, s/n, Rosário) foi construída para os escravos logo no início da formação da vila, nos primeiros anos do século XVIII.
Na igreja de Nossa Senhora da Ajuda, de 1746, no distrito de Alto Maranhão, há quatro altares com belas imagens de santos e um lindo chafariz de pedra-sabão na sacristia; a torre sineira fica ao lado, separada do corpo da igreja (r. Nossa Senhora da Ajuda, s/n, Alto Maranhão).
Pode-se chegar ao distrito pela BR-040 até o trevo de Joaquim Murtinho, sentido São João del-Rei (com entrada sinalizada), ou pela Estrada Real, de terra, cuja precariedade é compensada pela beleza da paisagem.
No distrito de Lobo Leite fica a igreja de Nossa Senhora da Soledade, da segunda metade do século XVIII, que possui um interessante acervo de imagens barrocas (pça. Dr. Aluares Rodrigo Lobo leite, s/n).
A igreja fica fechada; informações sobre visitas devem ser obtidas na Diretoria de Turismo de Congonhas. Chega-se a Lobo Leite pela BR-040, sentido Rio de Janeiro, na altura do trevo de Ouro Branco; há placas indicativas.
3. JUBILEU
Todos os anos, milhares de romeiros dirigem-se à basílica na semana de 4 a 14 de setembro em adoração à imagem do Senhor Morto, trazida de Portugal em 1787.
Quem não partilha tal fervor religioso e deseja admirar com tranquilidade o conjunto barroco deve evitar essa data.