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O trekking no Vale do Pati é considerado um dos mais bonitos do país.
O Vale do Pati, localizado no coração da Chapada Diamantina, na Bahia, é considerado um dos melhores destinos de trekking do Brasil.
A região encanta por sua paisagem única, com cânions, cachoeiras, rios, montanhas e uma vegetação que mescla cerrado, mata atlântica e caatinga. O trekking no Vale do Pati é desafiador, mas oferece uma experiência imersiva em meio à natureza e à cultura local.
Os apaixonados por trekking podem escolher desde as trilhas mais leves com poucas horas de caminhada, até uma inesquecível aventura de até seis dias ao redor do Vale do Pati.
Um lugar fantástico, que mistura os raros exemplares da vegetação serrana com toda exuberância da caatinga.
Mapa das Trilhas e Pontos Turísticos da Chapada Diamantina
O trajeto no Vale do Pati exige um bom preparo físico, mas durante a trilha, a dificuldade de encarar morros íngremes e matas fechadas vira uma motivação a mais para desafiar e desvendar as dezenas de cachoeiras espalhadas por todo o vale.
Veja o mapa Chapada Diamantina
Videos sobre Trekking no Vale do Pati e Vale do Capão
Trekking no Vale do Pati
O Vale do Pati tem três acessos principais: Guiné (distrito do município de Mucugê), Vale do Capão (distrito do município de Palmeiras) e Andaraí.
É possível entrar ou sair por qualquer um deles, mas em todo caso o percurso envolve muitos quilômetros de subidas e descidas.
O percurso de trekking do povoado do Guiné até Andaraí, passando pelo Gerais do Vieira, Gerais do Rio Preto, Morro do Castelo, Cachoeirão e no final ainda visitaremos a cachoeira da Fumacinha.
Dá pra fazer a travessia do Vale do Pati com diferentes roteiros. Tem quem passe só uma noite por lá, sendo um dia pra entrar no vale e outro pra sair, podendo passar por atrativos como o Mirante do Pati.
Características do Trekking no Vale do Pati
Duração
- Geralmente, as trilhas variam de 3 a 7 dias, dependendo do roteiro escolhido e do nível de preparo físico dos participantes.
Nível de Dificuldade
- Moderado a difícil. O percurso inclui subidas íngremes, descidas acentuadas, travessias de rios e longas caminhadas.
Principais Atrações
- Morro do Castelo: Uma das trilhas mais famosas, com formações rochosas que lembram um castelo e uma vista espetacular do vale.
- Cachoeirão por Cima: Um dos pontos mais emblemáticos, com diversas quedas d’água que despencam de grandes alturas.
- Cachoeira do Funil: Ideal para relaxar e nadar.
- Mirantes: Ao longo das trilhas, vários pontos oferecem vistas panorâmicas do Vale do Pati.
1. Trekking no Vale do Pati em 2 dias
Se você dispõe de apenas 2 dias, a ideia é entrar pelo Guiné e sair pelo Capão ou vice versa.
E, na entrada pelo Guiné, faça o Cachoeirão.
No primeiro dia fazendo o Cachoeirão e, no segundo dia, saindo pelos gerais para o Capão.
Trata-se de uma trilha para quem não tem muito tempo, mas que mesmo assim deseja conhecer o que o Vale do Pati tem de mais bonito, a exemplo do lugar que citamos: o vale do Cachoeirão.
Mas veja bem, para fazer essa trilha, é necessário dispor de uma boa condição física, pois o percurso é cheio de desafios. Conta com caminhos íngremes, pedras e rios.
Se você aceitar o desafio, sugerimos levar lanches básicos para recompor as energias durante o trajeto, como frutas, barra de cereal e biscoitos, além de água.
Para fazer a trilha, você vai precisar se hospedar na casa dos nativos.
Eles são receptivos e isso te possibilitará uma experiência incrível. Geralmente, o quarto é bem limpo e arrumado e o banheiro é dividido entre os turistas e os anfitriões.
2. Trekking no Vale do Pati em 3 dias
Se você dispõe de 3 dias, pode conhecer mais lugares incríveis e mágicos, capazes de te fazerem olhar a vida a partir de uma perspectiva mais leve e bela.
No primeiro dia, a dica é iniciar a trilha pelo Guiné. Fazer uma caminhada pelos Gerais do Rio Preto e, caso queira, fazer uma parada para tomar banho de rio.
Você não vai se arrepender. Após isso, siga até o Mirante do Vale. De cima, poderá sentir a leve brisa do lugar e observar um cenário mágico.
No segundo dia, visite a Cachoeira dos Funis, do Lajedo e o Morro do Castelo, lugar, neste último caso, que guarda uma visão incrível do alto da montanha. Nele, você atravessará uma caverna cheia de coisas belas para se ver.
No terceiro dia, siga para o Vale do Capão pelo Gerais do Vieira. No percurso, você ficará maravilhado com as montanhas que fazem parte do lugar, formando uma incrível paisagem que se mescla com o verde e com o céu azul.
Lindo, extenso e profundo, o Vale do Pati é considerado um dos vales mais bonitos do mundo. Esculpido em quartzito rosa, suas encostas são cobertas por mata atlântica, o que o torna mais especial.
3. Trekking no Vale do Pati em 4 dias
Para quem tem 4 dias, o roteiro logístico do Vale do Pati pode ser preenchido com boas atrações.
No primeiro dia, saindo do Vale do Capão, siga pelo Bomba e suba a ladeira do “quebra bunda” até os gerais do Rio Preto. Continue sua jornada até as casas dos moradores no Pati de cima.
No segundo dia seguinte a pedida ir até o Cachoeirão por cima. De lá, é possível contemplar um conjunto de cachoeiras que atuam em harmonia, formando uma bela visão.
No terceiro e quarto dia, segue se descendo o vale para as casas dos moradores do Pati de Baixo e de lá é só subir a ladeira do Império para completar seu percurso chegando em Andaraí.
4. Trekking no Vale do Pati em 5 dias
Para viver uma experiência incrível e plena, recomendamos que fique no Vale do Pati durante 5 dias.
Mas se não for possível, tudo bem, a gente entende. Recomendamos os 5 dias porque o Vale do Pati é mágico e tem muita coisa para mostrar e deixá-lo em paz consigo mesmo.
No primeiro dia, inicie sua aventura subindo pelo Vale do Capão até os campos Gerais do Rio Preto, lugar de onde se poderá contemplar locais como o Morro do Castelo. Além disso, será possível tomar banho de rio e curtir muito com os amigos e familiares.
Em seguida, caminhe até o Mirante da Rampa e se delicie com a visão que a região oferece. Dele, é possível visualizar a extensão do Vale do Pati.
No segundo dia, inicie sua aventura subindo o Morro do Cruzeiro. Durante o trajeto, passe pelo Córrego das Laranjeiras e pela Serra da Sampa, até chegar na maior cachoeira da região: o Cachoeirão, que possui cerca de 300 metros de queda livre.
Ele é um dos locais mais fotografados pelos turistas. Com razão, pois beleza não falta por lá. Em seguida, dirija-se até o Poço do Cachoeirão para se refrescar um pouco.
No terceiro dia, suba o Morro do Castelo, mas cuidado, pois ele possui grande elevação. No segundo dia, é possível partir da Igrejinha e fazer uma trilha até o Morro do Castelo, que tem mais de 1400 metros de altitude.
Lá, atravesse a gruta e contemple, do alto, o Vale do Pati.
No quarto dia, dá tempo de curtir as cachoeiras do lageado e dos funis pela manhã e depois seguir caminhando até as casas dos moradores do Pati de baixo.
No percurso dá para conhecer a “prefeitura”. Trata-se de uma casa que funcionava como uma subprefeitura e, até hoje, é reconhecida como tal, atraindo turistas e pessoas da região.
Uma vez nela, será possível tomar banho em um belo rio, contemplar o Morro do Castelo e tirar muitas fotos.
No último dia, conheça a Ladeira do Império, que é toda calçada e possui cerca de 16 km de extensão.
A caminhada é leve durante o começo, mas logo depois começa a ficar complicada, em razão dos desníveis. Na subida da Ladeira, contemple todo o Vale e fotografe bastante.
No alto da Império, será avistada uma grande cachoeira e a Serra do Ramalho e poderá seguir até a cidade de Andaraí, região de onde você se despedirá do Vale.
História do Vale do Pati
Escondido, com acesso restrito, (Não existe estrada para carro) o Vale do Pati conheceu seus primeiros moradores no começo do século XX.
Uma seca muito forte na região foi o motivo que levou os nativos dos arredores a buscarem no Vale fértil e úmido a sobrevivência.
Com o fortalecimento da cultura do café, o Vale do Pati junto com o Vale do Capão tornaram-se os maiores produtores de café da região. É nesse período que o Vale conhece o apogeu, contando com mais de dois mil moradores, um centro comunitário, comercio e igreja.
O café também foi o motivo de sua decadência , quando a política republicana da época, resolve estatizar e erradicar a cultura cafeeira para
majorar os preços no mercado mundial. Essa política da inicio ao êxodo da maioria dos seus habitantes, e conseqüentemente o Vale recupera suas matas, que foram subtraídas para dar lugar as plantações de café.
Hoje o Vale do Pati e protegido por seus moradores que não chegam a 50 pessoas e pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina.
Para manter o equilíbrio ecológico do Vale do Pati, com seus resistentes moradores, nós da Terra Chapada Diamantina desenvolvemos os serviços de transportes, hospedagens e alimentação, evitando outras atividades mais impactantes como pecuária, agricultura, caça e extrativismos de palmito e madeira.
Bahia.ws é o maior guia turístico da Bahia e Salvador.
Trekking no coração da Bahia na Chapada Diamantina