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O arquipélago de Abrolhos refugio e berçário das baleias jubarte e os seus recifes, que segundo a SCT, são internacionalmente reconhecidos como os de maior biodiversidade de todo o Atlântico Sul.
O nome Abrolhos foi dado pelos navegadores portugueses no século XVII.
Como era uma área com muitas formações de corais, perigosos para as embarcações (risco de naufrágio), eles passaram a chamar a região de “abra os olhos”. Com o tempo, passou para Abrolhos.
O arquipélago de Abrolhos que é formado por cinco ilhas, porém, só é permitido o desembarque e visita em uma delas, a Siriba. As maiores atrações, portanto, ficam na água.
Nos mergulhos pode-se apreciar os recifes e toda a fauna marinha.
A observação de baleias jubarte é a grande diversão dos passeios de barco.
Para ter uma idéia da importância dessa região, cerca de 80% das jubartes contabilizadas no litoral nordeste e sudeste do Brasil costumam ser avistadas ali.
Veja o mapa da Costa das Baleias
Vídeos sobre o Arquipélago de Abrolhos
Arquipélago de Abrolhos – Características, Geografia e Turismo
Se no mar de Abrolhos é possível ver uma média de 30 jubartes por dia, entre outras baleias, como a franca e a minke, além de cetáceos como o golfinho-nariz-de-garrafa, o golfinho-de-dentes-rugosos e o boto-cinza, no ar se vê uma profusão de pássaros.
Nas cinco pequenas ilhas, dispostas em arco porque provavelmente já fizeram parte da cratera de um vulcão, vivem grandes populações de diversas espécies de aves marinhas.
A Redonda é ocupada por fragatas, a Guarita pelos beneditos, na Sueste concentram-se os atobás-marrons, enquanto os atobás-brancos se dividem entre a Siriba e a Santa Bárbara.
Sob a água, Abrolhos abriga o maior conjunto de corais do Atlântico Sul, incluindo o chamado chapeirão, uma formação coralina única no mundo, semelhante a um cogumelo.
De abril a dezembro a visibilidade chega a 20 metros, transformando o lugar em um verdadeiro aquário natural, com uma infinidade de peixinhos coloridos, nadando entre garoupas, arraias, tartarugas, barracudas e tubarões.
5 espécies de tartarugas marinhas encontradas no Brasil
1. As 5 ilhas do Arquipélago de Abrolhos
1. Santa Bárbara
A única ilha habitada, onde vivem alguns militares e funcionários do Ibama. As visitas ao Parque Nacional Marinho dos Abrolhos são rigorosamente controladas para que todo esse luxuoso patrimônio ambiental continue bem preservado.
2. Ilha Siriba
Única do Parque aberta aos visitantes, ao desembarcar percorre-se uma trilha de 1.600 metros que circunda a ilha. Centenas de pequenas conchas e corais se acumulam na ponta sudoeste da ilha, formando uma espécie da praia. A outra extremidade é formada por piscinas naturais que abrigam peixes coloridos e caramujos. Uma grande quantidade de pilotos procura a Siriba para fazer seus ninhos.
3. Ilha Guarita
É a menos do Parque e repleta de pedras arredondadas que parecem pintadas de branco. Na realidade, esta cor é originada das fezes das inúmeras aves que vivem no local, como o Benedito, que elegeram a ilha para pouso e procriação.
4. Ilha Redonda
A mais alta de todas, só perde para a Santa Bárbara, que se encontra fora dos limites do Parque. Possui encostas abruptas onde fragatas costumam fazer seus ninhos. Durante o verão, recebe a visita das tartarugas-cabeçudas para a desova.
5. Ilha Sueste
A mais distante do arquipélago encontra-se a 1.300 m da Siriba é também a mais preservada, justamente pela dificultada de acesso. A ausência do homem na ilha permite que as aves marinhas espalhem seus ninhos por quase todos os cantos.
2. Mergulho no Arquipélago de Abrolhos
2.1. Naufrágio do Navio Rosalina
A popa está a 20 metros de profundidade, mas a proa aflora na superfície na maré baixa, oferecendo boas oportunidades para mergulho livre e autônomo. Espie pelas escotilhas e “suba” a escada no convés.
Cuidado com as correntes, que costumam ser muito fortes no local.
2.2. Enseada da Ilha Santa Bárbara
Um dos principais pontos de mergulho do Parque, permite a observação de badejos e budiões que, acostumados com a presença humana, se aproximam dos mergulhadores.
2.3. Pradaria Siriba – Redonda
Localizada entre as ilhas Siriba e Redonda, é uma área rasa, de fundo arenoso, onde são encontrados cabeços de coral em profusão. Por aqui também passeiam cardumes de peixes-cirurgiões e os enormes e folgados badejos-quadrados. Olhando com atenção, dá para ver as raias manteiga e treme-treme enterradas na areia.
2.4. Cavernas da Siriba
As cavidades no paredão da Ilha Siriba atraem vários peixes, que as utilizam como abrigo. Aqui podem ser vistos caramurus (ou mareias-verdes), peixes-frade e o colorido frade-real ou ciliaris.
2.5. Recife de Timbebas
Incluído na área do Parque, mas distante do arquipélago, o recife fica visível na maré baixa e é um ótimo ponto para mergulho livre. Peixes de todas as cores e formatos podem ser vistos no local, onde grandes leques de coral-de-fogo são encontrados.
3. Trilhas da Ilha Siriba
A única trilha existente no Parque contorna a Ilha Siriba, permitindo observar suas formações rochosas. O mais interessante, no entanto, é a possibilidade de ver de perto os ninhos dos atobás.
Ao todo, a caminhada tem 1.600 metros de extensão. Dependendo da maré, não é possível contornar toda a ilha, pois as ondas quebram sobre as rochas, tornando o passeio perigoso.
Aqui é obrigatório estar acompanhado de um guia, que vai mostrando flora, fauna e geologia locais. Andar pelo interior da ilha é proibido, devido justamente à presença das aves marinhas e seus ninhos no local.
Não deixe de dar uma espiada nas piscinas naturais, onde uma infinidade de seres marinhos dá vida à rocha escura.
Como chegar no Arquipélago de Abrolhos
O único jeito de chegar a Abrolhos é de barco, a partir da cidade de Caravelas, que é a mais próxima das ilhas e fica a cerca de 836 quilômetros de Salvador.
O tempo de viagem até Abrolhos varia de 2 horas e meia a 5 horas, dependendo do tipo de embarcação.
Arquipélago de Abrolhos Guia de Turismo e Viagem