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Estado do Ceará possui um pequeno Cânion no Rio Salgado nas imediações da cidade de Lavras da Mangabeira.
Cânion no Rio Salgado ou Boqueirão é com duas grandes paredes rochosas e cortada pelo principal afluente do Sul do Ceará, o Boqueirão, em Lavras da Mangabeira, tem grande potencial para o ecoturismo.
Em 2020, atividades como rapel e passeio de caiaque iniciaram.
Este pequeno cânion é mais conhecido como Boqueirão do Rio Salgado, Boqueirão de Lavras ou simplesmente Boqueirão.
O nome “boqueirão”, é porque este cânion lembra uma grande boca na visão popular. Também porque a palavra “boqueirão” na Geografia do Brasil, serve para designar qualquer espaço de divisão num acidente geográfico (serras, chapadas, depressões ou planícies).
Lavras da Mangabeira é um município brasileiro do estado do Ceará. Localiza-se na microrregião de Lavras da Mangabeira, na Mesorregião Centro-Sul Cearense. A cidade também faz parte da Região metropolitana do Cariri.
Uma “garganta aberta” com 109 metros de altura em relação ao espelho d’água, constituindo uma das paisagens mais bonitas do Cariri.
O Cânion do Rio Salgado ou Boqueirão, em Lavras da Mangabeira, na região do Cariri, tem despertado, nos últimos anos, a curiosidade de amantes do turismo de aventura e atraído visitantes.
Apesar da beleza, no entanto, o local ainda é pouco conhecido no Sul do Estado, se comparado às riquezas naturais que compõem os territórios dentro da Chapada do Araripe.
O Boqueirão, como o Cânion é conhecido, surgiu pela abertura de uma única rocha, a partir de uma falha geológica, explica o geólogo Yarley Brito, sem estimar uma data, mas garantindo que foi “há milhões de anos”.
“Essa ruptura, com o tempo, se transforma no rio por estar numa cota mais baixa em altitude.
No Nordeste, muitos rios surgem de fraturas e falhas. Ao longo dos anos foi rompendo e ficou o morro”, descreve o especialista. Esta ruptura formou uma parede rente ao leito do rio de quase 44 metros de largura e poço permanente.
História de Lavras da Mangabeira no Ceará
As terras às margens do Rio Salgado eram ocupadas por índios de várias etnias, principalmente os Kariris.
Para fazer a ocupação definitiva do Ceará, chegaram diversas Entradas no século XVII que traziam consigo além de militares e exploradores, muitos religiosos (missionários), que estudavam os indígenas e os catequizavam, organizando-os em aldeamentos ou missões.
Estes contatos desencadearam a descoberta de ouro na região das Minas de São José dos Cariris Novos (atual município de Missão Velha), a notícia da descoberta se espalhou e houve uma verdadeira corrida do ouro para os sertões brasileiros, onde famílias oriundas de Portugal, sonhando com riquezas e prosperidade diante da corte portuguesa acorreram ao local.
Essa busca do ouro nas margens do Rio Salgado, trouxe para a região, a colonização do Cariri e a doação de sesmarias que por sua vez, deu origem ao surgimento de vilas. Essa febre do ouro durou até a segunda metade do século XVII, quando em 1758 a Coroa Portuguesa extinguiu a extração do minério por estar ficando muito onerosa.
Nessa época, no lugar chamado Boqueirão de Lavras, foi erigida a capela de São Vicente Férrer, que foi a base para a criação do novo centro urbano que deu origem a cidade de Lavras da Mangabeira.
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