A vila de Barra Grande é a segunda localidade mais importante do município de Maraú, depois da própria cidade de Maraú.

Voltada para a Baía de Camamu, a praia de Barra Grande apresenta uma extensa faixa de areias claras e águas mornas e calmas, tornando-se um dos destinos mais procurados da Costa do Dendê.
Antigo povoado de pescadores na península de Maraú, ao sul de Salvador, Barra Grande encanta os visitantes com suas praias paradisíacas, passeios de barco, trilhas ecológicas e uma excelente gastronomia baseada em frutos do mar.
A vila é a principal porta de entrada para a península de Maraú, especialmente para quem chega de barco pela cidade de Camamu.
Barra Grande conta com casas de veraneio, pousadas charmosas e os principais bares e restaurantes da região, oferecendo opções que vão desde a culinária baiana tradicional até pratos mais sofisticados.
Por ser um destino de acesso restrito, Barra Grande mantém sua autenticidade e atmosfera tranquila.
Quem chega se encanta ao caminhar pelas ruas de areia, sentir o ritmo sossegado da vila e ser recebido pela hospitalidade calorosa dos moradores, que ainda preservam o hábito da sesta após o almoço.
Além do relaxamento, a região oferece atividades imperdíveis, como mergulho nas piscinas naturais, caminhadas ecológicas, passeios de lancha pelas ilhas vizinhas e a chance de contemplar um dos pôr do sol mais espetaculares da Bahia.
Seja para quem busca tranquilidade ou aventura, a Vila de Barra Grande é um refúgio paradisíaco que conquista a todos com sua beleza natural e charme rústico.
Vídeos sobre a Vila de Barra Grande, Península de Maraú e a Baía de Camamu
Península de Maraú: 5 passeios imperdíveis
Barra Grande - Reportagem05:50
Praias imperdíveis em Barra Grande - Maraú15:02
Barra Grande - Dicas03:11
Barra Grande e Ponta do Mutá - Drone e Guia02:34
Barra Grande e Taipus de Fora - Guia Turístico
História da Vila de Barra Grande
A Vila de Barra Grande, localizada no município de Maraú, na Bahia, tem uma rica história relacionada à colonização, ao desenvolvimento local e ao comércio de ouro.
A Vila de Barra Grande tem suas origens na ocupação portuguesa no Brasil, especialmente na costa sul da Bahia, região que foi crucial para o processo de colonização e exploração de recursos naturais.
Durante o período colonial, a região de Barra Grande era uma área estratégica para a navegação e o comércio, servindo como um ponto de escoamento de produtos e recursos naturais, como o ouro e especiarias que eram transportados para a Europa.
A região era habitada por comunidades indígenas, principalmente pela tribo Tupinambá, que teve um papel importante no processo de colonização portuguesa.
A Vila de Barra Grande foi gradualmente se estabelecendo à medida que a estrada da Nação (que ligava Salvador ao interior da Bahia) passou a ser uma importante via de transporte.
A estrada ajudava a conectar o interior da Bahia com a costa, facilitando o transporte de mercadorias e o comércio de ouro, principalmente para o porto de Ilhéus e outras cidades costeiras.
A Vila de Barra Grande foi criada como um pequeno povoado, inicialmente voltado para o abastecimento da navegação e para a exploração de recursos naturais, como a extração de madeira e o cultivo de cana-de-açúcar.
A sazonalidade de suas atividades era marcada por períodos de maior movimentação comercial, relacionados ao ciclo do ouro e da produção agrícola.
No século 19, Barra Grande vivenciou uma expansão da atividade pesqueira e agricultura, o que consolidou sua economia local. Com o tempo, o povoado se organizou em torno da freguesia de Nossa Senhora do Livramento de Barra Grande.
Essa freguesia foi criada no século 18, tendo como foco a religiosidade católica e a construção de uma capela dedicada a Nossa Senhora do Livramento.
O crescimento da vila se deu principalmente pela sua localização estratégica, o que permitiu um desenvolvimento urbano e uma dinâmica comercial no contexto regional.
Barra Grande começou a ser reconhecida como um ponto de transporte marítimo e turismo, principalmente devido ao seu cais e ao porto natural.
Ao longo do tempo, a cidade se desenvolveu em importância comercial e de infraestrutura, refletindo a vitalidade da região como um ponto de conexão entre o litoral e o interior da Bahia.
A pesca, a agricultura e o turismo hoje são as principais atividades econômicas de Barra Grande, que mantém um charme rústico, sendo um destino muito procurado por turistas que buscam natureza preservada e tranquilidade.
Atualmente, Barra Grande é um dos principais destinos turísticos de Maraú, famosa por suas praias paradisíacas, como Praia de Barra Grande e Praia de Ponta do Mutá, além de sua crescente infraestrutura de hotéis, restaurantes e comércio local.
Península de Maraú
A Península de Maraú faz parte do município de Maraú, localizado no Baixo Sul da Bahia, em uma das extremidades da Baía de Camamu.
Nos últimos anos, a região se destacou no cenário turístico, especialmente no segmento do ecoturismo.
A península é um verdadeiro paraíso natural, com mais de 40 quilômetros de praias pouco exploradas, piscinas naturais formadas em arrecifes de coral, vastos coqueirais, cachoeiras, ilhas e exuberantes manguezais.
O potencial natural do município de Maraú tem em Barra Grande o seu principal núcleo turístico.
Este destino, além de sua beleza cênica, vem se destacando pela crescente infraestrutura, atraindo turistas que buscam contato direto com a natureza e um ambiente de tranquilidade.
Município de Maraú
A cidade de Maraú, sede do município, guarda um charme histórico e cultural, sendo um dos locais menos explorados turisticamente, mas com grande potencial.
Seu casario antigo e ruas tranquilas remetem à época da colonização portuguesa. A cidade já foi um importante entreposto de navegação, devido à sua localização estratégica na Baía de Camamu.
Pontos Turísticos
- Taipu de Fora: Considerada uma das praias mais bonitas do Brasil, famosa por suas piscinas naturais, coqueirais e infraestrutura turística. Durante a maré baixa, as piscinas cristalinas permitem a prática de snorkeling, revelando uma rica vida marinha.
- Ilha da Pedra Furada: Pequena ilha com formações rochosas impressionantes, rodeada por águas claras. Ideal para passeios de barco e mergulhos.
- Cachoeira do Tremembé: Uma das únicas cachoeiras da região onde a água doce deságua diretamente no mar. O acesso é feito por barco, atravessando a Baía de Camamu, e o passeio é uma verdadeira imersão na natureza.
- Ponta do Mutá: Local perfeito para assistir ao pôr do sol, com bares e quiosques rústicos que criam um clima romântico e descontraído.
- Lagoa do Cassange: Separada do mar por uma estreita faixa de areia, oferece águas doces ideais para relaxar e praticar esportes como stand-up paddle e caiaque.
- Cidade de Maraú: Além do centro histórico, a sede do município tem trilhas ecológicas, cachoeiras e mirantes que oferecem uma vista privilegiada da região.
Com suas belezas naturais, praias preservadas e um estilo de vida tranquilo, Maraú e suas vilas formam um destino imperdível para quem busca contato com a natureza, aventura e descanso no litoral baiano.
História do Município de Maraú
A origem do município de Maraú remonta a uma aldeia de índios denominada “Mayrahú“, fundada em 1705 pelos frades capuchinhos italianos.
A tribo indígena que habitava a região chamava-se “Mayra“. Não se sabe a época exata do desaparecimento dessa tribo, nem a qual ramo pertenciam.
Por ordem da Coroa, o bandeirante João Gonçalves da Costa construiu uma estrada chamada “Estrada da Nação“.
O movimento através dessa estrada facilitou o contrabando do “Quinto de Ouro”, o que resultou na criação do povoado dos Funis, local onde a estrada se bifurcava em direção a Camamu e à vila de Barra do Rio de Contas, que hoje é a cidade de Itacaré.
Para dificultar o contrabando que passava pela estrada, que dava no sertão da fazenda Ressaca, foi edificada nesse local a cidade de Vitória da Conquista.
Assim, Mayrahú teve o seu “Registro de Impostos”, forçado pelas necessidades de arrecadação do “Quinto da Coroa”.
O distrito de Mayrahú foi criado em 1717, e a capela construída pelos frades foi elevada à categoria de freguesia com o nome de “São Sebastião de Mayrahú” pelo arcebispo D. Sebastião Monteiro da Vide, no mesmo ano.
A freguesia foi elevada à categoria de vila por ordem do Governo Provisório que se seguiu ao de D. Antônio de Almeida Soares e Portugal, 3º Conde de Avintes, em 17 de junho de 1761, sendo instalada pelo Ouvidor-Geral da Bahia, Dr. Luiz Greire Deveras, em 23 de julho do mesmo ano. Nessa data, foi criada a Vila de Maraú.
Pelo Decreto-Lei nº 10724, de 30 de março de 1938, a vila foi elevada à categoria de cidade.
Entre os anos de 1860 e 1864, o Reino Unido da Inglaterra ganhou uma concorrência para a instalação de uma usina de destilação de querosene, extraído da turfa a partir da nafta, e também para a extração de xisto betuminoso em Maraú.
A empresa foi instalada às margens do rio Maraú. A versão popular é de que a usina chamava-se “John Grant”, mas os roceiros, encontrando dificuldades com a pronúncia, abrasileiraram para “João Branco”.
Instalada a usina de João Branco, com todos os requisitos de uma grande refinaria, o custo para a Coroa Inglesa foi de 600 mil libras esterlinas.
A usina empregava cerca de 500 operários e possuía uma estrada de ferro interna, por onde circulavam duas locomotivas.
Diz-se que uma delas é a locomotiva nº12, que atualmente está em frente ao DETRAN, em Ilhéus. O Ilhéus Hotel, segundo a tradição, foi construído com tijolos refratários das cinco chaminés da fábrica de João Branco.
Guia Turístico de Barra Grande na Península de Maraú