Fernando de Noronha possui a maior concentração de golfinhos do planeta

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Golfinhos em Fernando de NoronhaNo interior da enseada da Baía dos Golfinhos em Fernando de Noronha, uma das atrações naturais do arquipélago, destaca-se a alta concentração de golfinho-rotador, espécie oceânica e tropical conhecida por seu comportamento de saltar fora d’água e realizar até sete rotações em torno do próprio eixo.

A observação de golfinhos no local é um dos principais atrativos turísticos de Noronha, cuja visita foi de 25 mil turistas no Mirante dos Golfinhos e 45 mil turistas embarcados para a observação dos animais (* os números são do Projeto ‘Golfinho Rotador’).

Projeto ‘Golfinho Rotador’

Segundo o projeto ‘Golfinho Rotador’, esses cetáceos marcam presença por ali em 94% dos dias do ano, quando grupos de até 2.046 golfinhos-rotadores ingressam pela Baía dos Golfinhos para descanso, reprodução, cuidado de filhotes ou busca de proteção contra ataques de tubarões.

Diariamente, esses animais seguem a mesma rotina, um ciclo de atividades que consiste na alimentação noturna, movimento matinal em direção à Baía dos Golfinhos, chegada ao nascer do sol e saída à tarde para as zonas de alimentação.

Vídeos sobre o Golfinho Rotator

Primeiro relato da observação do Golfinho Rotador

O frade André Thevet foi o autor do primeiro relato da observação de golfinhos em Fernando de Noronha, em 1556, quando descreveu a presença daqueles animais rodeando as embarcações no arquipélago.

Devido ao número de animais e sua frequência, Fernando de Noronha é conhecido como o lugar mais adequado do planeta para ver golfinhos, afirma o presidente do projeto ‘Golfinho Rotador’, o oceanógrafo José Martins da Silva Júnior.

Criado em 1990 e executado pela ONG Centro Golfinho Rotador, esse projeto desenvolve ações de pesquisa, educação ambiental e envolvimento comunitário em prol da conservação dos golfinhos-rotadores, de Fernando de Noronha e da biodiversidade marinha.

Projeto do Golfinho Rotator em Fernando de Noronha

O Projeto Golfinho Rotator (desenvolvido pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e pelo Instituto Pró -Noronha) atua, desde 1990, no monitoramento científico e contínuo do Stenella lonfiastriz.

O Projeto Golfinho Rotador (desenvolvido pelo Parque Nacional Marinho de Fernando de Noronha e pelo Instituto Pró -Noronha) atua, desde 1990, no monitoramento científico e contínuo do Stenella lonfiastriz.

O comportamento natural dos golfinhos oceânicos é pouco conhecido pelo homem, devido às dificuldades de permanência em alto mar.

O arquipélago, um dos mais importantes sítios reprodutivos oceânicos do Atlântico, oferece a rara oportunidade de um ambiente frequentado por uma população de centenas de golfinhos.

O IBAMA licenciou-se, via Pró-Noronha, este projeto é para que os pesquisadores analisem os hábitos dos golfinhos rotatores.

Horários de entrada e saída da baía, agrupamentos e rotinas são acompanhados e registrados para que futuramente possamos conhecer mais sobre esta espécie.

Habitualmente, com o nascer do sol grupos chegam na Baía dos Golfinhos, onde passam boa parte do dia.

No meio da tarde, retornam ao alto-mar em busca de alimentos.

O golfinho rotador (Stenella longirostris) – é uma espécie encontrada apenas em alto-mar. Podem atingir até dois metros de comprimento e noventa quilos de peso. Em ambiente natural, vivem cerca de 30 anos. Seu maior predador é o tubarão.

A Baía dos Golfinhos em Fernando de Noronha está fechada a qualquer tipo de interferência humana.

Os motores das embarcacões costumam atrair os golfinhos. Alguns deixam a baía e passam a nadar próximo ao barco. Seus saltos superam dois metros acima da superfície. Em cada salto, giram em torno do próprio corpo, ato de onde deriva o nome “rotator”.

Após acompanharem o barco por algum tempo, os animais retornam ao seu reduto. Segundo informaram os nativos, esta rotina ou ritual seria parte de um mecanismo de defesa de todo o grupo.

Os animais que fazem o contato estão, ao mesmo tempo, saudando, checando e distraindo os visitantes, de modo que estes não invadam a baía.

Guia de Turismo e Viagem de Fernando de Noronha

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