Palácios em Salvador para visitar e conhecer a história do Brasil

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Os Palácios em Salvador da Bahia já receberam a realeza, carregam grandes histórias e atualmente trazem diferentes funções.

Alguns palácios servem para festas de casamento, outros viraram belíssimos museus e alguns (a)guardam um futuro incerto.

Conheça arquitetura e história dos Palácios

1. Palácio da Aclamação

Considerado como um dos mais significativos museus da cidade, já foi residência do senhor Miguel Francisco Rodrigues de Morais, comerciante bem sucedido originário da cidade de Ponte de Lima em Portugal.

Em 1912, o Palácio da Aclamação foi transformado em residência oficial dos governadores da Bahia, passando por obras de ampliação projetadas pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, e ocupado oficialmente pelos gestores estaduais entre 1917 e 1967.

A partir desse período, o solar oitocentista já sediou despachos do governador, e até abrigou visitantes ilustres como a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em 1968.

Palácio da Aclamação em Salvador
Palácio da Aclamação em Salvador

Considerado como um dos mais significativos museus da cidade, já foi residência do senhor Miguel Francisco Rodrigues de Morais, comerciante bem sucedido originário da cidade de Ponte de Lima em Portugal.

Em 1912, o Palácio da Aclamação foi transformado em residência oficial dos governadores da Bahia, passando por obras de ampliação projetadas pelo arquiteto italiano Filinto Santoro, e ocupado oficialmente pelos gestores estaduais entre 1917 e 1967.

A partir desse período, o solar oitocentista já sediou despachos do governador, e até abrigou visitantes ilustres como a rainha da Inglaterra, Elizabeth II, em 1968.

Em 1990, se tornou museu e compôs no acervo do espaço, dividido em dois pavimentos, os mobiliários em estilo de D. João I e Luiz XV, objetos de bronze, cristal e porcelana, tapetes persas e franceses, além de pinturas de paredes e forros criados pelo artista baiano Presciliano Silva.

O palácio conta com monumental lustre de cristal, bacarat e bronze no Salão Nobre, saguão com decoração neoclássica e Salão de Banquetes. No andar superior, encontra-se dormitório, sala de almoço, capela e copa.

Atualmente, o museu passa por reformas e os espaços expositivos estão fechados para visitação.

Porém, em algumas de suas dependências são promovidos lançamentos literários, apresentações musicais, atividades socioeducativas, exposições de curta duração e feiras. Além disso, o espaço também é usado para cerimônias como casamentos.

Um dos salões do Palácio da Aclamação em Salvador
Um dos salões do Palácio da Aclamação em Salvador

Visitação: de terças a domingos, das 13h às 19h (quando abertas).
Endereço: Av. Sete de Setembro, 1330 – Campo Grande.

2. Palácio Rio Branco

Palácio Rio Branco em Salvador
Palácio Rio Branco em Salvador

Juntamente com a fundação da Cidade de Salvador, o prédio primitivo foi construído em 1549 sob a ordem de Tomé de Souza, com o objetivo de abrigar a sede do governo português.

O local servia como centro de comando, residência e despacho oficial dos grandes poderes como governadores do Brasil e vice-reis. Além disso, recebeu membros da realeza portuguesa como o Imperador D. Pedro I, a Imperatriz Leopoldina, o Imperador D. Pedro II e a Imperatriz D. Tereza Christina.

Em 1912, a mais simples e primeira edificação foi bombardeada durante o ataque dos holandeses e ficou em ruínas. Em 1919, foi reinaugurada no estilo arquitetônico eclético, recebendo o nome atual em homenagem ao Barão do Rio Branco.

Desde então, o local já serviu como quartel e prisão. Abrigou a Fundação Pedro Calmon e agora abriga a Secretaria de Cultura do Estado da Bahia, possuindo uma rica decoração e preciosas obras de arte.

O espaço também abriga o Memorial dos Governadores, uma parte importante para a construção da história do país.

E é possível encontrar diplomas, cartas, punhais, insígnias, espadas, chaves de cidades, cristais, louças, livros, medalhas, fotos e objetos pessoais como canetas dessas personalidades, cinzeiros e abridores de cartas, todos doados por familiares.

Interior do Palácio Rio Branco em Salvador
Interior do Palácio Rio Branco em Salvador

Curiosidades e Raridades do Palácio Rio Branco

Mobílias douradas ao estilo Luís XV

Poltronas, mesas de centro, aparadores, mesas laterais, cadeiras e poltronas estão ainda expostas no Salão Nobre

Espelhos de cristal francês

Emolduradas em gesso pintadas com folhas de ouro e espelhos bisotados franceses. 

Sala Pompeana

Sala Pompeana é a mais antiga, sobreviveu ao incêndio de 1911 e ao bombardeio de 1912 – é uma homenagem a civilização de Pompeia com afrescos e Telas emolduradas por barra grega – uma delas é a mitológica Bacante – sacerdotisa de Baco.

Acervo de bens móveis

1845 itens – A maioria é objetos pessoas dos governantes baianos cedidos por seus familiares.Destes 1845, apenas 46 peças estão no inventário de bens móveis da Fundação Pedro Calmon. São eles: 19 poltronas, 06 espelhos, 05 aparadores, 03 mesas de centro, 02 quadros de parede (um deles – O Primeiro Passo para a Independência – assinado por Antônio Parreiras, de 1930), 01 mesa e 10 cadeiras.

A Fundação Pedro Calmon foi criada em 1986 e tem como finalidade recolher, originar e divulgar o acervo histórico e documental da memória sociopolítica da Bahia. 

Palácio Rio Branco vai virar um hotel de super luxo.

O Memorial dos Governadores será mantido em sala própria, no hotel do Palácio Rio Branco, sob a custódia da Fundação Pedro Calmon, e que as demais questões estão sendo avaliadas e que serão divulgadas quando receberem o imóvel.  

Endereço: Praça Tomé de Souza, S/N – Centro.

3. Palácio Arquiepiscopal de Salvador ou Palácio da Sé

Palácio Arquiepiscopal de Salvador
Palácio Arquiepiscopal de Salvador

Construído no século XVIII em torno de um pátio e localizado no Centro Histórico de Salvador, o prédio é considerado um dos melhores exemplos de arquitetura civil do período colonial no país. O também conhecido como Palácio da Sé, inicialmente, tinha como função de ser a residência de arcebispos.

O imóvel possui três pavimentos e quatro corpos de construção. Na entrada, é marcada por um portal de pedra lioz portuguesa decorado com um brasão de D. Sebastião Monteiro da Vide, arcebispo de Salvador na época.

É notável a influência da arquitetura dos palácios renascentistas italianos em seu interior, com duas galerias superpostas que dão acesso para um pátio central. 

O palácio abrigava o Centro Administrativo e Pastoral da Igreja Católica no Brasil há mais de 100 anos e foi reaberto em dezembro de 2019 após a restauração do imóvel.

Após a intervenção do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Brasileiro (IPHAN) em 1938, o espaço abriga o Centro de Referência da História da Igreja Católica no Brasil.

Além de contar com acervos próprios e bens históricos remanescentes de outros prédios religiosos, conta com uma sala do Laboratório de Conservação e Restauração Reitor Eugênio Veiga (LEV), possuindo um acervo com mais de 16 mil documentos históricos restaurados.

Interior do Palácio Arquiepiscopal de Salvador
Interior do Palácio Arquiepiscopal de Salvador

Endereço: Praça da Sé, 203-47 – Pelourinho, Salvador – BA, 40020-210

4. Casa-Museu Solar Santo Antônio

Casa-Museu Solar Santo Antônio em Salvador
Casa-Museu Solar Santo Antônio em Salvador

Apesar de não levar o nome de Palácio, a casa exótica lembra bastante os estilos imperiais. Ela foi transformada em um museu e une mais de 4.000 peças do artista Marchand Dimitri Ganzelevitch. Espaçosa e criada no século XIX, a construção é repleta de arte, livros e natureza.

Com um terraço especial, que traz uma vista incrível da Baía de Todos-os-Santos, o espaço conta com um acervo limitado, repleto de expressiva importância e qualidade. É possível também ficar hospedado, já que o local funciona como hotel.

Área externa do Solar Santo Antônio em Salvador
Área externa do Solar Santo Antônio em Salvador

Visitação: disponível para agendamento (dias diversos).
Endereço: R. Direita de Santo Antônio, 177 – Santo Antônio Além do Carmo.

5. Palácio dos Esportes

Palácio dos Esportes na Praça Castro Alves em Salvador
Palácio dos Esportes na Praça Castro Alves em Salvador

Por volta de 1806, após sua construção, o Palácio dos Esportes representou uma verdadeira revolução no estilo arquitetônico dos prédios das Américas.

Depois da fundação, o local abrigou o Teatro São João, sendo o palco de eventos voltados à sociedade baiana, como declamação de poesias, debates públicos e políticos. Entre os frequentadores, já estiveram no local Ruy Barbosa, J.J Seabra e Otávio Mangabeira.

Em 1923, as instalações foram consumidas pelo fogo durante um incêndio. O edifício atual que fora construído na década de 1930 em estilo art déco, passou a abrigar a sede da Secretária da Agricultura do Estado. Posteriormente, foi batizado pelo então governador ACM como Palácio dos Esportes e passou a abrigar federações esportivas.

Infelizmente ou felizmente, o governo da Bahia encaminhou à Assembleia Legislativa (Alba) o pedido para alienação do prédio batizado como Palácio dos Esportes, sendo destinado à implantação de empreendimento turístico, sob a alegação de que o valor financeiro arrecadado será incorporado às fontes do Tesouro Estadual.

Atualmente, o espaço abriga a Secretaria Municipal de Esportes tendo como finalidade de acordo com o decreto n° 16.026, formular e executar as políticas de esportes, lazer e entretenimento, buscando integrar suas ações com áreas de cultura, educação, assistência social, saúde, promoção da paz e outros.

Visitação: de segunda a sexta, das 09h às 19h.
Endereço: Praça Castro Alves, 01 – Centro.

Guia de Turismo e Viagem da Bahia e Nordeste – Palácios em Salvador

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