Ubajara é um município da Serra de Ibiapaba e fica a 340 km de Fortaleza.
Ubajara é considerada a capital do turismo da Serra da Ibiapaba, é uma pequena cidade, aconchegante e bem arborizada.
A cidade é bem sinalizada conta com uma pequena infra-estrutura turística, constituída por hotéis, pousadas, uma cooperativa (COOPTUR) Cooperativa de Trabalho e Assistência ao Turismo Ltda.
Ubajara tem vários atrativos naturais como cachoeiras, rios, riachos, grutas, furnas e trilhas ecológicas.
Destaca-se na horticultura, como os demais municípios serranos. No setor de serviços, seu grande potencial é o turismo.
ASPECTOS GEOFÍSICOS DE IBIAPABA
O planalto da Ibiapaba, Chapada da Ibiapaba ou Serra Grande, tem início a 40 km do litoral e vai aos confins ocidentais do estado.
Conduz o abraço do Ceará ao estado do Piauí. Ao todo, a Chapada da Ibiapaba possui 121 km.
Nove cidades compõem o quadro geográfico da Ibiapaba: Viçosa do Ceará, Tianguá, Ibiapina, São Benedito, Carnaubal, Guaraciaba do Norte, Croatá, Ipu e Ubajara.
A altitude da serra varia entre 700 e 990 m, o clima se situa dentro do intervalo entre 18 e 29º C.
O solo é arenoso, composto de calcário cristalino com sedimentação salitrosa. As variações de vegetação são tropical pluvial, tropical plúvio – nebular e caatinga.
Quase toda a área é abastecida pelo açude Jaburu, que tem uma capacidade de 220.000.000 m3. Em toda a Serra há abundância de fauna e flora, o que vem a torná-la ainda mais deslumbrante.
Vídeos sobre a Serra de Ibiapaba e o Parque Nacional de Ubajara
ORIGEM DO NOME UBAJARA NO CEARÁ
A origem do nome Ubajara é indígena, quer dizer “Senhor da Canoa” para alguns e “Canoa Mãe D’água” para outros.
A primeira versão vem com a lenda de que um velho cacique, dono de uma canoa que teria sido o primeiro habitante da gruta. Só pelo nome percebe-se a importância da água para o local.
Existem outras traduções para Ubajara, como “Senhor das Flechas” e “Flecheiro Exímio”. Por volta de 1740 foi a instalação de um arraial com o nome de Ubajara, entre a atual cidade de Ubajara e o distrito de Araticum, o qual foi extinto depois de 1765 quando definitivamente encerrados os trabalhos de mineração da Gruta.
Posteriormente, por volta de 1877, foi a vez de um povoado com o nome de “Jacaré”, o qual foi totalmente destruído por um incêndio em 8 de outubro de 1884.
Foi reconstruído à margem direita do córrego Jacaré e em 1890, já com uma população considerável, foi elevada à categoria de Distrito.
Em 1903 passou a ser chamada de Ubajara. O município foi criado em 1915, com sede na então Vila de Ubajara.
Várias traduções foram feitas para o topônimo Ubajara, por sábios historiadores e doutores e, todas tinham relação com a Gruta. Também foram feitas inumeráveis outras formas de topônimos, como Bayara, Ubayara, Baiara etc.
Porém, como todas estas apresentam corruptelas quanto à etimologia, por ser a mais correta, prevaleceu, portanto a grafia UBAJARA, que quer dizer “Senhor da Canoa”, de: Ubá canoa e Jará senhor.
Ademais, como para complementar a etimologia, historiadores como Pedro Ferreira, citaram até lendas épicas e rapsódias românticas ligadas a Gruta. Segundo ele, “este nome teria surgido da lenda de um cacique que, vindo do litoral, teria habitado a Gruta por muitos anos”.
GEOGRAFIA
Seu espaço geográfico caracteriza-se geomorfológicamente pela presença de rochas do paleozóico (siluro devoniano) Grupo Serra Grande e do Grupo Ubajara, respectivamente arenitos e calcários, importantes para a caracterização das feições morfológicas (formas de relevo), principalmente as rochas com carbonatos de cálcio, os quais formam a Gruta de Ubajara, um ecossistema altamente importante para o turismo científico, localizado no Parque Nacional de Ubajara.
O clima de Ubajara é agradável, tendo temperatura entre 14º C e 30º C e como medida de temperatura 24º C podendo estar frio, úmido ou temperado.
Como em geral o clima do Nordeste brasileiro, ocorrem duas estações distintas, apenas, “inverno”, a chuvosa, bastante curta e irregular; e “verão”, a seca.
A estação chuvosa inicia-se em fins do verão e se torna mais importante no outono.
O período chuvoso que ocorre entre janeiro e junho, concentrando cerca de 80 a 90% do total pluviométrico anual sendo que no trimestre de maior volume de precipitações, fevereiro, março e abril, pode-se registrar 65% do total anual.
De julho a dezembro tem lugar à estiagem.
PONTOS TURÍSTICOS DE UBAJARA
Como pontos turísticos de Ubajara destacam-se:
1. Cachoeira do Boi Morto
Situa-se a 13 km do município, é dividida em duas partes. Superior (balneário) e parte inferior (cachoeiras naturais).
2. Cachoeira do Frade
Localizada entre duas montanhas, percorrendo-se aproximadamente 500m, pode-se observar uma pedra em formato de um frade, daí o nome da cachoeira. Ambiente propício para banho e trilhas.
3. Casa do Major Pergentino de Souza Costa
Construída em 1917, casa histórica que mantém a mesma arquitetura da época e está em bom estado de conservação. Situa-se no centro da cidade.
4. Casa de Eupídio Luiz Ferreira
Construída em 1928 em estilo colonial. A casa é uma das primeiras construções de Ubajara, e ainda encontra-se toda original. Situa-se no centro da cidade.
5. Igreja Matriz
Construída em 1886. Patrimônio pouco expressivo com imagens de gesso. Situa-se no centro da cidade.
6. Bica do Cafundó
Situa-se dentro do Parque Nacional de Ubajara, oferece passeio ecológico e banho.
PARQUE NACIONAL DE UBAJARA
O Parque Nacional de Ubajara é do mais importante atrativo natural de Ubajara, embora seja o menor entre os 35 Parques Nacionais brasileiros em área, com 563 hectares.
O Parque Nacional de Ubajara está localizado na Serra da Ibiapaba e constitui uma das mais notáveis feições topográficas do Nordeste Brasileiro é administrado pelo IBAMA.
O objetivo principal é proteger o mais importante patrimônio espeoleológico cearense.
Constitui o ponto turístico mais visitado da serra, com exuberantes paisagens e uma rica diversidade biológica.
Pontos Turísticos
1 Gruta de Ubajara
É formada por calcário moldado pelas águas subterrâneas. Para descer até a principal boca da caverna existem duas opções: pegar a trilha Ubajara – Araticum ou tomar o teleférico que leva do planalto à parte baixa.
2 Gruta do urso fóssil
Fechada à visitação pública, a pequena gruta de apenas 130 metros é importante devido aos fósseis de animais encontrados em seu interior.
3 Centro de visitantes
Próximo à Portaria Neblina, conta com biblioteca e sala de vídeo, além de uma exposição permanente com fotos e informações sobre a região.
4 Cachoeira Gameleira
Possui um mirante que oferece uma bela vista do parque. Dela tem-se a visão das cachoeiras do Cafundó, Gavião e Murimbeca.
5 Cachoeira Cafundó
Está localizada no riacho Bela Vista, afluente do rio Ubajara. Antes da queda maior, forma uma piscina natural, constituindo uma boa oportunidade para se refrescar do calor.
6 Rio das Minas
Denominação de um dos trechos do rio Ubajara, no cruzamento da trilha Ubajara – Araticum. Possui alguns poços para banho e está localizado a 500 metros da boca da Gruta de Ubajara.
Teleférico do Parque Nacional de Ubajara
O teleférico do Parque Nacional de Ubajara é um dos cartões-postais da Serra da Ibiapaba, no Ceará.
O teleférico desce 550 metros. Um bondinho é uma alternativa para o percurso longo de quase quatro horas de caminhada do começo do parque até a gruta de Ubajara, isso sem falar na visão grandiosa que se tem lá de cima.
O percurso até a gruta de Ubajara passa pela cachoeira do Cafundó e por dois mirantes no caminho, cuja finalidade é apreciar as diferentes formas de vegetação, desde a caatinga até a mata úmida e a fauna variada.
De acordo com o zoneamento da gruta de Ubajara, ela está dividida em três zonas: zona de uso extensivo – não aberto à visitação, zona de uso intensivo – aberto à visitação e a zona intangível – inadmissível a qualquer tipo de visitação.
Gruta de Ubajara
A gruta de Ubajara, que é um dos mais importantes atrativos do Parque Nacional de Ubajara, há que se ressaltar que ela já sofreu grandes alterações a sua estrutura em razão da iluminação interna e das passagens para o trânsito de pessoas.
A gruta de Ubajara, assim como outras cavernas, formou-se em uma rocha calcária por processo de dissolução.
Quando a água e gás carbônico entram em contato, no solo, reagem formando ácido carbônico.
Ao passar pelas frestas da rocha, o ácido reage com o calcário, dando origem ao carbonato de cálcio, que é levado pela água.
Ao longo do tempo, o desgaste da rocha forma canais, que se ampliam gradativamente até formar galerias, salões e abismos. As paredes ficam instáveis, podendo desabar e abrir ainda mais a caverna.
Numa terceira etapa, a água goteja na caverna e o carbono de cálcio dissolvido nela dá origem às mais diversas formas de ornamentação da caverna, espeleotemas.
Além das conhecidas estalactites que pendem do teto e estalagmites que vêm do chão, ocorrem outras formas peculiares, de coloração variada, conforme a presença de minerais, como o óxido de ferro. Situada a 535 m de altitude, rica em espeleotemas, as trilhas com passeios a pé, cachoeiras, além do teleférico.
Ao todo são nove salas na gruta de Ubajara para visitação
Sala da Imagem
O calcário talhado pela erosão formou camadas semelhantes a uma cachoeira petrificada ou um altar onde os habitantes da região colocaram uma imagem da Virgem de Lourdes.
Sala do Sino
Uma imensa pedra rochosa, que, quando percutida, emite sons melodiosos semelhantes aos dos sinos quando tocada por outra rocha.
Sala da Rosa
Com o teto semelhante a uma rosa perfeita desfolhada, lá do alto, pingando sempre como conta-gotas, formando embaixo argamassa que vai se amontoando. Há cintilações de ouro e pedraria quando de encontro com a luz das lâmpadas.
Sala das Cortinas: Recebeu esse nome pelo fato de apresentar um espetáculo magnífico nas paredes, com concentrações calcárias que se assemelham a luxuosos cortinados de coloração e matizes da caricatura.
Sala dos Retratos
No teto, há manchas escuras com formas de retratos de mulher. Um deles tem a aparência exata de uma caricatura.
Sala do Índio
Tribos da intrépida nação Tabajara em eras longínquas já haviam se instalado ali. A pedra cujas formas se assemelha ser de um índio, parece que foi esculpida a mão.
Sala dos Seios
Saturada de beleza, há vasta predominância de pedras semelhantes aos seios de uma mulher deu procedência à sala. Além de estalactites e estalagmites que a ornam, revertendo-a as mais belas formas.
Sala do Presépio
A formação de um presépio divinamente feito pela natureza, a presença de aparentes personagens bíblicos.
Sala dos Brilhantes
A abundância de pedras cristalíferas torna-a exuberante.
Serras do Ceará
Serra de Aratanha
A Serra da Aratanha, também conhecida como Serra de Pacatuba é uma serra localizada no norte do Ceará, na Região Metropolitana de Fortaleza nos municípios de Maracanaú, Maranguape, Guaiúba e Pacatuba, a 30 km de Fortaleza.
A serra é um dos maciços residuais dispersos nas depressões sertanejas cearenses.
Juntamente com a serra de Maranguape, a serra da Aratanha é praticamente uma extensão do Maciço de Baturité.
Serra de Baturité
A Serra de Baturité, também conhecida como Maciço de Baturité ou Serra de Guaramiranga, localizada no centro-norte do Ceará.
Está distribuída pelo território de doze municípios, algumas abaixo dos relevos elevados como Canindé, Palmácia, Itapiúna, Capistrano, Caridade e Redenção.
Já as cidades de Aratuba, Mulungu, Guaramiranga, Pacoti, Baturité e Acarape ficam nas regiões serranas.
A região abriga a primeira e maior área de proteção ambiental do estado, abrangendo área de 32.690 hectare.
Serra de Ibiapaba
A Serra da Ibiapaba, também conhecida como Serra Grande, Chapada da Ibiabapa e Cuesta da Ibiapaba, é uma região montanhosa que localiza-se no Noroeste do estado do Ceará.
A cidade mais antiga da serra é Viçosa do Ceará, que foi colonizada pelos jesuítas da Companhia de Jesus a partir do século XVI, possui a arquitetura tombada pelo IPHAN.
Serra de Meruoca
A Serra da Meruoca é localizada no município de Sobral, distante 200 Km de Fortaleza. Sua população estimada em 2015 e de 14.674 habitantes.
De suas terras brotam cristalinas águas que por vezes escorrem pelo relevo em esplendorosas cachoeiras e “encantantes” quedas d’água e que, por outras, passa roçando por entre pacientes e deslizantes granitos, a esculpi-los.
Guia de Turismo do Parque Nacional de Ubajara no Ceará e Nordeste