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A Chapada Diamantina, região no coração da Bahia que possui um parque nacional que conserva 152 mil hectares com centenas de quedas d’água, sítios arqueológicos e uma geologia suntuosa.
A beleza cênica do Parque Nacional da Chapada Diamantina agrada nativos e turistas é um território que possui uma vasta formação geológica e uma biodiversidade incrível.
A riqueza dos biomas que temos aqui é impressionante. Isso tudo se alia ao patrimônio arquitetônico das cidades, as histórias, as aventuras, as riquezas imateriais, aos muitos mistérios que cercam o nosso lugar.
Está claro para todo mundo a necessidade de preservar este lugar, de chamar a atenção de tudo e todos a respeito da grandiosidade e do santuário ecológico que a Chapada Diamantina é.
Devido à dimensão do território da região – são dezenas de municípios, com quase 40 mil km² – e às grandes distâncias existentes entre os principais atrativos naturais e as cidades turísticas.
Lençóis e Região na Chapada Diamantina
Cachoeiras e Trilhas do Vale do Capão ou Caeté-Açu
Guia de Turismo de Andaraí na Chapada Diamantina
Ibicoara na Chapada Diamantina
Igatu a “Machu Picchu” brasileira - Reportagem30:17
Andaraí e Mucugê
Morro do Chapéu - 5 passeios turísticos
Vila do Ventura na Chapada Diamantina
Rio de Contas - Guia Turístico07:48
Principais cidades e vilas da região da Chapada Diamantina
As principais cidades e vilas da Chapada Diamantina, cada uma com características únicas e importância histórica, incluem:
- Lençóis – Considerada a “capital” turística da Chapada, Lençóis preserva casarões coloniais e possui uma estrutura de serviços bem desenvolvida para receber visitantes, com acesso a várias trilhas e cachoeiras.
- Palmeiras no Vale do Capão – Porta de entrada para o Vale do Capão, uma vila alternativa e culturalmente rica, muito frequentada por praticantes de ecoturismo e espiritualidade, e com fácil acesso à Cachoeira da Fumaça.
- Andaraí – Esta cidade oferece várias atrações naturais, como o Poço Encantado e o Poço Azul, e preserva sua herança histórica do período de mineração, com casarões antigos e uma atmosfera tranquila.
- Ibicoara – Famosa por suas cachoeiras, como a Cachoeira do Buracão e a Cachoeira da Fumacinha, Ibicoara é um destino ideal para os amantes do ecoturismo e da aventura, oferecendo trilhas em meio a paisagens exuberantes.
- Igatu – Um vilarejo de pedra no município de Andaraí, Igatu é famosa por suas ruínas, que remetem ao período de prosperidade durante o ciclo do diamante, e pela arquitetura de pedras, conferindo-lhe um charme rústico e peculiar.
- Mucugê – Conhecida por seu cemitério bizantino e arquitetura histórica, Mucugê é cercada por montanhas e destaca-se pelo Parque Nacional da Chapada Diamantina, com várias opções de ecoturismo e trilhas.
- Morro do Chapéu – Localizada ao norte da Chapada, é conhecida por suas formações rochosas singulares, sítios arqueológicos com pinturas rupestres, e pela Cachoeira do Ferro Doido. Morro do Chapéu também atrai muitos turistas devido ao seu clima agradável.
- Vila do Ventura – Um pequeno vilarejo histórico, Vila do Ventura fica nos arredores de Rio de Contas e é conhecida pelas construções de pedra e o ambiente tranquilo. É uma relíquia do ciclo do ouro na Chapada e preserva uma atmosfera rústica e autêntica.
- Rio de Contas – Uma das cidades mais antigas da Bahia, Rio de Contas possui um centro histórico com igrejas e casarões coloniais bem preservados e está próxima da Serra das Almas, uma área de grande beleza natural.
Essas cidades e vilas são destinos importantes da Chapada Diamantina, combinando patrimônio cultural e arquitetônico com belezas naturais que atraem visitantes de todo o Brasil e do mundo.
Veja o mapa do Parque Nacional da Chapada Diamantina
1. Lençóis na Chapada Diamantina
Tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), Lençóis é considerado o portal da Chapada Diamantina. Isso porque o local possui uma excelente infraestrutura hoteleira, com mais de dois mil leitos, restaurantes de alto nível e voos regulares. Ao longo dos anos, o município vem ganhando ares cosmopolitas, com residentes dos quatro cantos do mundo.
Os principais atrativos são: os casarios do século XIX, a história e cultural herdada do garimpo, a Serra do Sincorá e os atrativos naturais de fácil acesso em todo o seu entorno. Em 2019, a cidade foi eleita o melhor destino turístico nacional, segundo uma pesquisa online feita com mais de 25 mil pessoas.
A cidade também concentra o maior número de agências de turismo, que organizam passeios por toda a Chapada Diamantina. Na agenda cultural do destino destacamos: o São João e o Festival de Lençóis.
Veja também Lençóis é a porta de entrada para a Chapada Diamantina
2. Vale do Capão
A pequena vila do município de Palmeiras é outro destino aclamado na Chapada Diamantina. Sua natureza preservada atraiu, nas últimas décadas, milhares de pessoas interessadas no desenvolvimento de uma cultura alternativa e ecológica.
O povoado concentra, médicos naturalistas, massagistas, praticantes de xamanismo, artistas diversos e moradores locais conhecedores de plantas para fins medicinais e culinários.
O Vale do Capão atrai visitantes de todas as partes do mundo, todo o ano, para longas e pequenas temporadas. Além dos tradicionais passeios de ecoturismo que o local oferece, é possível provar deliciosas receitas locais, como o pastel de palmito de jaca e a pizza integral, além de opções para vegetarianos e veganos.
De lá há acesso para alguns dos lugares mais famosos da Chapada Diamantina, como o Vale do Pati, a Cachoeira da Fumaça e o Morrão. Entre os eventos culturais que mais chamam a atenção estão: o Festival de Jazz, que reúne shows de artistas consagrados da música instrumental.
Guia completo do Vale do Capão
3. Andaraí
Abundante em atrativos, o município fica na região central do Parque Nacional. O centro histórico da cidade é marcado pelo casario do século XIX preservado. Andaraí possui muitos cursos d’água, incluindo quatro das dez maiores cachoeiras da região: Cristais, com 110 metros, Herculano e Samuel, com 100 metros, e Ramalho, que tem 90 metros.
A localização de Andaraí é estratégica e dá acesso a diversos atrativos naturais do entorno, como Mucugê, Ibicoara, Nova Redenção e Itaetê. Ainda dentro do município, há destaque para o povoado de Igatu – que é uma excelente pedida para o São João -, o Pantanal Marimbus, as piscinas do Rio Roncador, além das diversas cachoeiras e grutas.
Andaraí que é a segunda principal cidade da Chapada Diamantina
4. Ibicoara
Cercada por serras e cachoeiras, Ibicioara está localizada no sul do Parque Nacional e a 1.100 metros de altitude. O município vem ganhando espaço no turismo nacional, com destaque para o Parque Natural Municipal do Espalhado, uma Unidade de Conservação a 30 km da sede e que abriga a famosa e majestosa Cachoeira do Buracão.
Do município se tem acesso também a Cachoeira da Fumacinha, que pertence à Mucugê. Especialmente para os adeptos de esportes de aventura, a dica é as cachoeiras do Licuri e do Rio Preto. Nesses pontos é possível praticar rapel, cascading, escalada e trekking.
Por lá também vale a pena conhecer a produção artesanal de cachaça. A cultura agrícola também é famosa no município, com destaque para o café orgânico e biodinâmico, internacionalmente reconhecido pela sua qualidade.
História e Guia de Turismo de Ibicoara na Bahia
5. Igatu
Falamos desse charmoso povoado acima, mas ele vale um destaque especial. O local é distrito de Andaraí e está erguido em uma montanha rochosa que se abre para o vale do Rio Paraguaçu. Há dois acessos: pela BA 142, a 14,1 km de Andaraí e que passa por uma estrada de pedra, ou por Mucugê, que são 22,1 km e em uma estrada não pavimentada.
Com seis cachoeiras ao seu redor, Igatu tem banho de rio e visuais fantásticos. No esporte, o destino se destaca na prática de escalada e boulder. No calendário de eventos, chamamos atenção para o São João, São Sebastião e o Festival de Música de Igatu.
Pontos Turisticos de Igatu, Poço Azul e Poço Encantado
6. Mucugê
Mucugê tem seu conjunto arquitetônico e paisagístico, formado por casario colonial e construções que se mimetizam nas rochas, tombado pelo IPHAN e pelo IPAC nadécada de 1980. A cidade é erguida nas margens da Serra do Sincorá, está rodeada por montanhas e tem temperatura média de 19° C.
Uma das atrações mais acessíveis é o cemitério bizantino, às margens da BA 142 e composto por jazidas em forma de igreja, todas pintadas de branco, que remete ao estilo arquitetônico neogótico de meados do século XVIII.
A principal atração do município é o Parque Natural Municipal de Mucugê, onde estão localizados o Parque Sempre-Viva e o museu Vivo do Garimpo. Entre as atrações culturais estão os festejos de São João, os festivais de Chorinho e Vozes da Chapada, além da Feira Literária de Mucugê (Fligê).
Mucugê esta a 900m de altitude em meio a uma paisagem privilegiada
7. Morro do Chapéu
O município é recheado de atrações turísticas. Com tradição histórica, o município conta com duas filarmônicas: a Minerva, fundada em 1906, por Dias Coelho – o primeiro coronel negro da Bahia -, e a Lira Morrense, de 1984. Toda sua extensão é rica em belezas naturais: são cachoeiras, grutas, sítios históricos e arqueológicos de tirar o fôlego, além de clima com uma temperatura média anual de 20° C, chegando a 8 ° C graus em períodos de inverno, entre abril e agosto.
Lugar que tem formato de chapéu e dá nome ao município, o Morrão é o ponto mais elevado da região – com cerca de 1.300m de altitude.
Para chegar lá, basta seguir pela rodovia BA-144. Da parte mais alta da rocha se tem uma magnífica e ampla vista de toda a região, com cataventos de algumas usinas eólicas que dão um charme a mais na paisagem. Um passeio rápido e imperdível. Se tiver um dia ensolarado, a dica é ir para assistir ao pôr do sol.
Entre as cachoeiras, destacamos a do Ferro Doido, a mais próxima e de fácil acesso, que fica a cerca de 18 km do centro da cidade, a do Agreste, com duas quedas d’água, e a de Domingos Lopes. Ambas são quedas d’água do rio Jacuípe.
O município também é famoso por grutas, como a da Igrejinha, do Cristal e Boa Esperança. A mais famosa delas é a dos Brejões, que fica a cerca 163 km do centro da cidade, o que pode levar 2h30 de viagem. A caminhada é pesada e o acompanhamento de um guia local é indispensável.
Morro do Chapéu é detentora da segunda maior boca de caverna do Brasil, com mais de 110m de altura e quase 8 km de extensão já mapeados. É um importante sítio paleontológico e arqueológico, além de ser bastante visitada por romeiros, por sua conotação religiosa.
Ecoturismo no Morro do Chapéu esta a 1012 m de altitude
8. Vila do Ventura
Se você for ao Morro do Chapéu, não deixe de ir à Vila do Ventura. O povoado reúne um patrimônio arquitetônico da época do garimpo, que hoje ilustram o apogeu e o declínio da atividade econômica na região.
De lá, é possível conhecer, por exemplo, a Cachoeira do Ventura (6 km de caminhada), a Barriguda – lugar para banho que possui uma árvore com nome homônimo -, e as tocas da Figura e do Pepino, que pertencem ao sítio arqueológico Cidades das Pedras, uma área de grande afloramento de arenitos, com curiosas formas e um belo conjunto de pinturas rupestres.
9. Rio de Contas
Rio de Contas, localizada ao sul da Chapada Diamantina, é uma das cidades mais antigas da Bahia e um dos primeiros povoados planejados do Brasil. Fundada oficialmente em 1723, a cidade preserva uma atmosfera colonial que reflete a prosperidade do ciclo do ouro, quando foi um importante centro de mineração.
Caminhando por suas ruas de paralelepípedos, os visitantes encontram casarões, igrejas e praças bem conservadas, muitos dos quais são tombados pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN). Entre as construções emblemáticas, destacam-se a Igreja Matriz do Santíssimo Sacramento e o Teatro São Carlos, que remetem ao período áureo da cidade.
Além do valor histórico, Rio de Contas se destaca pela beleza natural, cercada pela Serra das Almas, uma área rica em biodiversidade e com paisagens montanhosas impressionantes.
A cidade é ponto de partida para trilhas que levam a cachoeiras, mirantes e áreas de preservação ambiental, como a famosa Cachoeira do Fraga e a trilha para o Pico das Almas, um dos pontos mais altos do Nordeste. Essas atrações naturais atraem amantes de ecoturismo e aventureiros que buscam explorar as belezas da Chapada Diamantina enquanto apreciam o clima mais ameno da região, ideal para atividades ao ar livre.
A cultura local de Rio de Contas também é um atrativo à parte. A cidade celebra tradições religiosas, como a Festa de Nossa Senhora Santana, e eventos culturais que mantêm vivas as raízes de seu passado.
A culinária típica, artesanato local e o acolhimento dos moradores reforçam o charme do destino, proporcionando uma experiência rica e autêntica. Assim, Rio de Contas une patrimônio histórico, beleza natural e cultura viva, sendo uma parada essencial para quem visita a Chapada Diamantina em busca de uma imersão completa na história e nas tradições do sertão baiano.
As principais cidades e vilas da região da Chapada Diamantina