MucugĂȘ esta a 900m de altitude e tem uma paisagem privilegiada

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Mucuge na Chapada Diamantina
Mucuge na Chapada Diamantina

MucugĂȘ esta localizada a 900m de altitude em meio a uma paisagem privilegiada.

MucugĂȘ estĂĄ cercada por lindas serras, rios, cachoeiras e grutas. Como se observou, a cidade tambĂ©m Ă© rica em histĂłria, tendo como uma das caracterĂ­sticas mais marcantes, os antigos casarĂ”es coloniais em estilo portuguĂȘs.

O principal pano de fundo dessa histĂłria Ă© o garimpo, atividade que ainda se desenvolve no local, embora em muito menor escala.

A cidade também possui um movimentado calendårio de eventos que atrai turistas de diversas regiÔes, além de museus, filarmÎnica e praças planejadas e arborizadas.

As ruas sĂŁo cuidadosamente limpas, sĂŁo cercadas de canteiros e jardins floridos, cercado de montanhas para todos os lados.

Possui uma grande diversidade em equipamentos turĂ­sticos, atendendo a todos os pĂșblicos: hotĂ©is, hostels, pousadas e hospedarias. Os bares e restaurantes da cidade sĂŁo movimentados e, aos finais de tarde, se expandem atĂ© as ruas, distribuindo suas mesas e cadeiras pelas calçadas.

MucugĂȘ Ă© tombada como patrimĂŽnio nacional pelo IPHAN (Instituto do PatrimĂŽnio HistĂłrico e ArtĂ­stico Nacional) e foi construĂ­da nas margens da Serra do SincorĂĄ. Rodeada por montanhas, a temperatura mĂ©dia na cidade Ă© de 19˚C.

O seu principal destaque Ă© o Parque Municipal de MucugĂȘ, onde estĂĄ localizado o Projeto Sempre-Viva, focado na educação e preservação ambiental, alĂ©m do Museu Vivo do Garimpo.

O município também é privilegiado pela localização, jå que 52% do seu território fazem parte do Parque Nacional da Chapada Diamantina.

MucugĂȘ foi considerada uma das mais belas cidades da Chapada Diamantina, possui uma razoĂĄvel infra-estrutura para receber visitantes, conserva um conjunto de casarĂ”es coloniais e serve como base para excursĂ”es aos arredores.

Foi no municĂ­pio de MucugĂȘ na Chapada Diamantina, a 48 km de AndaraĂ­, que o primeiro diamante foi encontrado.

Conta-se que, em 25 de junho de 1844, Cristiano Pereira do Nascimento, afilhado do Coronel Cazuza do Prado, um dos grandes pecuaristas da regiĂŁo, foi lavar as mĂŁos no riacho Cumbuca e achou um diamante.

Igreja Santa Isabel em MucugĂȘ
Igreja Santa Isabel

A notĂ­cia se espalhou rapidamente; em pouco tempo a “corrida do diamante” começou – todo mundo querendo lavar as mĂŁos nesse riacho!

Veja o mapa Chapada Diamantina

O garimpo atraiu para MucugĂȘ grandes proprietĂĄrios de outros estados, que para ali mudaram levando suas famĂ­lias e seus escravos.

A mineração de diamantes atraiu também muitos europeus e årabes, gerando disputa de poder, luta pela terra, por escravos e pelos melhores garimpos.

Tudo virou um “Deus nos acuda” onde quem podia mais, chorava menos, atĂ© que em 1870, quando as jazidas se esgotaram, a cidade direcionou seu desenvolvimento para outras atividades como a agropecuĂĄria e a agricultura.

praça de MucugĂȘ
praça de MucugĂȘ

MucugĂȘ serve como base para excursĂ”es aos arredores.

A programação pode incluir visitas Ă s grutas e cachoeiras, passeios a pĂ© ou de bicicleta pelas trilhas e canoagem nos rios.

O Projeto Sempre Viva, sediado em MucugĂȘ, promove estudos sobre a flora local e tenta preservar a Flor Sempre-Viva, que estava Ă  beira da extinção devido Ă  exploração predatĂłria para exportação, em grandes quantidades para a Europa, onde era utilizada como adorno de chapĂ©us.

VĂ­deos sobre MucugĂȘ na Chapada Diamantina

Veja também os Pontos Turísticos da Chapada Diamantina

Pontos TurĂ­sticos de MucugĂȘ

Nesta linda cidade, foram descobertos os primeiros diamantes da Chapada Diamantina, em 1844.

MucugĂȘ na Chapada Diamantina
MucugĂȘ na Chapada Diamantina

Uma de suas atraçÔes mais interessantes Ă© o Ășnico cemitĂ©rio de estilo bizantino do Brasil, que chama a atenção de quem chega Ă  cidade. Casarios e praças floridas embelezam a cidade que tambĂ©m Ă© tombada como patrimĂŽnio nacional pelo Instituto HistĂłrico e ArtĂ­stico Nacional (Iphan) e foi construĂ­da nas margens da Serra do SincorĂĄ. 

1. CemitĂ©rio Bizantino (CEMITÉRIO SANTA ISABEL)

Construído de 1854 a 1886, o cemitério de Santa Isabel estå na encosta rochosa da Serra do Sincorå.

Cemitério Bizantino em Mucuge
Cemitério Bizantino

A escolha do lugar foi resultado da presença de uma epidemia de cĂłlera, que levou a igreja a proibir os enterros no templo religioso. Possui um conjunto de mausolĂ©us que reproduzem miniaturas de fachadas de igrejas e capelas caiados de branco, o que lhe valeu o nome de “cemitĂ©rio bizantino”.

Os mortos pela doença não podiam ser enterrados na igreja, como era costume, pois temia-se que a epidemia se alastrasse.

EntĂŁo. para “compensar” seus mortos da desvantagem de nĂŁo serem enterrados no solo santo de um templo cristĂŁo, as famĂ­lias construĂ­ram belos mausolĂ©us nos estilos bizantino e gĂłtico, imitando fachadas de igrejas.

2. Igreja de Santa Isabel

Igreja de Santa Isabel em MucugĂȘ
Igreja de Santa Isabel em MucugĂȘ

É a principal igreja da cidade, construĂ­da por escravos no sĂ©culo XIX.

A Igreja de Santa Isabel foi construĂ­da em meados do Sec. XIX pelo Frei Caetano de Troyria com grande auxĂ­lio da população, em um terreno doado pelo coronel Reginaldo Landulpho. A edificação apresenta uma fachada neoclĂĄssica, com trĂȘs naves internas e um coro em formato de U, estruturados por uma alvenaria em pedra e pilares internos.
 
Em 1852 foi lavrada a escritura pĂșblica de ajuste de obras para o levantamento da capela-mor da igreja, mas apenas em 1855 que a igreja passa a funcionar. No ano de 1952 foram realizadas algumas intervençÔes adicionais, como a construção do adro, da escadaria de acesso e a substituição do piso de pedra pelo piso de ladrilho, e em 1978 intervençÔes de restauro foram registradas, como a recuperação do telhado.

3. Arquivo PĂșblico

O espaço expÔe documentos, filmes e fotografias sobre a história da cidade.

4. Parque Municipal de MucugĂȘ 

Mantido pela Prefeitura com o apoio do Estado e da Universidade Católica de Salvador, o parque abriga um centro voltado à preservação da fauna e da flora locais.

Dentro dele ficam as cachoeiras de Plabinha e Tiburtino, de livre acesso aos visitantes e excelentes para banho. A cachoeira Tiburtino Ă© uma das quedas d’ĂĄgua do riacho Cumbuca, onde foram achados os primeiros diamantes.

5. Projeto Sempre-Viva

Projeto Sempre-Viva na Chapada Diamantina
Projeto Sempre-Viva na Chapada Diamantina

Projeto Sempre Viva Ă© um passeio tranquilo, fĂĄcil e muito gostoso de se fazer, que cuida da preservação de uma florzinha minĂșscula e encantadora, a sempre-viva, aquela muito usada em buquĂȘs de noiva. 

Antes em risco de extinção por conta da extração predatĂłria, a plantinha agora tem lugar seguro para exibir o porquĂȘ de ser tĂŁo procurada – ao ser tirada do solo, ela nĂŁo muda de aparĂȘncia por atĂ© 60 anos!

Flor Sempre-Viva é típica da Chapada Diamantina vira símbolo de preservação.

6. Museu Vivo do Garimpo

O Museu Vivo do Garimpo funciona em uma antiga toca de garimpeiro restaurada e adaptada para expor objetos ligados Ă  histĂłria do ciclo do Diamantina iniciado em MucugĂȘ.

Museu Vivo do Garimpo, em MucugĂȘ
Museu Vivo do Garimpo, em MucugĂȘ

O visitante pode deliciar-se da história da mineração de diamantes na Bahia, conhecendo também diamantes e carbonados naturais, måquinas de lapidação inglesas do século XIX, todo o ferramental que o garimpeiro utilizava e muito mais.

Visitar o Museu do Garimpo Ă© fazer uma verdadeira imersĂŁo na histĂłria, nĂŁo sĂł de MucugĂȘ mas da Chapada Diamantina.

7. Cachoeira Sibéria

Cachoeira SibĂ©ria em MucugĂȘ
Cachoeira SibĂ©ria em MucugĂȘ

Quem se dispĂ”e a enfrentar os obstĂĄculos para chegar aos pĂ©s dessa queda d’ĂĄgua de 5m de altura escondida no interior de um cĂąnion vai se deslumbrar com o paredĂŁo de pedra de 200m de altura.

8. Cachoeira Funis

Cachoeira Funis em MucugĂȘ
Cachoeira Funis em MucugĂȘ

Cascata de cinco degraus naturais, considerada a mais bonita das redondezas.

9. Cachoeira do Cardoso

Cachoeira do Cardoso em MucugĂȘ
Cachoeira do Cardoso em MucugĂȘ

Boa parte do caminho é feito por trilhas ladeadas por belas formaçÔes rochosas e campos de sempre-vivas.

10. Cachoeira das Andorinhas

Cachoeira das Andorinhas em Mucuge
Cachoeira das Andorinhas

Formada por vĂĄrias quedas d’ĂĄgua. Um pequeno paraĂ­so!

11. Cachoeira dos Cristais

Cachoeira dos Cristais em MucugĂȘ
Cachoeira dos Cristais em MucugĂȘ

Recém descoberta, esta cachoeira estå situada no fundo de um cùnion.

A trilha de acesso a ela passa por campos onde se podem ver muitas espécies de bromélias e orquídeas.

12. Serra do Capa Bode

Nesse local a 1.200m de altitude teriam, supostamente, aparecido discos voadores. Ali se ministram aulas de Astronomia para grupos.

HistĂłria de MucugĂȘ

MucugĂȘ tem uma histĂłria interessante, que se inicia com sua formação no sĂ©culo XVIII, sendo considerada uma das mais antigas da Chapada Diamantina. TambĂ©m foi a localidade na Bahia, onde foram descobertas as primeiras pedras de diamantes de valor, por um garimpeiro conhecido como Cazuza do Prado, em 1844.

Casinhas do centro histĂłrico de MucugĂȘ
Casinhas do centro histĂłrico de MucugĂȘ

Essa descoberta atraiu milhares de pessoas Ă  regiĂŁo em busca de riqueza, iniciando uma verdadeira corrida Ă s possĂ­veis jazidas de diamantes no entorno do rio MucugĂȘ. Assim, o que antes era um pequeno povoamento, no ano de 1848, jĂĄ somava uma população que ultrapassava os 30.000 habitantes, sendo em sua maioria garimpeiros e comerciantes.

Foi quando surgiu a povoação de MucugĂȘ do Paraguaçu.

Nesse perĂ­odo, a regiĂŁo se desenvolvia de maneira abastada. Ainda hoje Ă© possĂ­vel observar os opulentes casarĂ”es que ocupam o centro da cidade, atĂ© mesmo o cemitĂ©rio. Isso porque, no ano de 1855, apĂłs um surto de cĂłlera que assolou o paĂ­s, um decreto imperial, visando conter o elevado nĂșmero de mortos, proibiu o sepultamento de pessoas no interior das igrejas, prĂĄtica comum naquela Ă©poca.

Sem ter aonde enterrar seus mortos, as autoridades de MucugĂȘ escolheram um local interessante para construção do cemitĂ©rio: no pĂ© de uma montanha que fica em frente Ă  cidade. Como essa Ă© uma antiga regiĂŁo de garimpos, muito rica nesse perĂ­odo, nĂŁo foram poupados recursos e, em alguns casos, arquitetos criaram os tĂșmulos adornados com muito desvelo, imitando pequenas igrejas e templos catĂłlicos.

No entanto, em 1870 a exploração de diamantes colapsa, obrigando a região a encontrar outras atividades econÎmicas alternativas. Assim, o cultivo de café e a criação de gado passaram a ser a principal fonte de renda de São João do Paraguaçu, nome que passou a ser chamada a cidade em 1890, quando foi elevada a condição de Freguesia.

Em 1917, a cidade passa a se chamar oficialmente MucugĂȘ. É nesse mesmo perĂ­odo que a regiĂŁo atravessa uma profunda decadĂȘncia econĂŽmica, registrando um elevado Ă­ndice de ĂȘxodo populacional, que durou toda a primeira metade do sĂ©culo XX.

Diante da extensão da crise econÎmica que enfrentava, då-se início à exploração dos campos de flores sempre-viva, espécie de planta com mais de 400 variaçÔes existentes na região.

O continente europeu se tornou o maior exportador da planta, utilizada como artigo de decoração. Hoje, algumas espĂ©cies endĂȘmicas da planta estĂŁo ameaçadas de extinção.

Finalmente, chega o Turismo, permitindo aliar a preservação histĂłrica, cultural e ambiental da cidade, servindo tambĂ©m como fonte de renda para milhares de famĂ­lias que habitam nĂŁo sĂł no local, mas em todo o seu entorno.

Bahia.ws Ă© o maior guia de turismo e viagem da Bahia e Salvador.

Guia de Turismo e Viagem de MucugĂȘ na Chapada Diamantina

MucugĂȘ, de cidade histĂłrica a destino turĂ­stico na Bahia

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